Mesmo quando o tema é o entretenimento e o assunto é moda, como por exemplo, o quadro Menina Fantástica, do Fantástico, exibido ontem à noite na Globo, os produtores e diretores deixam escapar seus reais sentimentos em relação a suas preferências no concurso.
Maior exemplo de como aflora a verdadeira identidade de algumas pessoas que produzem e dirigem na televisão brasileira, em determinadas situações, está no fato de como o quadro Menina Fantástica foi editado para ser exibido ontem.
Logo de cara na apresentação das meninas, justamente quando aparece um depoimento da única candidata de origem afro no concurso, a frase dita pela garota é a seguinte: “Eu não penso em dinheiro, penso em conseguir mesmo “montar” nas passarelas, em todos Hot Dogs...”, e o pior veio na seqüência quando a edição do quadro fez questão de esclarecer que a candidata tinha confundido Outdoor com hot dog.
Mas não foi só isso, durante a apresentação do quadro com as imagens das garotas sendo exibidas de forma intercalada, a imagem da garota negra foi a menos mostrada.
Não estou dizendo que a direção do quadro agiu de forma preconceituosa ou racista, apenas estou constatando o que assisti no quadro do Fantástico, alem disso, será que não teria sido possível gravar outra vez a fala da garota e eliminar a gafe dela?
Porque a gafe foi mostrada?
O que o telespectador ganhou ao assistir a gafe?
Não adianta “tampar o sol com a peneira”, a garota foi humilhada.
Confiram e tirem suas conclusões, se acharem que exagerei, por favor me critiquem:
http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1380050-15605,00.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário