sexta-feira, 27 de setembro de 2013

MÚSICA ENQUANTO ESPERAMOS O PRÓXIMO TEXTO: TALKING HEADS - AND SHE WAS


Nos anos oitenta do século passado quando ainda não existia a tecnologia de hoje este video clip do Talking Heads foi considerado extremamente ousado devido a seus efeitos especiais improvisados...   Confiram...




Flávio

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

RESULTADO DA ÚLTIMA PESQUISA IBOPE/ESTADÃO: QUEDA EXPRESSIVA DE MARINA SILVA E SERRA Á FRENTE DE AÉCIO DEVEM TER COMO CONSEQUÊNCIA O ACIRRAMENTO DA DISPUTA INTERNA NO CAMPO DA DIREITA.


Serra ou Aécio? Quem irá carregar a bandeira da direita em 2014?

A Pesquisa do IBOPE sobre a corrida presidencial realizada para o Estadão e divulgada nesta noite de 26/09 deve ser interpretada de várias maneiras, ou seja, não podemos considerar somente os resultados estatísticos da pesquisa, que mostram uma subida vertiginosa da Presidenta Dilma Roussef, a queda de Marina Silva e a estagnação de Aécio e Eduardo Campos, temos que levar em conta, na realidade, qual será o resultado prático dos números nas articulações que se seguirão de agora em diante.

A subida de Dilma é um fato em si que já era esperado e que já tinha sido demonstrado em outras pesquisas anteriores recentes. Todos sabem que a presidenta transita nos 40% já a algumas semanas e que se ela esta crescendo e o número de indecisos mais brancos e nulos continua alto na casa dos 25 a 30%, nesse cenário temos que levar em conta que a intenção de votos da presidenta para subir foi em decorrência da queda de outros candidatos, no caso em maior escala de Marina Silva.

Por incrível que possa parecer para o Partido da Imprensa Golpista, o PIG, a queda de Marina Silva foi sopa no mel porque ficou claro que a votação dela em 2010 aconteceu em decorrência da ação da direita radical serrista que criou um clima de terrorismo apelando para a predominância do ódio que se transformou momentaneamente em “voto de protesto” e foi para Marina Silva quase levando ela ao segundo turno. Agora em 2013, mais uma vez observamos o mesmo fenômeno logo depois das manifestações de junho e julho, com o ódio exacerbado provocando um momento de substituição da razão pela emoção e deslocando parte da opinião pública para mais uma situação de “intenção de voto de protesto” que só podia mesmo se direcionar para Marina Silva. Ler "Cavalo passou arreado, mas Marina não montou" direto do Estadão no link http://blogs.estadao.com.br/vox-publica/2013/09/26/cavalo-passou-arreado-mas-marina-nao-montou/.

A queda de Marina Silva de 22% para 16%, uma perda de quase 30% de sua intenção de votos, mostrou de maneira bem clara a fragilidade de sua candidatura, que já não era digerida completamente pela direita e os setores entreguistas aliados, que sonham com um candidato vindo de suas hostes e comprometido com seus objetivos de fazer o Brasil voltar ao tempo de dependência anterior a chegada de Lula ao poder em 2003. Marina Silva sempre foi para a direita, nada mais nada menos, que um passaporte para um segundo turno, com um candidato de direita disputando com Dilma exatamente como aconteceu em 2010.

Nesse caso o problema passa a ser então, quem poderá levantar a bandeira da direita, ultrapassando Marina e contando com possíveis 15% a 20% de votos nela, para ir a um segundo turno com Dilma em 2014?

Elementar meus caros, se Aécio esta empacado e Eduardo Campos não sai do lugar, só Serra poderia cumprir este papel.

Em uma realidade onde cada vez fica mais claro que a força de Dilma com o apoio de Lula e aliados são barreiras difíceis de serem transpostas, com o próprio PIG, principalmente a Rede Globo, cada dia mais desmascarado e mais enfraquecido como “formador de opinião”, não restará outra saída para a direita e seus aliados senão, a radicalização e a tentativa de substituir o debate político sobre qual o melhor projeto para o futuro do Brasil pelo confronto irracional e sectário.

Para direita a queda de Marina Silva será a oportunidade de tentar capitalizar e se qualificar definitivamente para um segundo turno em 2014 com Dilma, para que isso aconteça um dos dois, Aécio ou Serra, terá que ser sacrificado porque com os dois disputando, se Serra sair do PSDB, a direita não tem a menor chance. Nos próximos dias, Serra turbinado por esta pesquisa, mesmo com apenas um ponto à frente de Aécio, vai jogar pesado, não tenham dúvidas.

Quanto a Eduardo Campos, cada vez mais ele caminhará rumo a sua hora da verdade, agora com Ciro Gomes no campo oposto ao dele na briga pelos votos, principalmente do Nordeste, apoiando Dilma em dupla com Lula, o que tornará a tarefa de Eduardo de subir nas pesquisas cada dia mais difícil e seu sonho cada vez mais distante.

Nesse cenário restará a Marina Silva torcer para que Aécio e Serra se separem para a direita ir para a disputa dividida e fraca proporcionando a Marina uma possibilidade de ir ao segundo turno.

Os últimos dias que faltam até o inicio de Outubro, quando o quadro político definitivo para 2014 terá seu primeiro desenho, deverão ser emocionantes, principalmente para a oposição de direita e eventuais sonhadores.

Acesso ao relatório completo da pesquisa IBOPE no link:
http://www.ibope.com.br/pt-br/noticias/Documents/JOB_1394_BRASIL%20-%20Relat%C3%B3rio%20de%20tabelas%20(imprensa).pdf


Flávio Luiz Sartori

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

MARCOS COIMBRA DESVENDANDO A MANIPULAÇÃO DO DATAFOLHA: QUANDO ALGUÉM INVOCA "O SENTIMENTO DA OPINIÃO PÚBLICA" E ATRIBUI AO CONJUNTO DA SOCIEDADE O PENSAMENTO DE UMA MINORIA, NADA MAIS FAZ DO QUE UM JOGO POLÍTICO DE SEGUNDA CLASSE.


Direto da Carta Capital:

É assim que o Datafolha considera a opinião pública
quando divulga suas pesquisas manipuladas.


A REAL PERCEPÇÃO DO ELEITOR SOBRE O MENSALÃO

Por Marcos Coimbra.

O STF fez a coisa certa. Ao considerar cabíveis os embargos infringentes no julgamento da Ação Penal 470, seus integrantes tomaram uma decisão de consequências profundas.

Os dias que antecederam à decisão, e mesmo as declarações subsequentes de alguns ministros, foram marcados pela ideia de que a opinião pública queria a rejeição desses embargos. Que a maioria do país exigia barrar o direito de os acusados, mesmo aqueles considerados inocentes por quatro juízes, serem submetidos a novo julgamento.

Da quinta-feira anterior, quando a sessão do plenário para deliberar sobre o tema foi interrompida, ao dia da decisão, o tom do discurso oposicionista no Congresso, na sociedade e na mídia “anti-lulopetista” seguiu por esse caminho.

Os parlamentares da oposição, com alguma cautela, os colunistas da “grande imprensa” sem qualquer embaraço. Todos desejavam evitar o acolhimento dos embargos e lançavam ameaças veladas aos juízes caso o fizessem. Anunciavam a ira da população sobre os ombros dos magistrados se não mandassem todos os acusados imediatamente para a cadeia.

Último a se pronunciar e responsável pelo voto definitivo a favor dos recursos, o ministro Celso de Mello mencionou a pressão. O tribunal, frisou durante a leitura de seu voto, não pode “expor-se, submeter-se, subordinar-se à vontade de maiorias contingentes”.

Ou seja, falou como se houvesse redigido seu voto contra o desejo da nação, ou da sua parcela maior. Como se existisse qualquer evidência da existência dessas “maiorias” e como se, caso confirmadas, devessem ser consideradas “naturais”.

Cada um a seu modo, os veículos da mídia oposicionista fizeram de tudo para dar substância à tese (e reforçar a pressão sobre o tribunal). O Datafolha foi convocado a pesquisar as opiniões na capital paulista de forma a permitir a manchete “Em São Paulo, maioria rejeita a reabertura do mensalão”.

Um jornal mineiro esmerou-se” na quarta 18, estampou na primeira página uma “carta a Celso de Mello”, escrita e assinada em nome (!?) dos “cidadãos do estado de Minas Gerais”.

De maneira “técnica” ou tosca invocavam a “opinião pública”.

Como chegou o Datafolha ao resultado?

A pergunta sobre a aprovação ou rejeição à “reabertura do julgamento” seguia-se a duas outras. A primeira pedia ao entrevistado que dissesse se considerava o chamado “mensalão” um esquema de corrupção (…) com uso de dinheiro público” ou “de arrecadação de dinheiro” para campanhas eleitorais. A segunda afirmava: “Pessoas condenadas à prisão (…) querem que o STF reveja (o julgamento)” e perguntava se o entrevistado estava de acordo.

Em outras palavras, mencionavam-se expressões como “corrupção”, “uso de dinheiro público” e “pessoas condenadas à prisão”, antes de indagar a respeito dos recursos. Até quem nada sabe de pesquisa é capaz de imaginar as respostas.

A pesquisa revelava, porém, outras nuances: a proporção de paulistanos bem informados (o que está sempre associado ao interesse) sobre o mensalão era de 19% e apenas 39% dava notas maiores que 6 para o desempenho do STF durante o julgamento (considerado “ótimo” ou “bom” por não mais de 21% dos entrevistados).

Tais números não são muito diferentes daqueles obtidos pelo Vox Populi em pesquisa nacional realizada no ano passado, ainda no auge do julgamento. Naquela época, aqueles que se acreditavam bem informados sobre o assunto somavam 18%, mas apenas 12% sabiam dizer, de forma espontânea, o nome do tribunal onde o julgamento ocorria.

Apesar do desinteresse e da desinformação, 30% dos entrevistados consideravam que a “responsabilidade dos acusados estava provada”. Sob outro ângulo, significa que 70% não tinham essa convicção. Mais: 30% entendiam que apenas as culpas de alguns estavam comprovadas e 39% não se julgavam em condições de responder. Não surpreendentemente, apenas 29% defendiam punições a todos os acusados.

Só 29% concordavam com a tese central da acusação, da existência de um esquema de desvio de verbas públicas para comprar o apoio de deputados. Informados do fato de os parlamentares acusados serem na sua maioria do PT, 33% dos entrevistados consideravam “sem sentido” a imputação (e 38% não tinham opinião).

Em outras dimensões, via-se a força dos estereótipos. Apesar da baixa (ou nenhuma) informação, 65% supunham que os acusados “ficaram ricos”. Entre a minoria que se acreditava capaz de calcular o montante dos recursos movimentados, 25% cravaram “mais de 1 bilhão de reais”.

A frase bombástica de que o mensalão teria sido “o maior escândalo” de nossa história era subscrita por não mais de 21%. Para uma ampla maioria (57%), haveria “outros casos, maiores ou iguais” (entre indivíduos com educação superior, a proporção alcançava 69%). (PS.JCMA: aqui a casa caiu!!!).

Em suma, ao se levarem em conta os resultados das pesquisas disponíveis, pode-se dizer que não chega a um terço o contingente da população crente na narrativa a respeito do mensalão criada pela oposição, especialmente seu braço midiático. A meia dúzia de mal-educados a destilar ódio pela internet e chatear os juízes não expressa o conjunto da sociedade.

A opinião pública brasileira não concorda com a corrupção e anseia pela punição dos corruptos. De todos. Ela não aceita a sonegação de impostos de megacorporações de mídia, o estímulo de autoridades a cartéis de fornecedores em troca de “apoio”, a existência de entidades “sociais” que desviam recursos ou o caixa 2 em campanhas praticado rotineiramente pelos partidos.

Quando alguém invoca “o sentimento da opinião pública” e atribui ao conjunto da sociedade o pensamento de uma minoria, nada mais faz do que um jogo político de segunda classe.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

PARABÉNS CONDE CHIQUINHO SCARPA PELA BRILHANTE IDEIA DA CAMPANHA PARA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS, CONSEGUIU ENGANAR UM MONTE DE GENTE, INCLUSIVE ESTE BLOGUEIRO...


Assim é a vida, uma boa ideia surge sempre de onde menos se espera...  Eu ja doei oficialmente todos meus órgãos a muito tempo, quando eu for embora deste mundo, tudo meu pode ser usado, tudo mesmo...  Flávio Luiz Sartori

"Eu não enterrei meu carro, mas todo mundo achou um absurdo quando eu disse que ia fazer isso. Absurdo é enterrar seus órgãos, que podem salvar muitas vidas. Nada é mais valioso. Seja um doador, avise sua família."   Conde Chiquinho Scarpa


Conde Chiquinhom Scarpa, o Papa Francisco certamente
apoiará esta campanha...

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

TEXTO NO IG MOSTRA QUE JA ESTA NA HORA DA SOCIEDADE BRASILEIRA COMEÇAR UM PROCESSO DE AUTO QUESTIONAMENTO SOBRE SUA PRÓPRIA MANEIRA DE PENSAR E VER A VIDA, PRINCIPALMENTE A CLASSE MÉDIA TRADICIONAL.


RICOS PERDEM EXCLUSIVIDADE E RECLAMAM DA CLASSE EMERGENTE
Segundo Renato Meirelles, do Data Popular, serviços mais caros e enriquecimento das classes C e D geram desconforto entre os endinheirados.

A ascensão social dos mais "pobres"
é um processo irreversível.

Um total de 104 milhões de brasileiros pertence à classe média, segundo o governo
Na última semana, o lançamento do iPhone 5C levantou uma polêmica entre usuários nas redes sociais. Com a Apple dedicando esforços à popularização de seus produtos, houve quem reclamasse que os smartphones da marca, antes restritos a uma minoria privilegiada, virariam “coisa de pobre”.

O aparelho não tem nada de "pobre" – as versões desbloqueadas do aparelho custarão no mínimo US$ 549 (cerca de R$ 1,3 mil), um preço suficientemente impeditivo frente aos principais concorrentes. No entanto, o movimento nas redes fez lembrar o lançamento do Instagram para Android, quando um coro de usuários dizia temer pelas fotos que “infestariam” a rede.

A questão não é a qualidade do produto ou do serviço, mas o status que o uso dessas ferramentas agrega. O fato é que as classes mais altas andam muito incomodadas com o enriquecimento dos chamados emergentes, principalmente porque sentem o peso da perda da “exclusividade”.

Essa é uma das percepções de Renato Meirelles, presidente do Data Popular, consultoria de pesquisas especializada nas classes emergentes. “Não tenho dúvidas que é a perda da exclusividade que está incomodando esses consumidores”, afirma.

Entre 2010 e 2011, segundo dados da pesquisa O Observador , a renda média disponível para as classes C e D aumentou 50%. A renda dos mais pobres cresceu três vezes mais que a renda dos mais ricos nos últimos dez anos. Naturalmente, a maior parte do que era acessível apenas a alguns privilegiados já está ao alcance dos emergentes. “Hoje é comum, por exemplo, empregada e patroa usarem o mesmo perfume. O exclusivo está cada vez mais democrático”, explica.

Para completar, esse crescimento desproporcional da renda coloca os mais ricos em situação ainda mais desfavorável: diante da inflação de serviços, o dinheiro da classes A e B já não comporta grandes gastos. “Agora para o mais rico adquirir o produto ou serviço ‘exclusivo’, vai precisar desembolsar um dinheiro que não tem”, diz Meirelles. “Os mais ricos têm a sensação de que saíram perdendo.”

