segunda-feira, 14 de outubro de 2013

DEPOIS DE TANTOS ERROS COMPROVADOS QUE REDUNDARAM EM TANTAS COMPROVADAS MANIPULAÇÕES, OS “DATAFOLHAS DA VIDA” CONTINUAM POR AI FABRICANDO A ILUSÃO DE UM PÚBLICO CADA VEZ MENOR.



Em 1998 pesquisas manipuladas praticamente tiraram Marta Suplicy 
do Segundo Turno em São Paulo.

Mesmo depois de diversas denuncias, dentre elas deste blogueiro, o Datafolha cada vez mais usa diferentes artifícios para produzir resultados que satisfaçam os setores da sociedade que a Folha representa.

Em relação a esta ultima pesquisa o que observamos é o de sempre.

Nesse sentido, para contrapor a constante manipulação, mais uma vez recorremos aos números oficiais do Tribunal Superior Eleitoral, o TSE, mesmo levando em consideração que suas atualizações referentes a estratificação do eleitorado brasileiro ainda não acontecem de maneira rápida, porém ainda são a melhor referência em relação ao perfil social dos brasileiros na faixa etária a partir dos 16 anos de idade.

De acordo com os números do TSE, atualizados até Agosto de 2013, o eleitorado brasileiro está dividido em relação a sua escolaridade da seguinte maneira:

- 5,5% dos eleitores são analfabetos;

- 51,39% dos eleitores conseguiram cursar somente até o Ensino Fundamental, sendo que 12,8% apenas lêem e escrevem, 31,3% não completaram e apenas 7,3% completaram;

- 34,9% dos eleitores conseguiram cursar até o Ensino Médio, sendo que 19,5% não completaram e 15,4% completaram;

- 8,2% dos eleitores conseguiram cursar até o Ensino Superior, sendo que 3,3% não completaram e 4,9% completaram;

O Datafolha de sábado, 12 de Outubro, utilizou a seguinte amostragem nas suas cotas de entrevistados por escolaridade em números arredondados do total de 2.517 entrevistas:

- 988 entrevistas, 39,3% da amostragem, com pessoas com escolaridade até o Ensino Fundamental não terminado e concluído;

- 1.129 entrevistas, 44,8% da amostragem, com pessoas com escolaridade até o Ensino Médio não terminado e concluído;

- 400 entrevistas, 15,9% da amostragem, com pessoas com escolaridade até o Ensino Superior não terminado e concluído;


Repetindo, mesmo que os números do TSE sejam atualizados sempre de maneira mais vagarosa, comparando eles com a amostragem dos entrevistados, por exemplo, no estrato Ensino Médio, na cota de entrevistas utilizada pelo Datafolha temos uma diferença de praticamente 10 pontos a mais para a amostragem do Datafolha em relação ao número do TSE, 34,9%, e os números usados pelo Datafolha, 44,8%, de entrevistados.

Por outro lado, em relação aos números da cota de entrevistados com escolaridade até o Ensino Fundamental utilizada pelo Datafolha temos uma cota de 39,3% de toda a amostra enquanto que os números do TSE apontam que são 51,39% os eleitores que cursaram até o nível do Ensino Fundamental, isso representa uma diferença de aproximadamente 12 pontos a menos. Se incluirmos nesses 12 pontos mais 5,5 referentes aos Analfabetos que não constam na amostragem do Datafolha o resultado será um total de 17,5 pontos de defasagem, portanto quase que a metade da cota de 39,3% da amostragem usada pelo Datafolha.

Esses números certamente favorecem o calculo das intenções de votos, principalmente para Eduardo Campos e para Marina Silva e também em menor escala para Aécio e Serra em detrimento da candidatura de Dilma Roussef.

Isso pode ser facilmente constatado no relatório da pesquisa.

As pesquisas realizadas no período que antecede o processo eleitoral são fundamentais para a articulação dos apoios políticos, além de influenciarem sempre uma parcela da opinião pública que pode ser decisiva. No Brasil os resultados enviesados e manipulados já mudaram o curso da história. Quem não se lembra da manipulação do Datafolha que tirou Marta Suplicy do segundo turno da eleição pata o Governo de São Paulo em 1998?

Na realidade temos que ter claro em todo momento que estes resultados de pesquisas fabricados pela mídia apoiadora da oposição não podem servir de parâmetro exato para nossas análises, mas como eles sempre influenciam uma parte ainda significativa do eleitorado, cabe a nós esclarecer a opinião pública mostrando como são feitas as manipulações.


De uma forma geral, os operadores do marketing político, geralmente insistem muito em ficar no circulo restrito de algumas empresas que dominam o mercado das pesquisas, sem abrir espaços a novas possibilidades no mercado, assim ficam reféns do lugar comum e acabam perdendo a oportunidade de atingir resultados melhores.


Flávio Luiz Sartori

Um comentário:

  1. temos que ver também que não se aprende politica somente por estar cursando uma faculdade ou coisa parecida, claro que uma pessoa estuando se torna mais esclarecida para entender o que se passa, mais também pode aprender hoje via internet. muita gente hoje sabe o que se passa no Brasil via internet. Hoje não estamos sozinho falando para nós mesmo, falamos para milhares de pessoas que passam para outras milhares e que depois se tornam milhões. a ´prova disso esta mesmo nas manifestações contra a rede globo. Quando foi que em décadas passadas as pessoas se amotinaram contra a globo. nunca. so agora estemos vendo o povo esclarecido mandando ela chispar.

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