sexta-feira, 30 de outubro de 2009

O ÓDIO DOS MARINHOS AO GOVERNO LULA ESTÁ LEVANDO A GLOBO A SE COMPORTAR DE FORMA IRRACIONAL

Eu já estava preocupado com a possível falta de assunto pra escrever no blog. Há dias as pesquisas, ou melhor, os blefes do PIG desapareceram depois do fiasco IBOPE / Ronaldo César Coelho. Quando quase a meia noite do ainda 29 de Outubro começou o Jornal da Globo, com o resumo da ópera de como o PIG age na mídia brasileira no dia a dia.

Logo de cara, na carona da noticia de que a economia dos EUA esta reagindo e o crescimento esta voltando por lá, eis que surge Carlos Alberto Sardenberg para cumprir seu papel diário e seguir o script: os gastos do governo no Brasil não param de crescer e isto será uma armadilha para o próximo presidente.

Segue o Jornal da Globo. Processos no lixo no Estado de Alagoas. A entrada da Venezuela no Mercosul, apesar do Brasil ter negócios importantes com o mercado venezuelano, Chaves é um desagregador. E quando ele for o presidente de plantão do Mercosul na rotatividade? Ai entra Arnaldo Jabor e de cara diz que o Mercosul é uma droga que só atrapalhou o comercio do Brasil com o resto do mundo e que o Chaves vai usar o Brasil para seus propósitos. Chega, não preciso escrever mais nada, para encerrar Jabor ainda citou Nelson Rodrigues, ao dizer que vamos chorara lagrimas de esguicho. Alívio, finalmente os comerciais.

Futebol, o Fluminense ganha uma e não sai do vigésimo, o Palmeiras é líder. Nada de importante, por enquanto, no Jornal da Globo.
A entrada de Bruno Senna na Fórmula 1, o filme com tema capoeira, o Besouro e, de repente termina o Jornal da Globo. Espera ai, nenhuma palavra sobre a presença do Presidente Lula em São Paulo na Expocatadores? Nem sobre o fato dos golpistas de Honduras terem aceitado que o Congresso do país restitua Zelaya ao poder?

O Jornal da Globo esta se transformando no jornal do “nada a declarar”, como já dizia Armando Falcão no auge da Ditadura Militar.

Vou ao Jornal da Band, o assunto é a manutenção do IPI reduzido, na Band com fala do Ministro Mantega, depois a entrada da Venezuela no Mercosul e a ênfase foi a de que a própria oposição na Venezuela defende a entrada do país no Mercosul porque Chaves será obrigado a assinar tratados de comprometimento com regras democráticas das quais se esquiva no momento.

Depois, a cobertura da visita do Presidente Lula em São Paulo e o discurso na Expocatadores, onde o presidente se dirigiu especialmente para os jornalistas, principalmente do PIG, discursou Lula: “Esquece a pauta de seus editores e escuta essas pessoas que estão aqui. Vocês vão compreender porque a figura do chamado formador de opinião pública que antes decidia as coisas neste país, já não decide mais. É porque esse povo já não quer mais intermediários. Esse povo tem pensamento próprio. Anda pelas suas pernas, trabalha pelos seus braços, enxerga pelos seus olhos e fala pela sua boca.”
Também não faltou espaço para a disputa interna no PSDB entre Serra e Aécio pela candidatura a presidência.
Espaço ainda para Situação em Honduras com o recuo dos golpistas.
Noticias sobre as reformas do Senado com a demissão de João Carlos Zogbi, ex diretor do Senado acusado de irregularidades.

Apesar dos exageros ideológicos á direita, Boris Casoy mantém a compostura, longe dos exageros já descritos aqui, dos jabores da vida.

Conclusão, o Jornal da Globo se transformou em uma verdadeira resenha do PIG, a Globo prefere perder a capacidade de noticiar em detrimento de sua verdadeira cruzada anti governo Lula, a coisa se transformou em algo que beira ao pessoal. A ida do Presidente Lula em uma inauguração na Rede Record é vista como um ato de apoio ao concorrente direto da Globo e os Marinhos preferem que a emissora abra mão do compromisso de informar para atender seus caprichos pessoais.
O que choca não é o comportamento dos Marinhos, o surpreendente é constatar a verdadeira personalidade de pessoas como Arnaldo Jabor, que aceitam descer a ladeira abaixo e se prestar ao papel de porta vozes do rancor.

Como pode alguém como Jabor se desconectar da racionalidade?
O ódio dos Marinhos será a ruína da Globo.


Flavio Luiz Sartori - flavioluiz.sartori@gmail.com

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

DISCURSO DO PRESIDENTE LULA NA EXPOCATADOR EM SÃO PAULO


Lula critica "elite pedante". E para variar, a imprensa

De Ricardo Galhardo, de O Globo do site noblat.com.br o mesmo vetou este humilda internalta:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta quinta-feira a elite e a imprensa brasileira. Sem dizer a dizer a palavra elite, Lula criticou setores da sociedade que é "pedante e arrogante".

Falando para um grupo de catadores de material reciclável, na Expocatador, a primeira exposição internacional de materiais recicláveis, em São Paulo, Lula disse que membros da elite passam de carro pelas ruas e jogam lixo nos carrinhos dos catadores de material reciclável.

-Vocês estão fazendo mais do que catar material. Vocês estão ensinando a essa gente pedante, a essa gente arrogante, que o ser humano não pode ser discriminado pela sua profissão ou pelo trabalho que faz - disse Lula, falando para aproximadamente 1.500 catadores de material de Brasil, de outros países da América Latina e até da Índia.

Antes da exposição de material reciclável, Lula passou no XVII Salão Internacional do Transporte (Fenatran), no Parque do Anhembi, que reúne fabricantes de material para transporte e fabricantes de caminhão, como Scania e Mercedes-Benz.

- Eu sinto orgulho. É que eles (fabricantes de caminhões) estão bem. Saio do lado mais rico que está bem graças à política acertada do governo e venho aqui para a parte mais pobre - comentou Lula.

Depois, dirigindo-se aos jornalistas que trabalhavam no evento, Lula criticou a imprensa. O presidente disse que não existe mais o chamado formador de opinião, pois "hoje o povo tem sua própria opinião".

- Esquece a pauta de seus editores e escuta essas pessoas que estão aqui. Vocês vão compreender porque a figura do chamado formador de opinião pública que antes decidia as coisas neste país, já não decide mais. É porque esse povo já não quer mais intermediários. Esse povo tem pensamento próprio. Anda pelas suas pernas, trabalha pelos seus braços, enxerga pelos seus olhos e fala pela sua boca - disse Lula, que estava acompanhado por vários ministros, como Carlos Lupi (Trabalho), Márcio Fortes (Cidades), Paulo Vanucchi (Direitos Humanos), Gilberto Carvalho (chefia de gabinete) e Luciano Coutinho (BNDES). O prefeito Gilberto Kassab (DEM) também estava no evento, assim como o ex-prefeito Paulo Maluf (PP).

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

CONTINUO ATENTO E AGRADEÇO QUEM ACESSA E SEGUE O BLOG

Por estes dias estou um pouco mais atarefado que o normal e não estou podendo blogar novos textos tão rapidamente, também parece que no momento as pesquisas nacionais e os ânimos na política estão aparentemente tranquilos, mas não se enganem, nem José Serra, nem o PIG desistirão tão facilmente.
Assim como nós, que ainda não temos o peso que o poder econômico dá ao PIG, os agentes a serviço do PIG estão alertas e esperando um mínimo detalhe para criar uma crise em poucas horas.
E, nós estamos alertas para questionar. Estou indo para casa, vou assistir os jornais da noite com "olho clínico" como dizia meu pai , e se acontecer aquelas aberrações tipo Arnaldo Jabor, Boris Casoy, tentarei escrever alguma coisa para amanhã.
Gostaria de agradecer todos que acessam meu blog, todos que confiaram e até se tornaram seguidores, na pessoa da primeira seguidora, realmente muito obrigado e até amanhã e não se esqueçam de seguir os contos de Jorge Luis Borges, o mestre da narrativa curta.

Flávio Luiz Sartori

sábado, 24 de outubro de 2009

“NOVELA LITERÁRIA” NO BLOG: “A HISTÓRIA UNIVERSAL DA INFÂMIA” DE JORGE LUIS BORGES III

Antes de mais nada gostaria de pedir desulpas aos meus amigos que seguem e acessam o blog pelo atraso no terceiro capítulo do conto O ATROZ REDENTOR LAZARUS MORELL de Jorge Luis Borges mas tive que editar textos sobre pesquisas que no momento conjuntural eram fundamentais.
Para quem não leu todo o conto é só acessar:

A PARTIR DE HOJE, ALEM DAS ANALISES, TEM “NOVELA LITERÁRIA” NO BLOG E A PRIMEIRA É “A HISTÓRIA UNIVERSAL DA INFÂMIA” DE JORGE LUIS BORGES. CURTAM.

Depois acessar:

“NOVELA LITERÁRIA” NO BLOG: “A HISTÓRIA UNIVERSAL DA INFÂMIA” DE JORGE LUIS BORGES II

Finalmente a última parte deste fantástico conto O ATRÓZ REDENTOR LAZARUS MORELL



A INTERRUPÇÃO

Morell capitaneando bandos de negros que sonhavam enforcá-lo, Morell enforcado por exércitos negros que sonhava capitanear – sinto confessar que a história do Mississipi não aproveitou essas oportunidades suntuosas. Contrariamente a toda justiça poética (ou simetria poética), tampouco o rio de seus crimes foi sua tumba. A dois de janeiro de 1835, Lazarus Morell faleceu de congestão pulmonar no hospital de Natchez, onde se fizera internar com o nome de Silas Buckley. Um companheiro da enfermaria geral reconheceu-o. A dois e a quatro quiseram sublevar-se os escravos de certas plantações, mas foram reprimidos sem maior efusão de sangue.