Caio Vasques
"Coisa de pobre": a cantora Anitta brincou com um fã que arremessou uma lata no palco, mostrando que a caricatura do público emergente
'Gatas borralheiras viraram princesas', diz Flávio Rocha
Ascensão da classe C incomoda da classe AB
Nestlè, Samsung e Adidas: as queridas da classe C
VIDEO 60% dos novos empresários são da classe C
Erro de avaliação

Na última semana, no C4 (Congresso de Cartões e Crédito ao Consumidor), a consultoria de pesquisas Data Popular exibiu um vídeo em que apresentava entrevistas de cidadãos comuns – de classes A e B – falando sobre o “incômodo” que a popularização dos serviços provocava no seu dia a dia. ”Incomoda ver como as pessoas entram nos aviões carregando coisas absurdas”, diz uma senhora. “Empresas como a CVC acabaram como a nossa boa vida. Viajar de avião não é mais classe A”, afirmou outro rapaz.

Esse grupo, no entanto, muitas vezes ignora que boa parte desses emergentes de fato já são mais ricos que eles. Meirelles destaca que 44% das pessoas que compõe as classes A e B são os primeiros ricos da família.

“São pessoas com histórico de classe C, com jeito de pensar de classe C, mas que têm renda muitas vezes até maior que o 'rico' que reclama”, diz.“Um dono de padaria ou mercadinho de bairro, por exemplo, fatura R$ 100 mil por mês. O engenheiro ou advogado quase nunca tira tudo isso.”

É no histórico que mora a principal diferença. Enquanto no passado o novo rico costumava esconder sua origem, hoje ele se orgulha de sua trajetória e já não tem mais as classes A e B como referência inconteste.

“Quem acha que a aspiração da classe C é ser classe A está enganado”, afirma Meirelles ressaltando que a lógica social das duas classes são inversas. “Enquanto a classe C trabalha na lógica da inclusão, a elite trabalha na lógica exclusividade. Os mais ricos esperavam que esse novo público os tivesse como exemplo de comportamento, mas isso não aconteceu.”

Do aspiracional para o inspiracional

Há um processo de acomodação em curso. Segundo os prognósticos do Data Popular, na próxima década, as classe A e B vão crescer duas vezes mais que a classe C. Com isso, empresas de todo o País estão em busca de novos modelos de operação, de forma a atender eficientemente os novos clientes.

Nesse novo contexto, as aspirações perdem espaço para as inspirações.

“O indivíduo deixa de usar o consumo para mostrar algo que não é, preferindo ferramentas que o façam uma pessoa melhor”, afirma. Mesmo que já estejam significativamente mais próximas dessa nova realidade, as empresas ainda não entenderam completamente quem é esse novo rico – e seus principais comportamentos de consumo.

Para Meirelles, o perfil do novo rico brasileiro está mais alinhado com o que se vê nos Estados Unidos – onde a pauta central é do consumo e da cultura do espetáculo. Esse formato é oposto ao modelo europeu, por exemplo, que valoriza o capital cultural, social e acadêmico.

Por aqui, Meirelles aposta na terceira via.

“Temos esse traço na nossa cultura, de aproveitar todas as experiências e mostrar um caminho com a nossa cara”, diz. “Vejo dois componentes a mais no nosso contexto: a flexibilidade do brasileiro e a vontade de reduzir os pontos de conflito.”

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

BOB FERNANDES NA TV GASETA: ‘’UM TRIBUNAL NÃO PODE SE DEIXAR CONTAMINAR PELA OPINIÃO PÚBLICA, MUITO MENOS AINDA PELA OPINIÃO PUBLICADA. POR ISSO É HISTÓRICO O VOTO DO MINISTRO CELSO DE MELO. O MINISTRO JULGOU E SEGUIRÁ JULGANDO DA MANEIRA MAIS DURA QUE PERMITIR A LEI. A LEI, NÃO O ÓDIO E O RANCOR. JUSTIÇA SE FAZ COM LEI, DE PSICOSE QUEM TRATA É A PSIQUIATRIA, A PSICANALISE.’’

