quarta-feira, 9 de setembro de 2009

ANÁLISE DA PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA NACIONAL PARA A CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO TRANSPOSRTE (CNT) FEITA PELA SENSUS PESQUISA E CONSULTORIA - PARTE II

Depois que postei o ultimo texto ontem com a analise dos números da pesquisa de Opinião Pública Nacional CNT/Sensus divulgados ontem continuei a leitura da pesquisa com mais calma sobre os resultados da pesquisa e isso me permitiu um olhar crítico sobre os números, bem diferente da mídia contrária ao Presidente Lula.

Apesar da crítica ao método usado na pesquisa para planejar a amostragem, a leitura de alguns números demonstrou uma realidade bem diferente.

Os números em questão e a análise dos mesmos:

De acordo com números da série de pesquisas, iniciada em Fevereiro de 2005, em Setembro de 2009, o Governo Lula tem 65,4% de Ótimo e Bom, em Setembro de 2005, portanto faltando o mesmo um ano que falta hoje para a eleição presidencial, o Governo Lula tinha 38,5% de Ótimo e Bom, em Agosto de 2006, faltando praticamente um mês para eleição, o Ótimo e Bom de Lula era 43,6% e o Presidente foi reeleito e quase ganhou no Primeiro Turno.

Na pesquisa Sensus a aprovação do Governo Lula teria caído 4,7 pontos, de 81,5% para 76,8% de Maio para Setembro, se a margem de erro da pesquisa é de 3 pontos então a queda pode ser de só 1,7%.

Para 36,5% dos pesquisados pelo Sensus a situação em relação ao emprego melhorou, outros 27,8% consideraram que ficou igual e 33,3% afirmaram que piorou, isso levando em consideração o efeito da crise que ainda não acabou. A renda mensal, de acordo com a pesquisa, melhorou para 28,2% e ficou igual para 46,7%, diminuindo só para 24%. Mas a perspectiva de que a situação do emprego vai melhorar é de 59,6% e a de que a renda vai aumentar é de 56,6%, em números da pesquisa.

Só no item saúde, historicamente em crise, mas com participação de estados e municípios a avaliação é ruim com 49,4% dos entrevistados respondendo que a situação piorou. Por outro lado 53,8% acreditam que a saúde vai melhorar.

Quando a pesquisa Sensus abordou a sucessão presidencial, em um primeiro momento na escolha espontânea, Lula mesmo sem ser candidato teria hoje 21,2%, seguido de Serra com 7,7% dos votos e Dilma Roussef com 4,8% dos votos, se somarmos os 21,2% que certamente votarão em quem Lula pedir com os 4,8% de Dilma teremos uma intenção de votos de 26% de votos que praticamente coloca qualquer candidato em um segundo turno. Mesmo Aécio Neves com 3,1% e Ciro Gomes com 1% de votos espontâneos, que estão a muito mais tempo na disputa, Ciro inclusive até já disputou uma eleição presidência, tem números muito pequenos para eles, os outros nem pensar. Isto analisando os números espontâneos que representam uma força real consolidada.

Quanto aos números estimulados, esses são parte de uma outra situação, porque ela parte do principio do hipotético, por exemplo, os 39% a 40% do Serra só existem porque ele já é um nome consolidado que já disputou um segundo turno em 2002. As pessoas escolhem o candidato em uma ficha indicativa redonda com os nomes divididos em espaços como se fosse uma pizza. A escolha parte do pré suposto de a eleição ser realizada no dia da entrevista. Ora, para uma eleição acontecer tem todo um período que inclui inclusive uma campanha eleitoral até o eleitor tomar sua decisão poucos dias ou horas antes do dia da eleição.
Nesse tipo de pesquisa os nomes são escolhidos em função de serem ou não conhecidos, de estarem ou não no imaginário do eleitor no momento de escolher na pizza.
Por isso mesmo é que a mídia, em função de suas pretensões, pode criar todo um clima de informação e contra informação com o objetivo de ajudar ou prejudicar determinado candidato.

A pesquisa Sensus também é parte do jogo de pressão que precede a disputa, ela é feita por encomenda de um importante setor da economia do Brasil o dos Transportes que obviamente tem seus interesses e um desses interesses talvez seja o de que não sejam criados novos impostos como o novo CPMF que o governo esta pensando em ressuscitar.

Flávio Luiz Sartori – flavioluiz.sartori@gmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário