segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

ENTREVISTA DA EMPRESÁRIA LUÍZA TRAJANO DO MAGAZINE LUÍZA NO PROGRAMA MANHATTAN CONNECTION DA GLOBO NEWS FOI UMA ESTUPENDA AULA DE ANTI JORNALISMO, COMO MUITO BEM DEFINIU O JORNALISTA PAULO NOGUEIRA. EXCETO PELA EDUCAÇÃO E CONHECIMENTO DO TEMA DEMONSTRADO PELA ENTREVISTADA QUE, ALIÁS, "DEU UM BANHO NOS ENTREVISTADORES".


A empresária Luiza Trajano, mesmo diante da deselegância
e falta de educação de seus entrevistadores, manteve
a calma e a educação literalmente "tirou eles de letra".

Na última sexta feira alertei no final do texto AO ATACAR KASSAB O PARTIDO DA IMPRENSA GOLPISTA APENAS “PASSOU RECIBO” DE SUA PRÓPRIA FRAGILIDADE COMO FORMADOR DE OPINIÃO, ASSIM COMO TAMBÉM DO SEGMENTO POLÍTICO QUE APOIA, OU SEJA, O PSDB DE SÃO PAULO E ALIADOS, repercutido e muito bem repaginado no Viomundo por Luiz Carlos Azenha no link http://www.viomundo.com.br/denuncias/sartori-denuncia-contra-candidato-kassab-mostra-psdb-fragil.html, que o importante setor do empresariado brasileiro, do comercio e logistas deveriam tomar cuidado com o domínio de uma ditadura ditadura midiática de umas poucas empresas aliadas historicamente sempre a mesmos partidos políticos exatamente porque isso não combina com a democracia plena, principalmente porque a qualquer momento pode se tornar um instrumento de injustiça a serviço de um setor da classe política que não aceitando a perda de espaço e poder, pode sim lançar mão de um jornalismo irracional, principalmente através de seus de seus aliados na mídia.

Não demorou muito e eis que no último domingo no Programa Manhattan Connection da Globo News pudemos presenciar a tentativa de manipulação de dados da economia brasileira referentes ao comércio varejista na entrevista da empresária Luiza Trajano, dona da terceira maior rede de varejo do Brasil, a Magazine Luiza, que na contramão de seus entrevistadores destacou os índices bastante positivos para o setor. A empresária foi mais longe ainda ao salientar que esta foi a "década do varejo" e que 2013 registrou o menor índice de inadimplência já visto, com um crescimento anual de 5,9% e consequente geração de empregos no segmento do comércio.

O jornalista Paulo Nogueira, fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo, que também foi ex diretor da revista Exame e da Editora Globo, definiu muito bem o que aconteceu no Manhattan Connection:


O tema discutido é o varejo brasileiro. Uma “crise” assola o varejo, segundo o programa. Diogo Mainardi tem dados apavorantes, que ele transmite com a euforia dos que torcem sempre pelo naufrágio. A inadimplência subiu pelo segundo ano consecutivo, segundo ele. O horror está aí. Ele quer saber quando Luiza vai vender sua rede para a Amazon.

Calmamente, ela corrige Mainardi. A inadimplência caiu no varejo. As vendas cresceram mais de 5% em 2013. São “estatísticas” que ela se prontifica a passar para Mainardi. Ele, claro, recusa. “Me poupe”, diz.


Este é o jornalismo de Mainardi. Desprezo pelos fatos, pelas estatísticas e um formidável blablablá catastrofista. O catastrofismo, de resto, está grudado no jornalismo econômico brasileiro.


Má notícia é boa notícia, esta a lógica. As coisas se complicam quando você, como Mainardi, torce os fatos para chegar à má notícia. Num mundo jornalístico menos imperfeito, Mainardi seria severamente repreendido.


Mas alguém imagina isso acontecendo?


Pessoas como Mainardi têm passe livre para dizer as bobagens que quiserem, desde que batam no PT. Outro caso notável, aí, é o do ‘historiador’ Marco Antônio Villa. Apesar de sistematicamente cometer erros grosseiros de avaliação, Villa é um personagem ubíquo na mídia brasileira. Ele só será cobrado se um dia elogiar Lula ou Dilma.


No Manhattan Connection, os amigos ajudam Mainardi, como você pode perceber no vídeo. Ficamos sabendo pelo apresentador Lucas Mendes que quem decretara a crise no varejo brasileiro, uma semana antes, fora Caio Blinder, apoiado sabe-se lá em quê. Blinder aparece no vídeo e não está nem um pouco vexado por informar erroneamente seus espectadores. Não se desculpa, não se explica.

Está risonho como se tivesse dado o furo de que o homem pisou na lua.

O próprio Lucas Mendes, enquanto está fora do ar, faz uma pesquisa improvisada e diz sobre as visões opostas de Luiza e Mainardi: “Acho que a Luiza está certa.”


Ele acha. Isso sugere que ele considerava a possibilidade de que Mainardi, com seu conhecimento enciclopédico, é que estivesse certo.


Penso como é quando não existe alguém como Luiza para corrigir as barbaridades da turma do Manhattan Connection.


Pobres espectadores.



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