A CATÁSTROFE

Servido por homens de confiança, o negócio tinha de prosperar. Em princípios de 1834, uns setenta negros já tinham sido "emancipados" por Morell, e outros dispunham-se a seguir esses precursores ditosos. A zona de operações sendo maior, era necessário admitir afiliados. Entre os que prestaram juramento havia um rapaz, Virgil Stewart, de Arkansas, que se destacou desde logo pela crueldade. Era ele sobrinho de um fazendeiro que perdera muitos escravos. Em agosto de 1834, rompeu seu juramento e delatou Morell e os outros. A casa de Morell em Nova Orleans foi cercada pela Justiça. Morell, por imprevisão ou suborno, pôde escapar.
Três dias passaram. Morell esteve escondido esse tempo numa casa antiga, de pátios com trepadeiras e estátuas, na rua Toulouse. Parece que se alimentava pouco e ficava a passear descalço pelos grandes dormitórios escuros, fumando pensativos cigarros. Por um escravo da casa remeteu duas cartas à cidade de Natchez e outra a Red River. No quarto dia entraram na casa três homens que com ele ficaram discutindo até amanhecer. No quinto, Morell levantou-se quando escurecia e pediu uma navalha e fez cuidadosamente a barba. Vestiu-se e saiu. Atravessou com lenta serenidade os bairros do Norte. Já em pleno campo, costeando as terras baixas do Mississipi, andou mais depressa.
Seu plano era de uma coragem bêbada. Pensava aproveitar os últimos homens que ainda lhe prestavam reverência: os serviçais negros do Sul. Estes haviam visto fugir seus companheiros e não os haviam visto voltar. Acreditavam, portanto, em sua liberdade. O plano de Morell era o de uma sublevação total dos negros, a tomada e o saque de Nova Orleans e a ocupação de seu território. Morell, caído e quase desfeito pela traição, meditava uma resposta continental: uma resposta em que o criminoso se exaltava até a redenção e a história. Dirigiu-se com esse fim a Natchez, onde estava mais enraizada sua força. Copio sua narração dessa viagem:
"Caminhei quatro dias antes de conseguir um cavalo. No quinto, descansei próximo a um riacho para abastecer-me de água e sestear. Estava sentado num tronco, olhando o caminho percorrido até então, quando vi aproximar-se um cavaleiro numa montaria escura de bom aspecto. Assim que o vi, determinei tomar-lhe o cavalo. Pus-me de pé, apontei em sua direção uma bela pistola de tambor e dei-lhe ordem para apear. Assim o fez, e tomando na canhota as rédeas, mostrei-lhe o riacho e ordenei que caminhasse adiante. Andou umas duzentas varas e se deteve. Ordenei que se despisse. Então me disse: "Já que está resolvido a me matar, deixe-me rezar antes de morrer". Respondi que não tinha tempo de ouvir suas orações. Caiu de joelhos e lhe disparei um balaço na nuca. Abri-lhe o ventre com um talho, arranquei-lhe as vísceras e afundei-o no riacho. Em seguida, revistei-lhe os bolsos e encontrei quatrocentos dólares e trinta e sete centavos e uma quantidade de papéis que não me demorei lendo. As botas eram novas em folha e me serviam. As minhas, que estavam muito gastas, joguei-as no riacho.
"Assim obtive o cavalo de que precisava para entrar em Natchez."

A INTERRUPÇÃO

Morell capitaneando bandos de negros que sonhavam enforcá-lo, Morell enforcado por exércitos negros que sonhava capitanear – sinto confessar que a história do Mississipi não aproveitou essas oportunidades suntuosas. Contrariamente a toda justiça poética (ou simetria poética), tampouco o rio de seus crimes foi sua tumba. A dois de janeiro de 1835, Lazarus Morell faleceu de congestão pulmonar no hospital de Natchez, onde se fizera internar com o nome de Silas Buckley. Um companheiro da enfermaria geral reconheceu-o. A dois e a quatro quiseram sublevar-se os escravos de certas plantações, mas foram reprimidos sem maior efusão de sangue.

Eis como geralmente terminam alguns canalhas, atenção vem ai o próximo fantástico conto de Jorge Luis Borges do livro A HISTÓRIA UNIVERSAL DA INFÂMIA; O IMPOSTOR INVEROSSÍMIL TOM CASTRO.

Até a próxima analise, crítica ou conto.

Flávio Luiz Sartori

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

IBOPE DIVULGA PESQUISA ENCOMENDADA POR RONALDO CESAR COELHO FUNDADOR DO PSDB

Estava eu conversando com meu amigo José Adilson, falavamos de política e arriscavamos nossas leituras quando entrei no Blog noblat.com e deparei co uma pesquisa encomendada pelo PSDB, ou melhor por um empresário ligado históricamente aos tucanos.
Uma pesquisa nacional com amostragem de 2002 pessoas entrevistadas com pretenso objetivo de testar o nome dos principais presidenciaveis do momento junto com seus possíveis vices.

De acordo com a pesquisa teríamos o seguinte quadro na primeira possibilidade, com destaque para Aécio de vice de Serra:

Serra (com Aécio de vice) fica com 41%;
Dilma (com Michel Temer, do PMDB), 16%;
Ciro (com Carlos Lupi, do PDT), 14%;
Marina (com Guilherme Leal, um dos donos da Natura), 8%.

Ora até a última pesquisa quando Ciro Gomes ainda não tinha transferido seu domicílio eleitoral para São Paulo, como acaba de me lembrar José Adilson, Ciro aparecia na frente de Dilma Roussef exatamente porque era interesse para oposição que Ciro mantivesse e ou mantenha sua candidatura para dividir o bloco governista. Agora na nova situação Ciro Gomes, quando ao transferir o título demonstrou sua lealdade a Lula, ja não é mais útil a oposição, então a estratégia muda, Serra que na pesquisa anterior do IBOPE tinha caído para 35% de intenções de votos estimulados, agora cresce para 41% e Ciro volta para tráz com 14% e Dilma fica na sua média de 16%, ou melhor na média do IBOPE.

Essa pesquisa e a atitude de divulgar ela neste momento, por sí só, já é uma jogada de manipulação da oposição, lógico, essa conversa de vice não cola é pano de fundo em um momento em, cada vez mais, vozes dissonantes inclusive na própria oposição questionam a capacidade de Serra de derrotar Dilma Roussef e o Goveno no debate político da campanha eleitoral, prestem atenção!!!!! NO DEBATE POLÍTICO.

Isso prova que atualmente as pesquisas do IBOPE, antes de seguir a lógica da tendência da opinião pública, seguem a lógica do compromisso político empresarial com quem contratou a pesquisa e porque?
Porque os resultados destas pesquisas demonstram que as mesmas estão sintonizada com a necessidade conjuntural da oposição examente porque, por exemplo, esse resultado caiu como um a luva para o pressionado José Serra.

O resultado da pesquisa é acima de tudo político tendencioso pró PSDB e aliados, a opinião pública é apenas um detalhe no jogo da manipulação.

Estou de plantão esperando o resultado no relatório do IBOPE para investigar a essência além da aparência.

Flávio Luiz Sartori - flavioluiz.sartori@gmail.com

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

LER O ARTIGO DE SAUL LEBLON DO CARTA MAIOR É FUNDAMENTAL NA ATUAL CONJUNTUTA

A maneira como a mídia brasileira chamada de PIG tem tratado o Presidente LULA e seu Governo praticamente desde 2003, ja provocou diversas análises mas, sem sombra de dúvidas, a que segue é provavelmente uma das mais importantes, tanto é que a introdução ao artigo esta no Blog do Azenha; Vi o Mundo.

O "Essência Além da Aparência" considera este artigo fundamental como forma de provocar a reflexão crítica nos internaltas brasileiros que atráves da leitura dele poderão ampliar o campo crítico ao PIG na opinião pública brasileira.

O texto é de Saul Lebon e esta no Carta Maior.

O ponto de saturação
Ataques ao governo Lula fazem parte da paisagem jornalística brasileira. Tornaram-se previsíveis como os acidentes geográficos; irremediáveis como o dia e a noite. Naturalizaram-se, a tal ponto que já se lê os jornais pulando essas ocorrências, como os olhos ignoram trechos vulgares de caminhos rotineiros. O que mais espanta, porém – e a cobertura da viagem do São Francisco reforça esse desconcerto - não é a crítica , mas o tom desrespeitoso desse jornalismo. Com a aproximação das eleições de 2010, ansiedade pelo fracasso recrudesceu. A tal ponto ela se tornou caricatural que já aparecem os primeiros sintomas de saturação. O artigo é de Saul Leblon. (Luiz Carlos Azenha - viomundo.com.br)

