terça-feira, 28 de julho de 2009

BRASIL: DIANTE DE UMA CONJUNTURA AINDA INDEFINIDA SÓ AS PESQUISAS PODERÃO SER A REFERENCIA

Na semana que passou, de 19 a 25 de Julho, o IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, divulgou o índice de desemprego nacional do mês de junho, ficou em 8,1%. Em relação a Maio com 8,8% agora em 2009, caiu 0,7%, de 6,8% em Dezembro de 2008 chegou a 9% em março, em Junho registrou uma queda que se não é significativa, pelo menos esboça uma seqüência de viés para baixo.
O histórico da economia brasileira nos últimos seis meses se refletiu na mesma proporção na popularidade do presidente Lula, o que significa dizer em seu governo como um todo. Em Março de 2009 sua avaliação de Ótimo e Bom tinha caído de 73% em Dezembro de 2008 para 64% e em Maio voltou a subir para 68%, em pesquisas do IBOPE.
O termômetro da popularidade do governo é reflexo de como anda e como ficará o bolso da maioria dos eleitores brasileiros, diante desse quadro fica difícil imaginar que algum milagre surgido da cabeça de um marketeiro como que se fosse um coelho da cartola de um mágico possa tirar do presidente Lula a autoridade de influir decisivamente na eleição de seu sucessor.
Na atual conjuntura, mesmo com a perspectiva não favorável, a oposição decididamente não irá desistir de cumprir seu papel de disputar e para que essa disputa não se torne um jogo monótono, caso a economia brasileira não se deteriore, a única saída será criar um clima de comoção emotiva baseado em ondas de denuncias.
A crise do Senado e a CPI da Petrobrás certamente já são parte dessa estratégia da oposição. A escolha da figura do presidente do Senado José Sarney como bola da vez não é por mero acaso, Sarney foi um dos presidentes mais populares do Brasil quando lançou o Plano Cruzado em 1986 para vencer a eleição daquele ano, foi do céu ao inferno em 1989 e deixou o poder como um dos presidentes mais impopulares do Brasil. Que se saiba sua popularidade, exceto no Amapá, nunca mais foi recuperada. Quando ataca Sarney, sem entrar no mérito de ele ter cometido o ilícito, a oposição quer obrigar Lula a sair em sua defesa, quer associar a figura de um presidente popular a figura de um ex-presidente impopular, assim que a crise do Senado arrefecer, com a saída de Sarney ou não, a oposição pretende desgastar o governo na CPI da Petrobrás.
A pergunta que fica no ar é seguinte: Será que todo esse debate baseado em denúncias, que faz parte do jogo político em qualquer democracia, irá conseguir provocar em significativa parcela da opinião pública um questionamento capaz de equilibrar a disputa caso a situação econômica do Brasil continue estável?
Sem a analise isenta dos números das próximas pesquisas de opinião sobre a avaliação do governo e também da intenção de votos dos principais candidatos a presidência do campo governista e da oposição, só mesmo com a ajuda de adivinhos será possível fazer alguma previsão sobre o futuro político do Brasil.
O que podemos afirmar é que mesmo que as pesquisas de opinião do atual momento coloquem o candidato da oposição José Serra na dianteira, por outro lado, tendo como premissa a perspectiva de melhora da situação econômica com o enfraquecimento da crise, as condições básicas e objetivas conjunturais favorecem o governo.
Mesmo assim nunca se pode esquecer que a realidade esta sempre mudando, esta sempre em movimento e as pesquisas traduzem isso fielmente.

Um comentário:

  1. parabéns pelo blog. gostei do foco e do estilo do texto. vida longa.
    josias favacho

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