Bob Fernandes: O Ministro Celso de Melo deu uma aula ao desempatar a questão sobre os embargos infringentes, aula para quem acompanha o julgamento com sede de justiça e é leigo, mas também aula para seus pares, para dentro e para fora do tribunal Celso de Melo se lembrou que justiça se faz com a razão e não com o fígado, com a bílis, não se faz justiça com ódio...


ASSISTAM O VÍDEO E APRENDAM COMO SE FAZ DUAS COISAS FUNDAMENTAIS NOS DIAS DE HOJE; JORNALISMO E JUSTIÇA COM ÉTICA...




Chega de ódio, política se faz com ideias...

Flávio

terça-feira, 17 de setembro de 2013

CAMPANHA CONDE CHIQUINHO SCARPA NÃO ENTERRE SEU LUXUOSO BENTLEY, VENDA OU DOE ELE E QUE O DINHEIRO VÁ PARA UMA OBRA DE CARIDADE... O PAPA FRANCISCO VAI APROVAR, SEM SOMBRA DE DÚVIDAS...


Por favor Conde, desta vida não levamos nada. Que Deus te ilumine...


Conde Chiquinho Scarpa, ja pensou em quantas crianças podem 
ficar felizes com dinheiro que o senhor vai deixar de enterrar 
se doar para a caridade o mesmo dinheiro da venda deste carro?

sábado, 14 de setembro de 2013

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

CARL SAGAN MOSTRA COMO SOMOS APENAS E TÃO SOMENTE UM PONTO PÁLIDO NO ESPAÇO...


Assistam o vídeo e reflitam sobre nosso real significado no universo, de onde viemos, para onde vamos. Nada justifica nossa arrogância, nada...... Por inspiração de Fábio Gafa Paro Suguiyama.



Por Carl Sagan...

Olhem de novo para esse ponto. Isso é a nossa casa, isso somos nós. Nele, todos a quem ama, todos a quem conhece, qualquer um dos que escutamos falar, cada ser humano que existiu, viveu a sua vida aqui. O agregado da nossa alegria e nosso sofrimento, milhares de religiões autênticas, ideologias e doutrinas econômicas, cada caçador e colheitador, cada herói e covarde, cada criador e destruidor de civilização, cada rei e camponês, cada casal de namorados, cada mãe e pai, criança cheia de esperança, inventor e explorador, cada mestre de ética, cada político corrupto, cada superestrela, cada líder supremo, cada santo e pecador na história da nossa espécie viveu aí, num grão de pó suspenso num raio de sol.

A Terra é um cenário muito pequeno numa vasta arena cósmica. Pensai nos rios de sangue derramados por todos aqueles generais e imperadores, para que, na sua glória e triunfo, vieram eles ser amos momentâneos duma fração desse ponto. Pensai nas crueldades sem fim infligidas pelos moradores dum canto deste pixel aos quase indistinguíveis moradores dalgum outro canto, quão frequentes as suas incompreensões, quão ávidos de se matar uns aos outros, quão veementes os seus ódios.
As nossas exageradas atitudes, a nossa suposta auto-importância, a ilusão de termos qualquer posição de privilégio no Universo, são reptadas por este pontinho de luz frouxa. O nosso planeta é um grão solitário na grande e envolvente escuridão cósmica. Na nossa obscuridade, em toda esta vastidão, não há indícios de que vá chegar ajuda de algures para nos salvar de nós próprios.

A Terra é o único mundo conhecido, até hoje, que alberga a vida. Não há mais algum, pelo menos no próximo futuro, onde a nossa espécie puder emigrar. Visitar, pôde. Assentar-se, ainda não. Gostarmos ou não, por enquanto, a Terra é onde temos de ficar.

Tem-se falado da astronomia como uma experiência criadora de firmeza e humildade. Não há, talvez, melhor demonstração das tolas e vãs soberbas humanas do que esta distante imagem do nosso miúdo mundo. Para mim, acentua a nossa responsabilidade para nos portar mais amavelmente uns para com os outros, e para protegermos e acarinharmos o ponto azul pálido, o único lar que tenhamos conhecido.

ENQUANTO NÃO VEM O PRÓXIMO TEXTO, MÚSICA COM GILBERTO GIL: TODA MENINA BAIANA...