Saul Leblon :
“Alojamento de Lula tem risoto, uísque e roda de viola até a madrugada.” Sob esse título auto-explicativo, a Folha [edição de 16-10] resumiu em uma retranca o espírito da cobertura oferecida aos seus leitores durante a viagem de três dias feita pelo Presidente Lula às obras de interligação de bacias do rio São Francisco, uma das mais importantes do seu governo.O propósito de diminuir e tratar o assunto com escárnio e frivolidade se reafirmou em legendas de primeira página ao longo da visita. No dia 15-10, o jornal carimbava uma foto de Lula e da ministra Dilma Rousseff pescando no São Francisco, em Buritizeiro (MG), com a chamada: 'Conversa de Pescadores' . A associação entre a legenda e o discurso da oposição, para quem as obras são fictícias e a viagem, eleitoreira, sintetiza o engajamento de um jornalismo que já não se preocupa mais em simular isenção.No dia 17, de novo na primeira página , o jornal estampa a foto do Presidente atravessando o concreto ainda fresco sobre a legenda colegial: ‘A ponte do rio que caiu’. A imagem de Lula equilibrando-se em tábuas improvisadas inoculava no leitor a versão martelada em toda a cobertura: trata-se de uma construção improvisada, feita a toque de caixa, com objetivo apenas eleitoreiro. É enfadonho dizê-lo, mas o próprio jornal se contradiz ao entrevistar Dom Luis Cappio, o bispo de Barra (BA), um crítico ferrenho da obra. Segundo afirmou o religioso ao jornal, ‘as obras avançam como um tsunami’. Sua crítica recai no que afirma ser a ‘marolinha’ das medidas - indispensáveis - de recuperação ambiental do rio. Diga-se a favor do governo que estas, naturalmente, serão de implementação mais lenta, na verdade talvez exijam um programa permanente.Como o próprio bispo de Barra esclarece, não se trata apenas de promover o saneamento de esgotos e dejetos nas cidades ribeirinhas, como já vem sendo feito, ineditamente, talvez, na história dos rios brasileiros de abrangência interestadual. O resgate efeitvo do São Francisco passa também pela recuperação das matas ciliares, prevista nas obras, mas remete igualmente à recuperação de toda a ecologia à montante e para além dos beiradões, inclusive as veredas distantes onde estão nascentes, olhos d’água, lagoas de reprodução destruídos pela rapinagem madereira e carvoeira. Só quem acredita em milagres pode exigir, como faz Dom Cáppio, que um único governo reverta essa espiral de cinco séculos de omissão pública da parte, inclusive, daqueles que demagogicamente criticam as obras hoje como ‘uma ameaça ao velho Chico’.O único acesso que a família Frias ofereceu aos leitores para que pudessem avaliar a verdadeira dimensão da obra ficou escondido na página interna da edição do dia 17, na belíssima foto que ilustra a página 12. Ali, um Lula solitário caminha por um gigantesco canal de concreto que rompe o horizonte até lamber o céu sertanejo. Há um simbolismo incontornável na imagem de um Presidente que se despede diluindo-se em uma obra gigantesca. Ela consagra seu retorno à terra de onde partiu como retirante e para onde voltou, Presidente, levando água a quem não tem - compromissos mantidos, apesar de tudo.A solenidade da foto contrasta com o tom de adolescência abusada da cobertura, o que impediria o jornal de utilizar a imagem na primeira página, embora do ponto de vista estético e jornalístico ela fosse muito superior à escolhida. Tanto que o editor da página 12 não se conteve e abriu cinco colunas para a fotografia.Ataques ao governo Lula fazem parte da paisagem jornalística brasileira. Tornaram-se previsíveis como os acidentes geográficos; irremediáveis como o dia e a noite. Naturalizaram-se, a tal ponto que já se lê os jornais pulando essas ocorrências, como os olhos ignoram trechos vulgares de caminhos rotineiros. O que mais espanta, porém – e a cobertura da viagem do São Francisco reforça esse desconcerto - não é a crítica , mas o tom desrespeitoso desse jornalismo. Nesse aspecto não houve rigorosamente qualquer evolução após seis anos em que todos os preconceitos contra Lula foram desmoralizados na prática. A retomada do crescimento com inflação baixa e maior equidade social, por exemplo, distingue seu governo positivamente da paz salazarista imposta pela ortodoxia tucana no segundo mandato de FHC. A popularidade internacional do chefe de Estado brasileiro constitui outro fato sem precedente, só suplantado, talvez, pela velocidade da recuperação da nossa economia em meio à maior crise do capitalismo desde 1930. Tudo desautoriza as previsões catastróficas das viúvas provincianas do tucano poliglota. Mas se a realidade desmentiu o preconceito, em nenhum momento a mídia conservadora deu trégua a um indisfarçável desejo de vingança que pudesse comprovar a pertinência de uma rejeição de classe ao governo Lula . Com a aproximação das eleições de 2010, a ansiedade pelo fracasso recrudesceu. A tal ponto ela se tornou caricatural que já aparecem os primeiros sintomas de saturação. Em artigo publicado no Estadão [19-10] o físico José Goldemberg, por exemplo, um quadro de extração tucana, saiu em defesa da construção de hidrelétricas pelo governo Lula, objeto de críticas estridentes de um jornalismo que prefere esquecer a origem do apagão em 2001/2002. Na área da saúde, o respeitado cardiologista Adib Jatene, que já foi secretário de Paulo Maluf mas supera qualquer viés político pela inegável competência científica e discernimento público, tem vindo a campo com freqüência defender a necessidade de um novo imposto, capaz de mitigar o estrago causado à saúde pública pela revogação da CPF. Mais uma ‘obra coletiva’ assinada pela mídia e a coalizão demotucana. O economista Luiz Carlos Bresser Pereira, do staff serrista, foi outro a manifestar seu desagrado com o estado das coisas. Bresser, que já defendeu abertamente o projeto de Lula para o pré-sal, rechaçou a demonização do MST articulada pela mídia e ruralistas, por conta da derrubada de laranjeiras em terras públicas ocupadas pela Cutrale [artigo na Folha 19-10]. Pode ser apenas miragem do horário de verão, mas o que essas manifestações parecem indicar é uma rebelião da inteligência –ainda que avessa ao PT - contra a a idiotização da agenda nacional promovida pelo jornalismo demotucano. A patogenia infelizmente não é privilégio brasileiro. Na Argentina, o cerco da grande imprensa ao governo Cristina Kirchner recorre a expedientes idênticos de mentiras, fogo e fel . Com Morales, na Bolívia, não tem sido diferente. Na Venezuela, há tempos, o aparato midiático tornou-se paradigma de um engajamento que atravessou o Rubicão do golpismo impresso para se incorporar fisicamente à quartelada que quase derrubou Chávez em 2002 . Enganam-se os que enxergam aí também a evidência de uma fragilidade congênita à democracia latinoamericana. Acima do Equador as coisas não vão melhores. O democrata Barack Obama é vítima de um cerco raivoso e racista de jornais e redes, como é o caso da Fox, do direitista Rupert Murdoch que detém também o Wall Street Journal. A repetição e o alcance dos mesmos métodos e argumentos nas mais diferentes latitudes parece indicar que estamos diante de um fenômeno de recorte histórico mais geral. O fato é que o conservadorismo está acuado em diferentes fronteiras após o esfarelamento econômico e político do credo neoliberal. A falência dos mercados financeiros desregulados na maior crise do capitalismo desde 1930 já é reconhecida, à direita e à esquerda, como um novo divisor histórico. Corroído em seus alicerces de legitimidade pela falência de empresas, famílias e bancos, ademais do recrudescimento do desemprego e da insegurança alimentar - inclusive nas sociedades mais ricas - o conservadorismo vê sua base social derreter. A radicalização do seu ‘braço midiático’ soa como uma tentativa derradeira de reverter o processo ainda nos marcos da democracia, desqualificando o adversário mais próximos formado por partidos e governos progressistas. A radicalização é proporcional à ausência de um projeto conservador alternativo a oferecer à sociedade.Abre-se assim uma etapa de absoluta transparência, uma radicalização aberta; um embate bruto de forças em que a mídia dominante não tem mais espaço para esconder os interesses que representa. Tampouco parece ter pejo em descartar uma neutralidade – que, diga-se, a rigor nunca existiu - mas da qual sempre se avocou guardiã para descartar a democratização efetiva dos meios de comunicação. A isenção parece, enfim, não representar mais um valor passível sequer de ser simulado.A diferença entre o que acontece no caso brasileiro e o resto do mundo é o grau de envolvimento do governo na reação em sentido contrário a essa ofensiva. A liberdade de informação e o contraditório aqui respiram cada vez mais por uma rede de blogs e sites de gradiente ideológico amplo, qualidade crescente e capacidade analítica incontestável. Mas ainda de alcance restrito. O protagonismo do governo e o dos partidos e sindicatos que poderiam ir além na abrangência de massa, é tíbio. Na Venezuela não é assim. Na Bolívia – que acaba de criar um grande jornal diário de recorte progressista-- não está sendo. Na Argentina onde foi votada uma lei de comunicação que desmonta a estrutura monopolista do conservadorismo midiático, caminha-se também sobre pernas da urgência. Acima da linha do Equador a contundência das respostas oficiais destoa igualmente do acanhamento brasileiro. Na verdade, talvez a caracterização mais dura da decadência dos princípios liberais na mídia tenha partido justamente dos porta-vozes do governo Obama, Anita Dunn, Diretora de Comunicações do Presidente e David Axelrod,principal assessor de comunicação do democrata."A rede Fox está em guerra contra Barack Obama (...) não precisamos fingir que o modo como essa organização trabalha é jornalístico. Quando o presidente fala à Fox, já sabe que não falará à imprensa, propriamente dita. O presidente já sabe que estará debatendo com um partido da oposição", resumiu recentemente a atilada Diretora de Comunicações da Casa Branca. Numa escalada de entrevistas e disparos cuidadosamente arquitetados, Dunn e Axelrod falaram alternadamente a diferentes segmentos midiáticos de todo o país. E o fizeram com o mesmo propósito de colocar o dedo numa ferida chamada Rupert Murdoch. "Mr. Rupert Murdoch tem talento para fazer dinheiro, e eu entendo que sua programação é voltada a fazer dinheiro. Só o que argumentamos é que [seus veículos] não são um canal de notícias de verdade. Não só os âncoras, mas a programação toda. Não é notícia de verdade, mas é a pregação de um ponto de vista. E nós vamos tratá-los assim ", bateu Axelrod em seguida ao ataque de Anita Dunn.O guarda-chuva dos ataques a Obama têm como alvo o projeto de reforma do sistema de saúde, que, entre outras medidas, quer colocar sob responsabilidade do Estado cerca de 50 milhões de norte-americanos hoje ao desabrigo de qualquer cobertura.A defesa do livre mercado na saúde é só a ponta do iceberg do ataque midiático. Por trás desse biombo o que se move é uma engrenagem endogâmica em que se entrelaçam o fanatismo e o dinheiro da direita republicana, postados dentro e fora da mídia. Sua meta é clara: desconstruir e imobilizar o sucessor de George W. Bush. Não há muita diferença entre o que se passa nos EUA e a divisão de trabalho observada no Brasil, onde as rádios chutam o governo Lula abaixo da linha da cintura; os jornalões desgastam e denunciam, enquanto a Globo faz a edição final no JN, transformando o boa noite diário da dupla Bonner & Fátima uma espécie de ‘meus pêsames, brasileiros pelo governo que escolheram; não repitam isso em 2010’.No caso dos EUA, um país visceralmente conservador e racista não há , a rigor, grande surpresa pelos ataques da Fox & Cia a um Presidente negro e democrata. O que surpreende, de fato, é que Obama está reagindo. E o faz com um grau de contundência que, oxalá, sirva de inspiração para que um dia também possamos ouvir nos trópicos um porta-voz do Presidente Lula dizer com igual limpidez e serenidade, sem raiva, mas pedagogicamente: "A Folha está em guerra contra Lula(...) não precisamos fingir que o modo como essa organização trabalha é jornalístico. Quando o Presidente fala à Folha já sabe que não falará à imprensa, propriamente dita. O Presidente já sabe que estará debatendo com um partido da oposição."

terça-feira, 20 de outubro de 2009

JORNAL DA GLOBO DE ONTEM A NOITE NÃO DEU UMA PALAVRA SOBRE A CASSAÇÃO DOS VEREADORES EM SÃO PAULO

A notÍcia de que a Justiça Eleitoral de São Paulo cassou 13 vereadores e 1 suplente na maior e mais importante cidade do Brasil é, sem sombra de dúvidas, o fato mais importante da política brasileira nos últimos mêses. O motivo alegado pela justiça para caçar os vereadores, e ainda existem outros 17 para serem cassados, revela o esquema articulado por setores empresariais ligados às empresas com interesses imobiliários na cidade de São Paulo. Um escândalo que deve ser considerado à altura de fatos como por exemplo, o recente mensalão e o escândalo dos anões do orçamento nos anos noventa do século passado.

No entanto, a Rede Globo preferiu deixar esse escândalo dos vereados em um segundo plano e dar prioridade ao ressurgimento da polêmica envolvendo a Ministra Dilma Roussef e a ex secretária da Receita Federal Lina Vieira.

