terça-feira, 6 de julho de 2010

DATAFOLHA, IBOPE E A GLOBO NÃO DESISTEM E CONTINUAM DESRESPEITANDO A INTELIGÊNCIA DO ELEITOR BRASILEIRO APOSTANDO EM SUA PRETENSA MEMÓRIA CURTA

Pesquisas realizadas em espaço de tempo muito curto por uma mesma empresa podem ser manipuladas com maior facilidade.

O DataFolha e o IBOPE continuam arriscando suas credibilidades perante a opinião pública brasileira para ajudar José Serra, mudam o resultado de suas pesquisas sem uma explicação convincente, ao mesmo tempo em que nós, os profissionais de pesquisa corremos o risco de termos nossa classe profissional desacreditada porque as pesquisas eleitorais conflitantes, do DataFolha e do IBOPE ganham um espaço na mídia, principalmente no PIG, mesmo que tenham resultados diferentes que são cada vez mais facilmente identificados pelos eleitores.

Já expliquei aqui como o DataFolha e o IBOPE manipulam pesquisas e só verificar nos textos publicados do blog http://flavioluizsartori.blogspot.com/2009/09/relatorio-da-pesquisa-cniibope-do_25.html e no http://flavioluizsartori.blogspot.com/2009/09/jornalista-paulo-henrique-amorim-abre.html, através de entrevistas com pessoas com rendas familiares e escolaridades no nível de curso superior em números maiores dos que os das cotas de eleitores que pertencem as estes segmentos divulgados pelo TSE.
Porém se quiserem, tanto DataFolha quanto IBOPE podem lançar mão de outras formas para fabricar resultados em pesquisas de opinião e uma delas poderia ser, repito, poderia ser, a que explico na seqüência.

Exatamente seis dias antes desta última pesquisa divulgada no último final de semana, o IBOPE divulgou uma pesquisa exatamente igual ao da última pesquisa do Vox Populi, com Dilma com cinco pontos na frente de Serra. Nesta última pesquisa o mesmo IBOPE divulgou resultado com Serra empatado tecnicamente com Dilma, como que se Serra em um espaço de tempo muito curto tivesse se recuperado como que em um passe de mágica.

Então, prestem bem a atenção em como uma manipulação de números poderia ser feita com facilidade em um caso como das duas pesquisas do IBOPE.

Há aproximadamente uma semana o IBOPE divulgou uma pesquisa com resultado de uma amostragem de entrevistas com respostas estimuladas com Dilma Roussef na frente, aliás, como já escrevemos aqui. Esta pesquisa teve um trabalho de entrevistas realizadas que foi feito por municípios, estados e regiões de acordo com o relatório do próprio IBOPE. Os “técnicos” do IBOPE, que não são muitas pessoas (eu mesmo posso criar sozinho, com ajuda do Excel um arquivo que permite a tabulação de uma pesquisa e a transformação dos seus resultados estatísticos em um relatório em no máximo 48 horas) já sabiam pelos números da primeira pesquisa as cidades e regiões onde Serra teve resultados melhores que Dilma na pesquisa da semana pasada, portanto poderiam muito bem planejar o trabalho de campo da pesquisa divulgada no último sábado, que foi feita posteriormente, com um maior número de entrevistados nos municípios onde Serra teve melhores resultados na pesquisa anterior e desta forma quando foi feita a tabulação desta última pesquisa do IBOPE divulgada no último sábado pela TV Globo, os números das entrevistas onde os eleitores da amostragem responderam de forma estimulada que pretendem votar Serra obviamente que seriam mais altos e Serra “subiria” na intenção de votos estimulados, como de fato aconteceu e o próprio IBOPE poderia até se justificar dizendo que tem que mudar as cotas de pessoas entrevistadas, principalmente nos municípios, de uma pesquisa para a outra.
Conclusão, a manipulação poderia ser feita sem ser percebida pela imensa maioria dos eleitores, que obviamente não tem conhecimento em detalhes de como é feita uma pesquisa de opinião.

Como o amigo leitor internalta pôde constatar, os números de uma amostragem de uma pesquisa podem servir de parâmetro para que uma amostragem de uma pesquisa similar realizada posteriormente possa ser facilmente manipulada e modificada.

Quando o IBOPE divulga o resultado de uma pesquisa com uma tendência e depois modifica esta tendência em poucos dias demonstra que não tem nenhum respeito pela opinião pública das pessoas que são o principal motivo da existência do próprio IBOPE como empresa de pesquisa exatamente porque se não forem feitas as entrevistas não existe pesquisa nenhuma e uma pesquisa deve ser feita para refletir a verdade, principalmente por um IBOPE que tem a história que tem no Brasil.

O DataFolha e o IBOPE abusam da sorte quando contam com a pretensa memória curta do cidadão brasileiro.

Flavio Luiz Sartori - flavioluiz.sartori@gmail.com

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