Atéééééé    ffffffffffff

terça-feira, 10 de setembro de 2013

APESAR DE FUNDAMENTAL, O ATO ISOLADO DE RECICLAR É COMO ENXUGAR GELO, POIS O AUMENTO NO VOLUME DE RESÍDUOS JÁ SUPERA O DO CRESCIMENTO POPULACIONAL URBANO. A SAÍDA ESTÁ EM ADOTAR MODELOS PRODUTIVOS E DE CONSUMO QUE REDUZAM A NECESSIDADE DE DESCARTE. EXEMPLOS PONTUAIS DE CIDADES E EMPRESAS MOSTRAM QUE "LIXO ZERO" É POSSÍVEL.

Direto do site Página 22, indicado por Leonardo Pinho

Tapete mágico
POR MAGALI CABRAL ARTE MARCIUS MARQUES  EM 78, REVISTA


Uma Terra com qualidade de vida, é
 tudo que queremos para nosso futuro.



Levar o saco de lixo para fora é uma rotina que acontece invariavelmente todos os dias em grande parte dos lares e empresas. O caminhão da coleta passa e, como um toque de mágica, faz desaparecer o inconveniente rejeito cujo mau cheiro não tardaria em atrair insetos e outros animais indesejados. Tão logo o saco “desaparece”, um novo ciclo de geração de resíduos tem início até a próxima reaparição dos coletores. Ao final de um ano a sociedade brasileira terá gerado 68 milhões de toneladas de lixo urbano, volume que vem aumentando em termos absolutos e per capita. Quer dizer, o aumento do lixo já supera o do crescimento populacional urbano[1].

A mesma tendência ocorre na maioria dos países mundo afora com algumas variações para mais – se muito industrializado – ou para menos. Para se ter uma ideia do tamanho global dessa encrenca, o volume de resíduos urbanos deve saltar do atual 1,3 bilhão de toneladas para inimagináveis 2,2 bilhões de toneladas anuais até 2025 [2].

 [1] A geração brasileira de lixo cresceu 6,8% em 2010, comparada com os números do ano anterior – percentual seis vezes maior que o crescimento da população das cidades no mesmo período –, segundo dados da décima edição do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2012, estudo publicado anualmente pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe)


[2] A estimativa é do Programa da Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma)

Basta uma aula básica de Química, se tanto, para entender que a mágica praticada pelos coletores não passa de um truque ao estilo do “varrer a sujeira para debaixo do tapete”. Por volta dos anos 1770, Antoine Lavoisier resumiu sua descoberta sobre o caráter permanente da matéria em uma frase que se tornou célebre – na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.

A teoria vale para o lixo também. Podem triturá-lo, incinerá-lo, degradá-lo, mas ele nunca desaparecerá. Estará sempre nas imediações, ainda que com outro formato ou oculto sob algum “tapete”. Tomando emprestada uma interpretação moderna para a Lei de Lavoisier, usada pelo economista Sabetai Calderoni no documentário Fazedor de Montanhas, de Juan Figueroa, “ninguém põe o lixo para fora, pois, no mundo, tudo é dentro”.

Os americanos são os maiores produtores de lixo do mundo, o que não chega a ser uma surpresa. Com 4 quilos de resíduos por pessoa ao dia, equivalente a uma montanha de 210 milhões de toneladas ao ano, são os que menos reciclam (27%) entre os países desenvolvidos.

Como de praxe, o país que mais desperdiça é também o que reserva os mais belos exemplos. San Francisco, cidade do estado da Califórnia com pouco mais de 800 mil habitantes, lançou em 2009 a estratégia lixo zero (zero waste) e fixou prazo até 2020 para executá-la integralmente. E, pelo ritmo, nem precisava tanto tempo. Hoje, apenas 17% dos resíduos urbanos da cidade ainda seguem para aterro sanitário. Tudo isso, sem ter sido necessário aplicar nenhuma penalidade às empresas ou moradores. Estratégias muito fortes de compostagem e reciclagem, além de muita educação, são a base desse trabalho (para saber mais, acesse o site sfenvironment.org/zero-waste).