O fato pôde ser comprovado no Jornal da Globo de ontem à noite, os fatos mais importantes da noite no jornal apresentado por Cristiane Pelajo foram: a prisão do promotor Igor, a repercussão do confronto da polícia com traficantes no Rio de Janeiro, a presença dos pilotos da fórmula 1 Rubens Barrichello e Felipe Massa no jornal e a iniciativa da oposição de tentar reabrir o caso Lina Vieira através de uma iniciativa do PSDB que apresenta nesta terça na CCJ requerimento que convoca a ex-secretária da Receita Lina que teria afirmado afirmou que encontrou uma agenda na qual está escrito o dia de uma suposta audiência com Dilma Rousseff.

Apesar de toda importância do caso da cassação do mandato dos vereadores o Jornal da Globo não deu uma palavra sequer sobre o assunto, achei isso tão estranho que resolvi veridficar na lista de todas as notícias (a pauta) do jornal de ontem a noite, quem quizer verificar é só acessar:

http://g1.globo.com/jornaldaglobo/0,,16021,00.html

Esse fato é um completo absurdo na história recente do jornalismo mdo Brasil, ele demonstra não só que as Organizações Globos não noticiam fatos contrários ao PSDB, como também a atitude da emissora e da editoria do Jornal da Globo de montar uma pauta totalmente contrária ao Governo, no caso do Presidente Lula, em uma postura de partidarização aberta por parte da emissora.

Você, internalta brasileiro, que preza a ética, fique atento porque esse fato é tão absurdo que fica difícil acreditar que ele tenha realmente acontecido.

Flávio Luiz Sartori - flavioluiz.sartori@gmail.com

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O CORAJOSO ARTIGO DE BRESSER PEREIRA NA FOLHA DESTE FINAL DE SEMANA

Existem momentos na nossa vida que, por mais que tentamos desviar até mesmo por fraqueza própria, somos obrigados a assumir posturas que certamente irão afastar pessoas que fizeram ou fazem parte do nosso convívio pelo simples fato de que discordaremos delas, caso contrário, teremos nossa personalidade e princípios colocados em um segundo plano.
FHC preferiu dizer para esquecerem o que ele tinha escrito.
Quando falei em fraquezas pensei em mim mesmo me colocando no lugar do Professor Bresser Pereira porque ele tem toda uma história, inclusive de vida, com significativa parte da cúpula do PSDB e eu imagino seus dilemas, principalmente, depois de ler seu artigo na Folha de São Paulo neste final de semana.
Oxalá, outros brasileiros, a exemplo dele e do grande Mauro Santayana tenham a mesma coragem.
No entanto, o mais importante do corajoso artigo do Professor Bresser Pereira foi a constatação de que importantes intelectuais brasileiros, em um número cada vez maior, estão se indignando com a situação de subserviência de parcela da mídia brasileira, na qual estão incluidos inclusive profissionais, em relação aos setores da política e do poder econômico que governaram o Brasil até 2002 e que não se conformam de forma alguma que o Governo Lula esteja dando certo.
Isto é um bom sinal para a democracia brasileira, na medida em que representa um caminho aberto à pluralidade diante de um quadro onde impera a hegemonia de uma significativa parcela da mídia brasileira controlada por poucos e com direcionamento ideológico bem definido.
Bresser exemplifica na curiosidade aparentemente ingênua de sua amigas, a exata situação em que se encontra consideravel parcela das pessoas no Brasil que se interessam pelas noticias no dia a dia e são obrigadas a literamente "engolir" somente uma versão dos fatos vindas das redes globos, revistas vejas e folhas e estadões da vida dentre outros.
A preocupação de Bresser no final de seu artigo, inclusive com estranheza com o fato de economistas da área agricola não terem se posicionado diante da polêmica entre representantes do DEM no Congresso Nacional de um lado e o INCRA e o Movimento dos Sem Terra do outro lado no sentido de fazer analises esclarecedoras sobre o assunto, ficou como um alerta, que torcemos no sentido que sensibilize os brasileiros conscientes dessa situação, que ainda estão sem coragem de expressar seus pontos de vista como fez o próprio Bresser.

Flávio Luiz Sartori - flavioluiz.sartori@gmail.com

domingo, 18 de outubro de 2009

HOMENAGEM A RUBENS BARRICHELLO

TODOS NÓS SEMPRE, POR PIOR QUE APARENTEMENTE SEJA A SITUAÇÃO, TEMOS QUE RECORRER AO RUBENS BARRICHELLO QUE EXISTE EM CADA UM DE NÓS.

LUTAR SEMPRE, DESISTIR JAMAIS.

VIVA BARRICHELLO.

Flavio Luiz Sartori

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

CONTINUA APARECENDO, PRATICAMENTE A TODO MOMENTO, NA PUBLICIDADE DO BLOG, PROPAGANDA DE UM SITE DE UM APOIADOR DA CANDIDATURA A PRESIDÊNCIA DO SERRA

Esta aparecendo, praticamente a todo o momento, na publicidade do blog, propaganda de um site de um apoiador da pré-candidatura José Serra a Presidência da República, não parei para verificar se este site esta dentro da legalidade. Por hora não vou me importar com isso porque acho uma perda de tempo essa propaganda no meu blog. Vou aceitar tranqüila e democraticamente, mas gostaria de lembrar que há dias estou banido do blog do Ricardo Noblat das Organizações Globo e que eu me lembre só discordei do que ele escreve lá e não ofendi ninguém. Com a palavra o saudoso Ricardo Noblat do Correio Brasilense.
Nesses momentos me lembro das sábias palavras de um amigo que ao comentar que estava engolindo sapo, emendou: "Ja engoli uma lagoa".

Bom fim de semana e aguardem o último capitulo do Conto "ATROZ REDENTOR LAZARUS MORELL" do livro A HISTÓRIA UNIVERSAL DA INFÂMIA de Jorge Luis Borges.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

ANALISE DOS NÚMEROS DA PESQUISA IBOPE / CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA AGRICULTURA

Desde o primeiro momento em que ouvi a notícia ontem à noite sobre essa pesquisa do IBOPE para a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, a CNA, com alguns resultados, fiquei pensando comigo mesmo em silêncio: "Só pode ter manipulação na amostragem para ser possivel chegar a um resultado como esse, até quando a opinião pública, ou melhor, ainda parte significativa dela, será enganada?"
Durante o dia de hoje arrumei o tempo que não tenho porque sou um trabalhador a procura de um lugar melhor ao sol e fui a procura, primeiro do relatório completo dessa pesquisa IBOPE/CNA, depois dos números do IBGE referentes ao Censo Agropecuário de 2006 no item sobre a Agricultura Familiar, de acordo com a Lei 11.326, que estabelece os princípios e instrumentos destinados à formulação das políticas públicas direcionadas à Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais.
De acordo com estatisticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísca, o IBGE, no qual eu ja tive a honra de trabalhar em censos, a quantidade de estabelecimentos da Agricultura Familiar em 2006 por Região do Brasil é a seguinte:
De acordo com o Relatório JOB 1221 do IBOPE da Pesquisa de Opinião Pública Sobre Assentamentos Rurais realizada para a CNA, as cotas de entrevistas por Regiões do Brasil foram as seguinte:

Como se pode observar a manipulação dos números é descarada, logo de cara se vê que a pesquisa não entrevistou nenhum assentado na Região Sul do Brasil, que históricamente tem um dos melhores padrões de vida no Brasil. Por outro lado foram feitas 25% das entrevistas na Região Norte, enquanto que pelos números do IBGE esta região tem peso de 9,5% no total de assentados do Brasil. Também foram entrevistados 35% de assentados nordestinos, enquanto que a Região tem peso, de acordo com números de IBGE de 50,1% de assentados e para encerrar, foram entrevistados 22,5% de assentados pelo IBOPE na Região Centro Oeste, enquanto que ela tem peso de 5% de assentados em relação a todo Brasil. A única Região onde os números ficaram próximos foi a Sudoeste com 16% de assentados pelos números do IBGE e 17,5% de entrevistas do IBOPE.
De acordo com números do IBGE de 2006, as estatísticas da agricultura familiar por estado são as seguintes:
O IBOPE realizou entrevistas nos seguintes estados com os seguintes números, de acordo com seu próprio relatório:


Fiz questão de detalhar os números por estado para completar o trabalho, se você meu caro internalta quizer ter acesso as tabelas do IBGE é só acessa ao seguinte endereço:
Os números estão sem os cálculos por porcentagem, que foram trabalhados mim mesmo, mas são os mesmos, basta abrir as tabelas e conferir.
Não existe na página do IBGE nenhum número posterior aos dados do Censo Agropecuário de 2006, depois, os números de assentamentos feitos até 2008 não ultrapassam as diferenças registradas nesta analise.
Voces também poderão acessar ao relatório do IBOPE na no seguinte endereço do CNA:
LEIAM E TIREM SUAS CONCLUSÕES PARA O BEM DO BRASIL.
Flávio Luiz Sartori - flavioluiz.sartori@gmail.com

“NOVELA LITERÁRIA” NO BLOG: “A HISTÓRIA UNIVERSAL DA INFÂMIA” DE JORGE LUIS BORGES II

Na primeira parte de “NOVELA LITERÁRIA” DO BLOG vocês foram convidados a ler o livro “A HISTÓRIA UNIVERSAL DA INFÂMIA” de JORGE LUIS BORGES, com o primeiro conto 'ATROZ REDENTOR LAZARUS MORELL", agora acabo de blogar a seguda parte deste conto:

O ATROZ REDENTOR LAZARUS MORELL - Segunda Parte

O HOMEM
Os daguerreótipos de Morell, que costumam publicar as revistas americanas, não são autênticos. Essa carência de genuínas efígies de homem tão memorável e famoso não deve ser casual. E verossímil supor que Morell se tenha negado à placa polida; essencialmente para não deixar inúteis rastros e, de passagem, para alimentar seu mistério... Sabemos contudo que não foi favorecido quando jovem e os olhos demasiado próximos e os lábios finos não predispunham a seu favor. Os anos, porém, conferiram-lhe essa peculiar majestade que têm os canalhas encanecidos, os facínoras venturosos e impunes. Era um antigo cavalheiro do Sul, apesar da infância miserável e da vida afrontosa. Não desconhecia as Escrituras e pregava com singular convicção. "Eu vi Lazarus Morell no púlpito " – anota o dono de uma casa de jogo em Baton Rouge, Louisiana – "e escutei suas palavras edificantes e vi lágrimas acudirem a seus olhos. Sabia que era adúltero, ladrão de negros e assassino perante o Senhor, mas também meus olhos choraram."
Outro bom testemunho dessas efusões sagradas é o que subministra o próprio Morell. "Abri ao acaso a Bíblia, dei com um conveniente versículo de São Paulo e preguei uma hora e vinte minutos. Tampouco desperdiçaram esse tempo Crenshaw e os companheiros, porque levaram com eles todos os cavalos do auditório. Nós os vendemos no Estado de Arkansas, a não ser um baio muito brioso que reservei para meu uso particular. Agradava também a Crenshaw, mas eu fiz ver a ele que não lhe servia."


