Todos os dias Gerson Camarotti percorre os corredores
do Congresso Nacional e do Governo para escrever uma
estória onde sempre "as coisas não estão boas" para o
Governo da Presidenta Dilma Roussef.
A Rede
Globo que todos conhecemos manipula e direciona a opinião pública, isso todos nós
sabemos já a muito tempo, mas também temos claro que no decorrer dos últimos
anos, principalmente depois da virado do século, com a massificação da Internet,
a Globo vem perdendo espaço em uma escala cada vez mais acelerada na capacidade
de manipular as massas.
No entanto,
mesmo sendo identificada pela maioria das pessoas como uma emissora de televisão
comprometida com o interesse dos poderosos, a Globo continua mantendo ainda um
formidável exercito de seguidores que praticamente são manipulados, grande
parte deles de forma inconsciente, todos os dias, não só via TV aberta, que é
mais superficial e direta, mas através da Globo News na TV fechada, que tem um
discurso elaborado e trabalhado que encontra ressonância, principalmente naqueles
que tem origem nos seguimentos sociais mais conservadores da sociedade
brasileira, provavelmente os mesmos que o guru Marcos Coimbra definiu muito bem na Carta Capital como a classe média anti petista. A Band News também trabalha esse segmento, mas
não de forma tão elaborada quanto a Globo News.
Para
conseguir isso a Globo News tem a sua disposição profissionais oriundos de seus
próprios quadros e também dos chamados jornalões de São Paulo, principalmente
da Folha de São Paulo. Tudo articulado em uma estratégia combinada, onde o mesmo discurso é
trabalhado em várias frentes, na Internet e na imprensa escrita via Folha e UOL
e na TV por assinatura pela Globo News.
Olhem só
como funciona, de manhã você lê a Eliane Cantanhede escrevendo sua crítica
habitual contra o Governo do PT e espinafrando os aliados na Folha, à noite lá
esta ela de novo fazendo a mesma coisa no Em Pauta da Globo News.
À tarde,
quem geralmente entra em ação é uma conhecida de muito tempo, Leilane Neubarth,
que já passou pela TV Globo aberta. Leilane atua como uma verdadeira porta voz da
classe média enfurecida, suas intervenções são sempre feitas com a fala em tom
afirmativo como que se tivesse dando ordens para quem assiste ela. Durante as
manifestações suas apresentações eram praticamente verdadeiros discursos de
chamamento aos manifestantes, quando os vândalos começaram a agir de forma
descontrolada, Leilane ficou atônita, sem entender o que acontecia, sua fala,
ou melhor discurso, perdeu o rumo.
Durante as manifestações até o discreto Jorge Pontual
teve seu momento de "militante" da Globo (PIG) quando
tentou comparar a Presidenta Dilma com Maria Antonieta
e usou com exemplo um possível comentário da
rainha sobre a revolta popular na Revolução Francesa,
onde ela teria dito que se não tinha pão que dessem
briochesaos pobres, um fato que não foi comprovado
e que é contestado por muitos historiadores.
Porém, o
mais impressionante é o Gerson Camarotti, que tem a função de fazer as análises
políticas. Seu trabalho é construir sempre um ambiente onde nada dá certo para
o Governo, maior exemplo disso foi ontem dia 10, quando ele fez a cobertura da
chamada Marcha dos Prefeitos com a presença da Presidenta Dilma Roussef. Ora
todos nós sabemos que em um evento como este com prefeitos de todo Brasil,
dezenas deles são tucanos e da oposição em geral. Nessas alturas do campeonato
vão estar contra a presidenta, mesmo que ela faça milagres por eles. Gerson Camarotti
transformou sua reportagem, aliás, como sempre faz, em uma estória de um evento
onde o ambiente para o governo teria sido só desfavorável.
Camarotti não
tem a agressividade de Leilane, tem outra forma de construir suas estórias,
explica de maneira didática e ao mesmo tempo distorce os fatos, para isso conta
com a ajuda de políticos da oposição e até mesmo com desgarrados da "base governista" sempre disponíveis para estes momentos.
Com
um clima como esse, as reportagens e até mesmo os debates na Globo News, são
praticamente feitos para alimentar o deleite de assinantes ávidos
todos os dias por um discurso anti governo que dê a eles a esperança de que
desta vez, em 2014, a “história poderá ser diferente que em 2002, 2006 e 2010”.
Flávio Luiz Sartori
Globo, sempre manipulando e mediando o real sentido por trás da notícia, fabricando "verdades" de acordo com seus interesses.
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