terça-feira, 29 de setembro de 2009

BRASIL E EUA: HONDURAS E A ESCOLHA DA CIDADE SEDE DOS JOGOS OLÍMPICOS DE 2016

A crise de Honduras e a escolha da cidade sede dos Jogos Olímpicos de 2016 garantem um pouco de emoção.

Pode não parecer mas nos últimos dias Brasil e EUA andaram se estranhando, a entrada do Rio de Janeiro como muita força na disputa pela vaga de cidade sede dos jogos não permitiu aos americanos nadarem de braçada na disputa como em outras oportunidades, como eles não gostam de perder resolveram dar umas cotoveladas no Brasil.

Mas o que isso pode ter em haver com o caso de Hunduras? Pode ter muito mais do que nós imaginamos. Desde o golpe que tirou Zelaya do poder, se fizermos uma observação mais detalhada facilmente chegaremos a conclusão que os esforços dos EUA contra os golpístas foram meramente símbólicos, nada de pressão na ONU ou na OEA. Sera que se esse golpe tivesse acontecido em um outro lugar do mundo, como por exemplo no Sudoeste Asiático, a contemplação dos americanos teria sido a mesma?

Os golpistas de Honduras sempre se comportaram com muita segurança e inclusive com uma boa dose de arrogância, depois que Zelaya surgiu na embaixado do Brasil passaram por cima dos direitos civis com muita facilidade. Não acredito que se percebessem que os EUA condenariam suas atitudes com veemência, que teriam a coragem que demonstraram até agora.

Primeiro as bases na Colômbia e depois parece que a diplomacia americana quiz testar o poder do Brasil, quiz pagar para ver como o Brasil se comportaria, agora na condição de potência. Se pararmos para pensar um pouco, a cada dia que o golpe em Honduras durava, o Brasil e a America Latina, menos a Colômbia é claro, iam vendo a condição de independêcia que ostentam hoje se diluir. Alguma coisa tinha que ser feita.

O aparecimento de Zelaya na embaixada do Brasil expôs para o mundo uma disputa que estava relegada aos bastidores entre a maioria dos paises da América Latina e EUA, isso explica a furia do representante dos EUA na OEA ontem.

Quanto a disputa pela sede dos jogos, pensem bem, se o Brasil e a América Latina ficam desmoralizados diante do mundo e voltam a ser vistos como um punhado de "Repúblicas de Banana", com a juda dos golpistas de Honduras, como articular o apoio dos outros paises do mundo para ter uma cidade sede de uma olimpíada?

O golpe de Honduras ajuda ou não os EUA e Chicago?

Flávio Luiz Sartori

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