O MÉTODO
Os cavalos roubados em um Estado e vendidos em outro foram apenas uma digressão na carreira delinqüente de Morell, porém prefiguraram o método que agora lhe assegura seu lugar privilegiado em uma História Universal da Infâmia. Esse método é único, não só pelas circunstâncias sui generis que o determinaram, como também pela abjeção que requer, pelo fatal manejo da esperança e pelo desenvolvimento gradual, semelhante à atroz evolução de um pesadelo. A1 Capone e Bugs Moran operam com ilustres capitais e com metralhadoras servis numa grande cidade, porém seu negócio é vulgar. Disputam-se um monopólio, e isso é tudo... Quanto a número de homens, Morell chegou a comandar uns mil, todos juramentados. Duzentos integravam o Alto Conselho, e este promulgava as ordens que os restantes oitocentos cumpriam. O risco recaía nos subalternos. Em caso de rebelião, eram entregues à Justiça ou arrojados à correnteza do rio de águas pesadas, com uma pedra presa nos pés. Eram, com freqüência, mulatos. Sua facinorosa missão era a seguinte:
Percorriam – com algum momentâneo luxo de anéis, para inspirar respeito – as vastas plantações do Sul. Escolhiam um negro infeliz e propunham-lhe a liberdade. Diziam-lhe que fugisse de seu senhor, para ser vendido por eles uma segunda vez, em alguma propriedade distante. Dar-lhe-iam então uma percentagem do preço de sua venda e lhe facultariam a próxima evasão. Iriam conduzi-lo, afinal, a um Estado abolicionista. Dinheiro e liberdade, dólares de prata bem sonantes e liberdade, que maior tentação podiam oferecer-lhes? O escravo atrevia-se a sua primeira fuga.
O caminho natural era o rio. Uma canoa, o porão de um vapor, uma barcaça, uma balsa grande como o céu, tendo na extremidade uma cabana ou tendas de lona muito altas; o lugar não importava, importava apenas saber-se em movimento e seguro sobre o infatigável rio... Vendiam-no em outra plantação. Fugia outra vez para os canaviais ou barrancos. Então, os terríveis benfeitores (dos quais já começava a desconfiar) aduziam gastos obscuros e declaravam que tinham de vendê-lo uma última vez. Ao regressar dariam a ele a percentagem das duas vendas e a liberdade. O homem deixava-se vender, trabalhava algum tempo e desafiava na última fuga o risco dos cães de caça e dos açoites. Regressava com sangue, com suor, com desespero e com sono.


A LIBERDADE FINAL
Falta considerar o aspecto jurídico desses fatos. O negro não era posto à venda pelos sicários de Morell antes que o dono primitivo houvesse denunciado sua fuga e oferecido uma recompensa a quem o encontrasse. Quem quer que fosse podia então retê-lo, de modo que sua venda posterior era abuso de confiança, não roubo. Recorrer à justiça civil era gasto inútil, porque os danos não eram pagos nunca.
Tudo isso era muito tranqüilizador, mas não para sempre. O negro podia falar; o negro, de puro agradecimento ou infelicidade, era capaz de falar. Umas rodadas de uísque de centeio no prostíbulo de El Cairo, Illinois, onde o filho de uma cadela nascido escravo iria malgastar o dinheiro que eles não lhe tinham de dar, e transpirava o segredo. Nesses anos um Partido Abolicionista agitava o Norte, uma turba de loucos perigosos que negavam a propriedade e pregavam a liberdade dos negros, incitando-os a fugir. Morell não ia deixar-se confundir por tais anarquistas. Não era um yankee, era um homem branco do Sul, filho e neto de brancos, e esperava retirar-se dos negócios e ser um cavalheiro, com léguas de algodoal e as curvadas filas de escravos. Com sua experiência, não estava para riscos inúteis.
O trânsfuga esperava a liberdade. Então os mulatos nebulosos de Lazarus Morell transmitiam entre si uma ordem que podia não passar de uma senha e o livravam da vista, do ouvido, do tato, do dia, da infâmia, do tempo, dos benfeitores, da misericórdia, do ar, dos cachorros, do universo, da esperança, do suor e dele mesmo. Um balaço, uma punhalada baixa ou um golpe, e as tartarugas e pargos do Mississipi recebiam a última informação.

Na sequencia a conclusão do conto com os capítulos finais deste conto: A CATÁSTROFE e A INTERRUPÇÃO.
Quem não leu a primeira parte do conto acesse:

A PARTIR DE HOJE, ALEM DAS ANALISES, TEM “NOVELA LITERÁRIA” NO BLOG E A PRIMEIRA É “A HISTÓRIA UNIVERSAL DA INFÂMIA” DE JORGE LUIS BORGES. CURTAM.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

BLOG DO NOBLAT E TAMBEM DAS ORGANIZAÇÕES GLOBO ESTÁ EM CAMPANHA ABERTA POR SERRA.

A campanha por Serra esta com tudo no blog do Noblat; primeiro ele tenta (aliás o tempo todo) intrigar Ciro Gomes com o PT, depois publica comentários de José Serra como, por exemplo, "O Brasil precisa de governantes que sejam íntegros, que sirvam ao povo, em vez de se servirem do povo.”

Se isso não for jogo pró Serra do Noblat e da Globo, o que é então?

APESAR DAS TENTIVAS DA OPOSIÇÃO, GOVERNO MANTEM O CONTROLE DA SITUAÇÃO NOS BASTIDORES DA DISPUTA QUE ANTECEDE A CORRIDA PRESIDENCIAL DE 2010.

Apesar do fim de semana aparentemente tranqüilo com nenhuma pesquisa com números de impacto, a disputa nos bastidores continua e a grande cobiçada do momento é a classe média, principalmente a nova classe média que se consolidou durante o Governo Lula.
Milhões de novos brasileiros que acessaram a um melhor padrão de vida cujas consciências precisam ser ganhas pela oposição ou mantida pelo governo.

A oposição corre contra o tempo, usa todos os mecanismos a sua disposição, principalmente aquele setor da imprensa classificado de PIG (Partido da Imprensa Golpista), que não perde a oportunidade de fustigar o governo todo momento, tudo é motivo de crise. O objetivo é convencer os eleitores, a partir da classe média é claro, de que o bom momento que o Brasil vive atualmente foi plantado pela oposição quando FHC foi presidente de 1994 a 2002 e que o Governo Lula apenas esta se aproveitando dessa situação com ajuda da conjuntura internacional favorável, que volta a ser muito boa para o Brasil com o final da crise.
Toda estratégia oposicionista estava articulada para que o principal candidato à presidência da oposição, no caso o Governador de São Paulo José Serra conseguisse chegar no início da campanha eleitoral oficial na metade do ano que vem com uma intenção de votos estimulada em torno de 35% a 45% para poder ir ao segundo turno com força e disputar de igual para igual com o candidato, ou melhor, candidata, governista, em condições de ter chances de vitória.
No entanto, já a partir da segunda quinzena de setembro de 2009 os números das pesquisas não pareceram tão favoráveis a Serra.
Para contrabalançar este fato, forças políticas oposicionistas somadas aos setores empresariais e também a imprensa historicamente comprometidos com o projeto político, que governou o Brasil até 2002 decidiram partir para uma estratégia alternativa de dividir os votos do campo governista; primeiro através da candidatura da Senadora Marina Silva, depois através da tentativa de fortalecer, pelo menos momentaneamente, a candidatura Ciro Gomes.
Todos esses movimentos, pelo menos até o presente momento não surtiram o efeito esperado pelos oposicionistas. Contudo, não se enganem, o grande termômetro da disposição oposicionista é o Governador José Serra, se ele entrar na disputa é porque tem a leitura de que ainda terá um pouco de chance, nesse caso se agarrará a esta até o fim. Talvez seja exatamente nesse momento é que a democracia brasileira tenha que passar pelo seu maior teste, mais arriscado inclusive que o impechement de Collor.

Depois da escolha da cidade do Rio de Janeiro como sede da Olimpíada de 2016, a situação do Governo Lula que já era, de certa forma confortável, se tornou mais tranqüila ainda, principalmente depois que Ciro Gomes transferiu seu título para o Estado de São Paulo e que a candidatura da Senadora Marina Silva ainda não conseguiu o apoio popular que a oposição desejava.
O fato de Ciro Gomes ter demonstrado que pode topar ser candidato ao Governo de São Paulo e o apoio à candidatura Dilma Roussef do PDT e do PC do B, alem da tendência do PMDB nacional de fechar com a candidatura governista indica que o campo governista esta unido e que o Presidente Lula tem o controle da sucessão presidencial, pelo menos até o momento.

Conclusão, apesar de números que ainda indicam Serra na liderança no plano nacional, mesmo levando em conta que já existem noticias de que Serra teria caído no Estado do Rio de Janeiro de 30% para 22% de intenções de votos espontâneos, noticia que o blog vai verificar com mais detalhes, as condições básicas e objetivas para se chegar a uma vitória quem esta conseguindo criar até o presente momento é o bloco governista liderado pelo Presidente Lula.
É sempre bom lembrar que todo governo sempre tem a oportunidade de criar todas as condições para eleger a sucessor, para isso basta ser eficiente e atender as necessidades da população para ter maioria no apoio da opinião pública. Até o presente momento o governo Lula tem seguido esta regra de maneira impecável. Se continuar acertando e não cometer erros primários como, por exemplo, retardar a restituição do imposto de renda, será difícil para a oposição chegar ao Planalto.
O que se espera é que os oposicionistas mais açodados, dentre os quais está incluso o Governador José Serra e também alguns membros do DEM, saibam aceitar o resultado final, caso os partidos governistas estejam prestes a eleger sucessor de Lula, sem apelar para ações que estejam à margem da democracia plena. Esse alerta vale também para o PIG, principalmente as Organizações Globo.

Obs: Esta aparecendo, praticamente a todo o momento, na publicidade do blog, propaganda de um site de um apoiador da pré-candidatura José Serra a Presidência da República, não parei para verificar se este site esta dentro da legalidade. Por hora não vou me importar com isso porque acho uma perda de tempo essa propaganda no meu blog. Vou aceitar tranqüila e democraticamente, mas gostaria de lembrar que há dias estou banido do blog do Ricardo Noblat das Organizações Globo e que eu me lembre só discordei do que ele escreve lá e não ofendi ninguém. Com a palavra o saudoso Ricardo Noblat do Correio Brasilense.

Flávio Luiz Sartori –
flavioluiz.sartori@gmail.com


E continuem acompanhando no texto:

A PARTIR DE HOJE, ALEM DAS ANALISES, TEM “NOVELA LITERÁRIA” NO BLOG E A PRIMEIRA É “A HISTÓRIA UNIVERSAL DA INFÂMIA” DE JORGE LUIS BORGES. CURTAM.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

A PARTIR DE HOJE, ALEM DAS ANALISES, TEM “NOVELA LITERÁRIA” NO BLOG E A PRIMEIRA É “A HISTÓRIA UNIVERSAL DA INFÂMIA” DE JORGE LUIS BORGES. CURTAM.

Em Janeiro de 1997 depois de uma temporada em Maresias, São Sebastião, um pouco antes de entrar no ônibus que me levaria para Piracicaba, onde eu morava meu amigo Pedrão me perguntou em uma conversa sobre literatura se eu tinha lido algum texto de Jorge Luis Borges, Pedrão me falou que Borges era um mestre da narrativa curta, que seus contos eram maravilhosos e no final da conversa me emprestou o livro A História Universal da Infâmia, durante a viagem de ônibus li os contos, um atrás do outro. Naquele momento conheci o fantástico mundo de Jorge Luis Borges, conheci a narrativa perfeita combinada com a capacidade perfeita de relatar a trajetória de personagens que estão presentes e reais nosso dia a dia e que também são como que se fossem almas penadas habitando universos eternos como que se a morte fosse apenas uma passagem para uma realidade parecida com a que vivemos em um cÍrculo de vida sem fim.

Jorge Luis Borges Acevedo nasceu em Buenos Aires em 24 de Agosto de 1899, foi um escritor, poeta, tradutor, crítico e ensaísta argentino mundialmente conhecido por seus contos e histórias curtas. Dizem que ele nasceu, depois de morrer, porque ele viu, que seu sonho era próspero. E nunca mais voltou.


Com nove anos de idade escreve seu primeiro conto, "La visera fatal", inspirado em um episódio de Dom Quixote, foi um ávido leitor de enciclopédias. Dentre seus contos mais conhecidos e comentados podemos citar A Biblioteca de Babel, O Jardim de Veredas que se Bifurcam, "Pierre Menard, autor do Quixote" (para muitos a pedra angular de sua literatura) e Funes, o Memorioso, todos do livro Ficções (1944) - além de "O Zahir", "A escrita do Deus" e O Aleph (que dá seu nome ao livro de que consta, publicado em 1949). A partir dos anos 50, afetado pela progressiva cegueira, Borges passou a se dedicar a poesia.
Jorge Luis Borges faleceu em 14 de Junho de 1986 em Genebra na Suíça.

A partir de hoje o blog “Essência além da aparência” vai lançar uma idéia para os blogueiros de plantão, será algo tipo uma novela em que os capítulos serão parte de contos curtos onde a pessoa que acessar o blog irá poder ler o conto em duas ou três partes quando acessar o blog em textos intercalados com as analises, com isso pretendo tornar o blog um ambiente onde a crítica será presença constante mas não única, afinal não tenho nada pessoal contra o Ali Kamel da Globo, o Montenegro do IBOPE ou o Boris Casoy da Band, apenas sou critico da opinião deles e me coloco em um campo oposto e isso não é pessoal é profissional.

A edição de textos em partes como se fosse uma novela é parte da interação do blog com as pessoas a partir de uma concepção humana porque, na minha opinião, apesar da Globo, da Band e do PIG, a vida continua e existem muitos Jorge Luis Borges para serem curtidos.
Com vocês a seqüência de contos do memorável livro “A história universal da infâmia”. Vamos dar uma viajada no fantástico mundo de Borges a partir do primeiro conto em três capítulos; O ATROZ REDENTOR LAZARUS MORELL, na seqüência todos os contos do livro serão blogados, os mais longos em capítulos e os mais curtos em uma única parte.
Boa leitura e mandem suas críticas.

Flávio Luiz Sartori –
flavioluiz.sartori@gmail.com



O ATROZ REDENTOR LAZARUS MORELL - Primeira Parte


A CAUSA REMOTA

Em 1517, o padre Bartolomé de las Casas compadeceu-se dos índios que se extenuavam nos laboriosos infernos das minas de ouro antilhanas, e propôs ao imperador Carlos V a importação de negros, que se extenuassem nos laboriosos infernos das minas de ouro antilhanas. A essa curiosa variação de um filantropo devemos infinitos fatos: os blues de Handy, o sucesso alcançado em Paris pelo pintor-doutor uruguaio D. Pedro Figari, a boa prosa agreste do também oriental D. Vicente Rossi, a dimensão mitológica de Abraham Lincoln, os quinhentos mil mortos da Guerra da Secessão, os três mil e trezentos milhões gastos em pensões militares, a estátua do imaginário Falucho, a admissão do verbo linchar na décima terceira edição do Dicionário da Academia Espanhola, o impetuoso filme Aleluya, a fornida carga de baionetas levada por Soler à frente de seus Pardos y Morenos em Cerrito, a graça da senhorita de Tal, o negro que assassinou Martín Fierro, a deplorável rumba El Manisero, o napoleonismo embargado e encarcerado de Toussaint Louverture, a cruz e a serpente no Haiti, o sangue das cabras degoladas pelo machado dos papaloi, a habanera mãe do tango, o candombe.
Além disso: a culpável e magnífica existência do atroz redentor Lazarus Morell.



O LUGAR

O Pai das Águas, o Mississipi, o rio mais extenso do mundo, foi o digno teatro desse incomparável canalha. (Álvarez de Pineda o descobriu e seu primeiro explorador foi o capitão Hernando de Soto, antigo conquistador do Peru, que distraiu os meses de prisão do Inca Atahualpa ensinando-lhe o jogo de xadrez. Morreu, e lhe deram como sepultura as suas águas.)
O Mississipi é rio de peito largo; é um infinito e obscuro irmão do Paraná, do Uruguai, do Amazonas e do Orinoco. É um rio de águas mulatas; mais de quatrocentos milhões de toneladas de lama insultam anualmente o golfo do México, descarregadas por ele. Tanto lixo venerável e antigo construiu um delta, onde os gigantescos ciprestes dos pântanos crescem sobre os despojos de um continente em perpétua dissolução, e onde labirintos de barro, de peixes mortos, de juncos, dilatam as fronteiras e a paz de seu fétido império. Mais acima, na altura do Arkansas e do Ohio, também se alongam as terras baixas. Habita-as uma estirpe amarelenta de homens esquálidos, propensos à febre, que olham com avidez as pedras e o ferro, porque entre eles não há outra coisa senão areia e madeira e água turva.



OS HOMENS

Em princípios do século XIX (a data que nos interessa), as vastas plantações de algodão que havia nas margens eram trabalhadas por negros, de sol a sol. Dormiam em cabanas de madeira, sobre o chão de terra. Fora da relação mãe-filho, os parentescos eram convencionais e obscuros. Nomes tinham, mas podiam prescindir dos sobrenomes. Não sabiam ler. Sua enternecida voz de falsete cantava num inglês de vogais lentas. Trabalhavam em filas, curvados sob o rebenque do capataz. Fugiam, e homens de barba saltavam sobre cavalos de raça, e fortes cães de caça os rastreavam.
A um sedimento de esperanças bestiais e medos africanos haviam agregado as palavras da Escritura: sua fé por conseguinte era a de Cristo. Cantavam concentrados e em grupos: Go down Moses. O Mississipi servia-lhes de magnífica imagem do sórdido Jordão.
Os proprietários dessa terra trabalhadora e dessas levas de negros eram ociosos e ávidos senhores de melena. Habitavam imensos casarões voltados para o rio – sempre com um pórtico pseudogrego de pinho branca Um bom escravo custava-lhes mil dólares e não durava muito. Alguns cometiam a ingratidão de adoecer e morrer. Devia-se tirar dessas incertas criaturas o maior rendimento. Por isso conservavam-nos nos campos desde o primeiro sol até o último; por isso exigiam das terras colheita anual de algodão, ou fumo, ou açúcar. A terra, fatigada e manuseada por essa cultura impaciente, ficava em poucos anos exausta: o deserto confuso e enlodaçado enfiava-se pelas plantações. Nas chácaras abandonadas, nos subúrbios, nos canaviais estreitos e nos abjetos lodaçais, viviam os poor whites, a canalha branca. Eram pescadores, vagos caçadores, ladrões de cavalo. Costumavam mendigar pedaços de comida roubada aos negros e mantinham em sua prostração um orgulho: o do sangue sem tisne, sem mescla. Lazarus Morell foi um deles.

Continua amanhã, 13/10/2009 com: O HOMEM, O MÉTODO e a LIBERDADE FINAL.

Critiquem, façam sujestões.

Ainda hoje tem analises.

Flávio Luiz Sartori

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

PREMIAÇÃO DE BARACK OBAMA COM NÓBEL DA PAZ DE 2009 FORTALECE A POSIÇÃO DO PRESIDENTE CONTRA A DIREITA NA AMÉRICA LATINA E NOS EUA

Este blogueiro ja deixou bem claro que tem quase certeza que o Golpe de Honduras faz parte de uma articulação da direita a partir dos EUA para a América Latina. A forma como os golpistas de Honduras se comportam demonstra que eles tem apoio forte nos EUA.

Infelizmento, até mesmo por uma questão de necessidade de não dividir o campo dos democratas nos EUA, Barack Obama foi obrigado a indicar Hilary Clinton Secretária de Estado dos EUA. Como todos sabemos Bill Clinton sempre foi muito próximo de gente como FHC aqui no Brasi dentre outros lideres sul americanos contemporaneos de seu mandato de 1992 a 2000 que nunca foram de origem popular trabalhista.

Desde o primeiro momento o Departamento de Estado dos EUA faz vista grossa aos golpistas de Honduras. Por uma questão de equilbrio interno das forças que o apoiam nos EUA, Barack Obama esteve até agora obrigado a contemporizar com essa situação.

O que esperamos depois de sua premiação com o Nóbel da Paz é que Barack Obama fique mais fortalecido e em condições de impoôr a Hilary Clinton a necessidade de que os golpistas de Honduras sejam colocados no devido lugar deles fora do poder.

E para encerrar a devida homenagem a Barack Obama no clássico de Marvin Gaye "What's Going On", para não esquecermos da luta travada para que o triunfo de Barack Obama fosse possível.



