O personagem Silvio Santos pensa que pode enganar as
pessoas com sua imagem jovial.
Diz uma velha máxima usada principalmente no meio político,
que jabuti não sobe em arvore, se aparecer algum jabuti no alto de uma árvore,
alguém colocou ele lá.
No caso dos telejornais do SBT, emissora de televisão que
tem a concessão pública de uso para o Sr. Senor Abravanel, conhecido como Sílvio
Santos, temos diversos jabuti nas árvores já a algum tempo.
Primeiro foi uma tal de Rachel Sherazade, que na condição de
apresentadora de telejornais do SBT, se aventurou à condição de analista ou
comentarista, seja lá o que for e, com a condescendência do “patrão” Silvio
Santos deitou e rolou no horário nobre em suas falas preconceituosas e com viés
racista e, somente depois da grita da
sociedade fingiu “calar o bico”.
Ontem, 27/02, foi a vez de um tal de Paulo Martins aparecer
na emissora do “patrão” para esculhambar de maneira grosseira o voto dos seis
juízes do STF que absolveram os réus do mensalão da acusação de formação de
quadrilha, além de exaltar as grosserias do presidente do Supremo Joaquim
Barbosa contra seus pares, que apenas divergiram dos pontos de vista do Presidente do STF de maneira
democrática e educada.
O que realmente pensa o Sr. Silvio Santos sobre o embate
político no Brasil? Qual é o seu lado ideológico?
Aparentemente ninguém sabe, mas na essência, pelas palavras dos
seus funcionários apresentadores, sabemos muito bem e até nos causa espanto a
que ponto pode chegar um homem que diz que veio do “povo” e conquistou sua
condição de empresário de sucesso com "muito trabalho".
A postura assumida por Silvio Santos não é novidade, nos últimos
meses, desde as manifestações de junho e julho, observo que grande parte da
direita do Brasil estava submergida, não tinha coragem de se apresentar,
preferia militar nas sombras dos círculos restritos de pessoas que pensam como
eles onde podiam expor suas opiniões, na maioria das vezes pautadas pela discriminação
e o racismo.
O Sr. Senor Abravanel deveria se fixar em suas origens, mais
precisamente na história recente da Segunda Guerra Mundial para se lembrar do
que a direita nazista e fascista foi capaz de fazer com seus descendentes,
antes de ficar fazendo proselitismo com reacionários para agradar esta parte da
elite brasileira e por que não do mundo, que teima em imaginar um mundo onde
existam pessoas que se consideram melhores que outras pessoas.
Não adianta o Abravanel se esconder sob a máscara de Silvio
Santos. Sabemos muito bem que quando Rachel Sherazade e Paulo Martins, dentre
outros, fazem seus comentários desprezíveis, o lobo Abravanel apenas se revela
de seu disfarce de cordeiro Silvio Santos.
Flávio Luiz Sartori
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