segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A PERDA DE INFLUÊNCIA DA MÍDIA CONSERVADORA (O PIG) É UM FATO CONCRETO E IRREVERSÍVEL NO BRASIL DA ERA LULA, SÓ FALTA SÃO PAULO.


Ao ler o artigo de Marcos Coimbra no site Conversa Afiada do Paulo Henrique Amorim esta manhã (http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=26830 ) apenas confirmei um fato que tinha constatado como verdadeiro desde o final do ano passado: Salvo poucas exceções, existe um novo clima de expectativas em relação ao futuro do Brasil na era Lula que representa uma nova realidade em relação a forma de como a maioria da opinião pública brasileira se comporta em relação a fatos que pareciam ser tabus até a eleição de 2002.

Estive no Rio de Janeiro a semana passada, sair de Campinas, uma cidade que apesar de progressista, ainda mantém forte enraizamento conservador foi muito interessante, principalmente porque aqui em São Paulo, de uma forma geral ainda persiste a influência do PIG em considerável parcela da opinião pública. Maior exemplo disso esta em um fato corriqueiro que podemos observar no dia a dia; aqui em Campinas, quando você entra em um comércio, um bar ou um simples salão de beleza, que tenha uma televisão ligada, na maioria dos casos esta TV esta sintonizada na Globo, não que as pessoas adorem a Globo, é que a única emissora local com informes periódicos diários é a EPTV, retransmissora da Globo. As pessoas querem se informar e por enquanto a Globo praticamente é a única, portanto tem o monopólio.
No Rio, caminhando pelas ruas de Copacabana pude observar nos bares e salões de beleza que as televisões não estavam sintonizadas na Globo, a maioria estava na Record, algumas na Band. Perguntei aos responsáveis pelos estabelecimentos o porque de eles não estarem sintonizados na Globo e a resposta mais comum foi qual? A de que a Record e a Band noticiavam a verdade sem o artificialismo da Globo.

Seguindo na linha de Marcos Coimbra, quando ele aborda a perplexidade da oposição diante do fato de que o Presidente Lula tem todas as condições de pedir a maioria do eleitorado brasileiro que continuem acreditando em seu governo e nesse sentido, votem na Ministra Dilma Roussef, a constatação é a de que a tendência da maioria da opinião pública é de ser cada vez mais crítica em relação a tudo que representa o Brasil de antes de 2002. A reação dos cariocas ao monopólio da Globo é um dos principais sintomas deste fato.

Minha esperança é no sentido de que a consolidação do favoritismo da candidatura da Ministra Dilma Roussef seja cada vez mais um fato concreto irreversível que tenha como conseqüência o fortalecimento de uma candidatura de oposição com capacidade de penetração nos grotões conservadores aqui no Estado de São Paulo, com possibilidade de disputar o Governo de São Paulo com chances de vitória. Só assim um setor da elite paulista, historicamente favorecido por governos conservadores, que usa o poder financeiro para controlar a mídia e influir na opinião pública poderia ter sua ação nociva para a democracia enfraquecida, abrindo espaços para uma realidade pluralista com diversidade de opinião na mídia.

Flávio Luiz Sartori - flavioluiz.sartori@gmail.com



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