Flávio Luiz Sartori



WILLIAN WACK, CRISTIANE PELAJO E BÓRIS CASOY (ESSE COM DESTAQUE) FORAM DE DOER ONTEM A NOITE

Primeiro o Jornal da Globo, foram quase dez minutos no assunto atrazo da restituição do imposto de renda, as entrevistas então, quem assistiu quase chorou de dó dos póbrezinhos que pretensamente não vão receber o dinheiro e não vão poder ter o Natal que pretendiam no final do ano. A idéia transmitida foi a de que a miséria vai bater na porta do trabalhador brasileiro por culpa do governo.
Foram entrevistados só analistas que criticaram a pretensa decisão do governo. No final o Heraldo Pereira fez o seu habitual "Pinga Fogo" com um exultante Senador Virgílio Guimarães que não escondia a alegria com oportunidade de critiicar o governo e um Senador Paulo Paim aparentemente desinformado sobre o assunto mas assumindo o compromisso de que iría questinar o governo sobre o episódio.

Mas de doer mesmo foi o Boris Casoy no Jornal da Noite na Band, primeiro criticou a decisão do governo que ainda não é definitiva com uma altivez, como se tivesse denunciando a maior das maldades do mundo para no final emendar seu bordão de marca registrada; "isso é uma vergggooonnnhhááá.
Boris inclusive aproveitou para no encerramento do Jornal da Band, deixar bem claro o porque de seus ataques nervosos ao Govervo Lula ao, literalmente "tucanar", quando noticiou que o Governo de São Paulo tinha sancionado (não citou o nome do Governador Serra porque ai talvez fosse "dar na vista demais") a lei das entregas com nova regra que permite ao consumidor saber o horário para realização de entregas e serviços e ainda comentou no final que era uma lei muito boa que ia ajudar muito a população de São Paulo, se a performance de Bóris não foi para ajudar o Serra, foi para que então?

Flávio Luiz Sartori

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

GOLPISTAS HONDURENHOS TEM APOIO DE PESSOAS LIGADAS A HILARY CLINTON

Jabuti não sobe em árvore, quando aparece lá é que alguém colocou, assim é com os golpistas de Honduras, eles são uma ponta de lança da direita na América Latina, o artigo abaixo foi blogado no viomundo.com.br do Azenha, divulgo este texto porque temos que fazer alguma coisa, senão poderemos ser os próximos.

Lobby hondurenho em Washington tenta derrubar indicação de embaixador americano no Brasil
Atualizado em 08 de outubro de 2009 às 16:52 Publicado em 08 de outubro de 2009 às 16:41

Leader Ousted, Honduras Hires U.S. Lobbyists
por GINGER THOMPSON e RON NIXON, no
New York Times
Published: October 7, 2009WASHINGTON —Primeiro, deponha um presidente. Depois, contrate um lobista.

Nos meses desde que soldados depuseram o presidente de Honduras, Manuel Zelaya, o governo de fato e seus apoiadores resistiram a pedidos dos Estados Unidos para que o presidente deposto fosse restaurado ao poder. Argumentando que o esquerdista Zelaya representava uma ameaça a sua frágil democracia ao tentar estender ilegalmente seu mandato, eles argumentaram em Washington usando uma tática costumeira: uma campanha de lobby de alto nível.
A campanha teve o efeito de forçar o governo Obama a mandar sinais ambiguos sobre sua posição ao governo de fato, que os lê como sinais de encorajamento. Também teve o efeito de adiar duas indicações-chave do Departamento de Estado para a região.
Custando pelo menos 400 mil dólares até agora, de acordo com registros oficiais, a campanha envolve escritórios de advocacia e agências de relações públicas com ligações próximas à secretaria de Estado Hillary Rodham Clinton e ao senador John McCain, a voz mais importante dos republicanos em política externa.Também obteve apoio de vários ex-integrantes de alto escalão responsáveis por definir a política externa dos Estados Unidos na América Central nos anos 80 e 90, quando a região lutava para se livrar das ditaduras militares e das insurgências guerrilheiras que definiram a guerra fria. Duas décadas depois, essas ex-autoridades -- incluindo Otto Reich, Roger Noriega e Daniel W. Fisk -- encaram Honduras como o principal campo de batalha em sua luta contra Cuba e Venezuela, que eles caracterizam como ameaças à estabilidade da região em linguagem similar a que foi usada no passado para descrever a União Soviética.
"A atual batalha por controle político de Honduras não é apenas sobre uma pequena nação", o sr. Reich testemunhou em julho no Congresso. "O que acontece em Honduras poderá um dia parecer como o ápice das tentativas de Hugo Chávez de subverter a democracia no hemisfério ou como o sinal verde para a expansão do autoritarismo chavista", ele afirmou, se referindo ao presidente venezuelano.O sr. Noriega, co-autor do Ato Helms-Burton, que apertou o embargo dos Estados Unidos contra Cuba e que serviu recentemente como lobista de um grupo empresarial de Honduras, se negou a comentar este artigo.
O sr. Reich, que serviu em postos-chave para a América Latina sob os presidentes Ronald Reagan e George W. Bush, disse que não atuou oficialmente como lobista para nenhum grupo hondurenho. Mas ele disse ter usado suas conexões para promover a agenda do governo de fato, liderado por Roberto Micheletti, por acreditar que o governo Obama tinha cometido um erro.
E o sr. Fisk, cuja carreira política incluiu passagens pelo Conselho de Segurança Nacional e como subsecretário-assistente de Estado para o Hemisfério Ocidental no governo Bush, promovia as ideias do governo Micheletti até duas semanas atrás como assessor do senador aposentado da Flórida, Mel Martinez.Além do apoio dos veteranos da guerra fria -- e parcialmente por causa deles -- o governo de fato de Honduras mobilizou apoio de um grupo determinado de legisladores republicanos, liderados pelos senador Jim DeMint, da Carolina do Sul. Eles estão segurando a indicação de dois integrantes do Departamento de Estado como forma de pressionar o governo Obama a suspender as sanções econômicas contra Honduras.
"Erramos aqui", disse o sr. DeMint em uma entrevista à Fox News depois de voltar de uma viagem a Honduras na sexta-feira. Em referência ao governo de fato, ele disse, "esse é provavelmente nosso melhor amigo no hemisfério, o país mais pró-americano, mas estamos tentando estrangulá-lo".
Chris Sabatini, editor do Americas Quarterly, um jornal de política que focaliza a América Latina, disse que os lobistas confundiram a posição de Washington sobre o golpe. O governo disse publicamente que vê o golpe de Honduras como um acontecimento perigoso em uma região que não faz muito tempo era praguejada por golpes, ele diz.
Mas, acrescentou, para aplacar seus oponentes no Congresso, e ter as nomeações aprovadas, o Departamento de Estado às vezes enviou mensagens por canais secretos a legisladores expressando apoio a Zelaya de forma menos clara.
"Houve um vácuo de liderança no governo sobre Honduras e essas pessoas preencheram o vácuo", Sabatini disse dos apoiadores do governo Micheletti. "Eles não tem muito apoio, mas o suficiente para manter o governo refém".Depois do golpe de 28 de junho, o presidente Obama se juntou a líderes regionais para condenar a ação e pedir a volta do presidente Zelaya ao poder, mesmo sendo o presidente hondurenho um aliado do sr. Chávez, o maior adversário dos Estados Unidos na região.Mas assessores parlamentares disseram que menos de dez dias depois do golpe contra Zelaya, os srs. Noriega e Lanny J. Davis, um homem de confiança de Hillary Clinton e lobista do empresariado de Honduras, organizaram uma reunião de apoiadores do governo de fato com integrantes do Senado.
Mr. Fisk, que participou do encontro, disse que ficou espantado com o comparecimento. "Nunca vi oito senadores na mesma sala para falar sobre a América Latina em toda a minha vida", ele afirmou.Quando o presidente Obama impôs sanções cada vez mais duras contra Honduras, o lobby se intensificou. O Grupo Cormac, liderado por um ex-assessor do senador McCain, John Timmons, aderiu ao lobby, de acordo com registros oficiais, assim como a firma de relações públicas Chlopak, Leonard, Schechter & Associates.
De sua parte, o sr. Reich comunicou seus pensamentos a integrantes do Congresso por e-mail. "Deveríamos comemorar", ele escreveu para um integrante do Comitê de Relações Exteriores do Senado, "que um dos aliados do proclamado socialismo do século 21 de Chávez foi legalmente deposto por seus conterrâneos".
Como normalmente acontece nos esforços de lobistas, algumas das mensagens foram mandadas sem remetente. Em escritórios do Senado nas últimas semanas, por exemplo, havia uma lista de "argumentos" preparada para solapar a indicação do secretário-assistente de Estado Thomas A. Shannon como embaixador no Brasil. Dois assessores, que pediram anonimato para falar sobre questões relativas ao golpe, disseram que o sr. Fisk escreveu o documento.
O sr. Fisk negou. Ele também desmentiu a noção de que está operando pelas regras antigas. "Pode ter gente lutando ainda nos anos 80", ele disse. "Eu não estou".

Flávio Luiz Sartori - flavioluiz.sartori@gmail.com


quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O PIG (ORGANIZAÇÕES GLOBO) CONTRA ATACA

Para Organizações Globo vídeo de apresentação é que foi determinante na escolha do Rio de Janeiro como cidade sede da Olimpíada de 2016 e Ciro será apenas um "lingua de aluguel" de Lula em São Paulo.

Depois de engolir a seco a escolha do Rio de Janeiro para cidade sede da Olimpíada de 2016, com a importante participação do Presidente Lula, o PIG* (Partido da Imprensa Golpista) via Organizações Globo, seu principal membro, iniciou um verdadeiro contra ataque, os fatos que demonstram ação estão listados a seguir:

Primeiro fato, ontem, dia 6 à noite, a maioria da imprensa brasileira divulgou que o Presidente Lula participou da cúpula Cúpula União Europeia-Brasil na Suécia, a Band e o SBT divulgaram, inclusive com espaço considerável o evento. No Jornal da Globo simplesmente o fato não foi noticiado.
O Jornal da Globo preferiu noticiar com destaque somente fatos críticos ao Governo Lula; o caso do roubo das provas do ENEM, com destaque para depoimento de estudantes que se consideraram prejudicados e também com o fato de Unicamp anunciar que não irá levar em consideração em seu vestibular as provas do ENEM.
Porém, o fato mais importante foi a reportagem sobre o vídeo de apresentação da candidatura do Rio de Janeiro, que segundo o Jornal da Globo foi “consenso entre todo mundo que participou da cerimônia de escolha da sede olímpica na Dinamarca que os vídeos que mostravam as belezas do Rio foram uma arma fundamental na vitória da cidade”, ou seja, o Rio foi escolhido pelo vídeo, não pela articulação do governo brasileiro com discurso do Presidente Lula na apresentação do Rio, que pelo Jornal da Globo não valeu nada.
Para encerrar, o Jornal da Globo deu destaque para David Letterman, um dos principais apresentadores da TV nos EUA que assumiu publicamente o fato de que traiu sua esposa para não ser chantageado. A reportagem teve inclusive direito a comentário do impagável Arnaldo Jabor que elegeu Letterman “Ricardão” americano, mas o pior ficou para depois da fala de Jabor quando os apresentadores do Jornal da Globo, Cristiano Pelajo e Willian Waack foram flagrados em uma atitude anti profissional sorrindo e caçoando depois do comentário de Jabor, como se tivessem ouvido a melhor piada do mundo.

