quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

DISCURSO DE PAULO SKAF CONTRA O AUMENTO DO IMPOSTO PREDIAL QUE FAVORECE AS CAMADAS MAIS POBRES DA POPULAÇÃO DA CIDADE DE SÃO PAULO É PARTE DE SUA ESTRATÉGIA PARA TENTAR SE ELEGER GOVERNADOR EM 2014.


ESTRATÉGIA DE PAULO SKAF PARA TENTAR SE ELEGER GOVERNADOR DE SÃO PAULO NÃO PRIORIZA O RESGATE DO PMDB COMO FORÇA POLÍTICA NO PLANO ESTADUAL.

Ao optar por uma postura anti PT em
São Paulo, Skaf espera atrair para sí
o apoio do Partido da Imprensa
Golpista, o PIG, e consequentemente
da Globo dos irmãos Marinho.


Nas últimas semanas Paulo Skaf entrou com tudo na articulação da elite paulistana, que conta com o apoio do PSDB, contra o aumento do Imposto Predial e Territorial Urbano na cidade de São Paulo para o próximo ano, que foi aprovado no dia 24 de outubro pela Câmara dos Vereadores de São Paulo.

Paulo Skaf simplesmente ignora que o aumento aprovado prevê descontos progressivos para os contribuintes que ganham até cinco salários mínimos e, em alguns não poucos casos, até mesmo a isenção para a parcela mais pobre da população da periferia e para os aposentados.

A opção de Paulo Skaf é  na realidade política e tem um viés para a direita ideológica que, hoje, ainda está aglutinada em torno de Geraldo Alkimim e aliados. Seu discurso mostra que ele praticamente já definiu sua estratégia para tentar ser eleito Governador de São Paulo no ano que vem. Skaf acredita no desgaste e na perda de fôlego de Alkimim na reta final da campanha eleitoral em 2014, ou seja, os votos desgarrados de Alkimim devido aos escândalos de corrupção no metrô de São Paulo e ao desgaste de vinte anos de poder do PSDB, iriam para ele, mantendo a mesma articulação de forças políticas à direita ideológica, que tem sustentado os tucanos no poder em São Paulo desde de 1994.

Skaf também trabalha com a possibilidade de não vencer a eleição no primeiro turno, certamente tendo em um eventual segundo turno o atual Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, como adversário. Nesse caso qualquer um dos dois poderia chegar em primeiro lugar no primeiro turno, mas não conseguiria a vitória definitiva, tendo que disputar um segundo turno. Skaf contaria com uma razoável votação de Alkimim, que ficaria em terceiro lugar, para atrair os votos, que o atual governador teria, para ele em um segundo turno.

Skaf raciocina que mesmo aparecendo, na não confiável pesquisa do Datafolha, com 5% de intenções de votos estimulados, Alexandre Padilha deverá crescer bastante até a reta final da campanha eleitoral em setembro de 2014. Em 2010 Mercadante teve 35,23% dos votos válidos e em 2014 em dobrada com Lula e Dilma e, turbinado pelo Programa Mais Médicos, Padilha poderá ter todas as condições de beirar os 40% de votos ainda no primeiro turno  e assim se garantir em um possível segundo turno. Por isso mesmo Paulo Skaf optou por apostar em crescer no eleitorado que tem mantido o PSDB e seus aliados no poder desde 1994.

Só que Paulo Skaf, ao se aproximar da direita e estreitar sua ligação ideológica com as forças políticas que hoje sustentam Geraldo Alkimim, dentre elas a bancada de deputados estaduais do PMDB comandada por Baleia Rossi, poderá criar uma situação que certamente mais uma vez irá diluir o PMDB de São Paulo no processo eleitoral, exatamente como já aconteceu em 2006 e 2010, quando o PMDB apoiou o PSDB em São Paulo e o PT no plano Nacional.

Nesse caso todos sabemos qual tem sido o desfecho para o PMDB paulista, a dura realidade de ser o segundo maior partido político no plano nacional brasileiro e ao mesmo tempo estar se transformando em um mero partido nanico em aqui São Paulo  eternamente controlado por meia dúzia de caciques.


Flávio Luiz Sartori

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