Segundo fato, enquanto Ciro Gomes não tinha transferido seu domicílio eleitoral para São Paulo e era um presidenciável forte que poderia dividir o bloco governista, Ciro teve seu momento de herói do PIG (com direito a cabos eleitorais da estatura de Boris Casoy, Fernando Mitre e Ricardo Noblat). Depois que transferiu o domicílio eleitoral voltou a sua condição de eterno infame do PIG. Para confirmar basta dar uma olhada no blog noblat.com.br onde Ciro já é tratado como língua de aluguel de Lula contra Serra em São Paulo. Aliás, a Globo sempre pode contar também com o fogo amigo de petistas eternamente candidatos a lista de traíras, que já tem o Cristóvão e a Marina, como por exemplo, a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy, dona de palanque cativo nas Organizações Globo.

Por enquanto vamos ficar somente nesses dois fatos, mas podem ter certeza que o arsenal do PIG é infinito, articulistas e traíras para municiar ele o tempo todo não faltarão. No momento estamos um pouco mais fortes com a ajuda da internet em relação a um passado não muito distante, quando nem existíamos. Porém, precisamos ser mais ousados, continuo firme na minha proposta de que é fundamental uma articulação nossa para bater de frente contra a influêcia do poder econômico comprometido, com quem governou o Brasil até 2002, na mídia brasileira.

* O PIG no futuro deverá entrar para os dicionários de português como importante denominação do nosso vocabulário.

Flávio Luiz Sartori –
flavioluiz.sartori@gmail.com

terça-feira, 6 de outubro de 2009

A POSSÍVEL CANDIDATURA DE CIRO GOMES AO GOVERNO DE SÃO PAULO É FUNDAMENTAL PARA A ESTRATÉGIA DO PRESIDENTE LULA

A possibilidade da candidatura do Deputado Federal Ciro Gomes ao Governo de São Paulo em 2010 é, na minha opinião, uma idéia brilhante, se for realmente do Presinte Lula é mais um motivo para o PT levar a sério.
Um dos principais problemas de uma candidatura de esquerda, que transite no campo da real social democracia e do trabalhismo em São Paulo é exatamente o conservadorismo que impera tanto nos grotões interioranos do estado quanto nos grandes centros urbanos.
Fatos históricos, como por exemplo, a ascensão de políticos como Jânio Quadros e Ademar de Barros, além da hegemonia política dp PSDB e do DEM (este na cidade de São Paulo) nos ultimos vinte anos, não acontecem por acaso. O perfil do eleitor paulista favorece esta situação.

Um candidato a governador de São Paulo para ter condições de disputar com reais chances de vitória precisa ter condições de penetrar nos grotões do conservadorismo no estado e quebrar a hegemonia ideológica atual de tucanos e demos, que conta com apoio da mídia paulista em peso.
Uma candidatura petista, mesmo sendo Marta Suplicy, que teoricamente teria melhores condições de disputar o voto conservador, poderia até chegar num segundo turno mas na hora da decisão não conseguiria a maioria necessária e isso ja foi comprovado na prática.

Ciro Gomes transita nesse conservadorismo naturalmente e também aglutina à esquerda, como candidato do PSB tendo um vice do PT aglutinaria lideranças que torcem o nariz para o PT, principalmente no interior de São Paulo.
Essa estória de que a eleição de uma bancada de deputados federais e estaduais do PT seria prejudicada não pode ser levada em conta nem ser usada como motivo para barrar uma coligação desse porte me São Paulo, mesmo que isso seja verdade só pelo que pode representar a eleição de um governador trabalhista em São Paulo, como afirmou Paulo Henrique Amorim, ja valeria a pena tentar. Mas também temos que levar em conta que o PT, em uma coligação como esta seria a principal sustentação dela e que a estratégia da eleição para deputados federais e estaduais poderia ser readaquada.
De todas as formas, o principal cabo eleitoral, tanto do PT quanto dos partidos governistas e até mesmo do Ciro Gomes e da Dilma Roussef será Presidente Lula, se os candidatos do PT a cargos loegislativos em São Paulo não conseguirem capitalizar em cima disso será por falta de competência deles e não porque candidato ao Governo de São Paulo será o Ciro Gomes.

Até Ciro Gomes transferir de fato seu título para o Estado de São Paulo a possibilidade de sua candidatura ao Governo de São Paulo ainda era uma hipótese muito pequena. Agora é real, assusta tanto tucanos e demos quanto petistas acomadados, como por exemplo a própria Marta. Quando Marta e outros petistas criticam a possibilidade de coligação com Ciro na cabeça esquecem que o Presidente Lula se optar por essa estratégia sérá porque entende que quando deixar a Presidencia da República terá que deixar o Brasil com todas as condições básicas e objetivas de seguir em frente com outras lideranças comprometidas com todas conquistas obtidas até agora. Diante dessa possivel nova situação enfraquecer tucanos e demos em São Paulo, que é atualmente o principal ponto de sustentação deles, talvez seja uma obrigação historica que exige uma coligação de forças políticas e o PT de Sao Paulo precisa ter a capacidade de entender essa situação para dar sua contribuição histórica. Não é Marta Suplicy?

domingo, 4 de outubro de 2009

ANALISES ENGANADORAS TAMBÉM FAZEM PARTE DA ESTRATÉGIA NO PERÍODO QUE ANTECEDE A DISPUTA PRESIDENCIAL DE 2010

Até Fernando Mitre, editor chefe de jornalismo da Band apareceu para reafirmar que a estratégia do Presidente Lula de ter um candidato único à Presidência da República da base política de sustentação do governo contra a possível candidatura do atual Governador de São Paulo, em uma eleição presidencial plebiscitária, fracassou. Comportamentos como estes explicam o porque das últimas pesquisas do Sensus e do IBOPE.
Mas será que nessa altura do campeonato já é possível afirmar que teremos um quadro de disputa no ano que vem com cinco candidaturas a Presidência da República, com médias de 8% a 35% de intenções de votos em todas pesquisas e que, por isso mesmo, a polarização entre dois candidatos a presidência como pretenderia o Presidente Lula não ira acontecer?

Aqui no Brasil ainda vivemos a realidade de que quando veículos de mídia ou de influência na mesma, como por exemplo, os mais badalados; jornais escritos, redes de televisão, sites revistas e institutos de pesquisa decidem em conjunto defender uma tese costumam fazer um bloco, todos praticamente emitindo a mesma opinião ao mesmo tempo. Assim tem acontecido desde de a divulgação das ultimas pesquisas com as analises, principalmente na Band do Boris Casoy e do Fernando Mitre.
No entanto, permito-me discordar deles e fazer a leitura oposta.

Inicialmente é fundamental prestar a atenção em um detalhe sem muito destaque na imprensa, principalmente no PIG (adotei o termo criado por Paulo Henrique Amorim e os internautas do seu site porque querer usar outra denominação é tentar inventar a roda de novo) sobre a transferência do domicilio eleitoral do Deputado Federal Ciro Gomes do Estado do Ceará para o Estado de São Paulo. Desde o início afirmei que Ciro Gomes é leal ao Presidente Lula e o ato de transferência do titulo eleitoral foi uma prova inconteste dessa lealdade.

Restam então as duas outras pré-candidaturas, da ex-senadora Heloisa Helena pelo PSOL e da atual Senadora Marina Silva pelo PV.

O PSOL é um racha do PT à esquerda, portanto pode ser crítico, mas sempre será na perspectiva de um PT posicionado à direita com posições tímidas em relação a um projeto socialista com reformas que precisariam ser aprofundadas. Se o PSOL surgiu para ser uma opção à esquerda obviamente que esta mais distante da oposição política do PSDB e DEM do que do próprio PT. Em todas pesquisas a analise dos votos do eleitorado do PSOL, em um segundo turno sempre caminha, inclusive ideologicamente, em sua maioria para o PT.

A ida da senadora Marina Silva do PT para o PV, badalada pela mídia como a grande novidade para a eleição presidencial do ano que vem pode ser na realidade um grande erro da Senadora, que se tivesse permanecido no PT com o prestígio que tinha lá como militante dirigente com postura ética poderia influenciar muito mais internamente do que de fora poderá tentar como referencia de um possível racha no PT.
A pergunta que fica no ar é de onde analistas tiram a idéia de que Marina Silva poderá tirar votos de Dilma Roussef.
Dilma é candidata do PT e seu cabo eleitoral é o Presidente Lula que, caso pudesse disputar um terceiro mandato, praticamente estaria eleito.
Para disputar a eleição presidencial Marina tem sua duas alternativas; Se quiser não ser oposição direta e disputar os votos do bloco ideológico do governo sua campanha será diluída pela campanha de Dilma, isso acontecerá durante a campanha eleitoral de fato, principalmente na TV, afinal se ela não é contra o governo porque então saiu candidata. Se for para a oposição deverá disputar votos no campo ideológico do PSDB e do DEM, terá que bater de frente com o governo. Nesse caso sua figura política se diluirá em meio a polarização.
Para Marina, se não romper com sua origem governista o “bicho come”, se correr para a oposição o “bicho pega”, se ficar em cima do muro entre essas duas alternativas não ganha votos. A melhor saída é não se candidatar à presidência e continuar no Senado.

Quem viver verá e isso só poderá ser constatado na reta final da campanha presidencial. Até lá a maioria da mídia e do PIG irão fantasiar a vontade.

Flávio Luiz Sartori – flavioluiz.sartori@gmail.com

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

FIM DE SEMANA E O MOMENTO É DE "CURTIÇÃO" VII - RIO DE JANEIRO É A SEDE DA ALIMPIADA DE 2016

E como o Rio de Janeiro é o Brasil e o Mundo a partir de hoje até 2016 então vamos homenagear a cidade maravilhosa com um clipe sobre a beleza do Rio de Janeiro com a bela voz de Barry White Song e.... Rio de Janeiro.