Quanto mais industrializado o país – relata o especialista em gestão de resíduos sólidos urbanos, diretor da Giral Viveiro de Projetos, Mateus Mendonça –, menor a geração de resíduos orgânicos e maior a fração de recicláveis. Parece bom, mas não é. O ideal é reduzir ao máximo o volume de lixo não orgânico. Primeiro, porque nem todo resíduo com potencial reciclável entra na coleta seletiva e segue destino para as usinas de reprocessamento. Ao contrário, a maior parte termina misturada ao material orgânico e ambos transformam-se em rejeitos (lixo não aproveitável). Segundo, porque os processos de reciclagem, embora importantes, também provocam um impacto nada desprezível no meio ambiente (mais na reportagem “A outra face da reciclagem”, edição 21).

O ideal é zerar a produção de resíduos recicláveis e produtos descartáveis pelas empresas. Impossível? Considerando-se o modelo econômico predominante, ainda longe de incorporar a sustentabilidade como vetor para a produção de bens de consumo e serviços, a resposta é sim. “Concentração populacional, consumismo e mais uma série de características da vida urbana afastam a possibilidade do lixo zero”, afirma Mateus Mendonça.

Entretanto, um salto nesse sentido pode ser dado se o comércio tradicional (compra e venda) for crescentemente substituído por contratos de prestação de serviços, em que os fabricantes passam a alugar ou arrendar seus produtos. Por exemplo, nessa chamada “economia de serviços” a empresa operadora de TV a cabo vende um pacote de entretenimento que deve incluir o fornecimento de todos os meios para que o serviço chegue à casa do consumidor, incluindo o televisor e demais acessórios. “Quando os meios se tornarem obsoletos, a empresa os substitui e, com isso, a logística reversa já fez meio caminho, sem que o consumidor gerasse resíduos ele próprio”, exemplifica Mendonça.


POR CIMA DO CARPETE

Entre os casos de gestão socioambiental mais emblemáticos e inspiradores está o da líder mundial em carpetes modulares, a americana Interface, empresa que migrou para a economia de serviços. Em vez de vender carpete, vende o serviço de instalação e de manutenção. E aposta fortemente no reúso. Os clientes recebem visitas periódicas da empresa para troca das placas modulares que eventualmente estejam mais gastas. O material recolhido é reinserido na cadeia de produção como matéria-prima, ou “materia-seconda”, como também é chamada. Assim, fecha-se o tão sonhado ciclo do berço ao berço[3] (do inglês cradle to cradle), um dos caminhos para a geração zero.

A história da Interface é bem maior. O fundador e chairman Ray Anderson deixou-a registrada no livro Lições de Um Empresário Radical, de 2008[4]. Sua meta – denominada missão zero – é “bloquear todas as chaminés, fechar todas as tubulações de efluentes e não tomar nada da terra, principalmente petróleo, que não possa ser facilmente renovado até 2020”.

Como não foi possível substituir o uso de derivados do petróleo de uma só tacada, enquanto equipes da Interface desenvolviam tecnologia para o uso material renovável na confecção dos carpetes, outras vasculhavam aterros sanitários por todo o país à procura de restos de carpetes de empresas concorrentes para, assim, aumentar a fração de matéria-prima reciclada e, por tabela, diminuir o consumo de novos materiais não renováveis.

[3] Em oposição à expressão “do berço ao túmulo”, que representa um modelo linear de produção (produção, consumo e descarte), o suíço Walter Stahel cunhou o termo “do berço ao berço”, segundo o qual os produtos pós-consumo são desenhados para serem reaproveitados como matéria-prima na própria cadeia produtiva, ou na cadeia de outro segmento, fechando o ciclo


[4] Lançado pela Editora Cultrix, São Paulo, com o subtítulo: “Como o CEO de uma desconhecida companhia conseguiu dobrar o faturamento, conquistar novos clientes, motivar funcionários e gerar inovação com um objetivo muito simples: não tirar da terra o que a terra não possa repor”.


BONS VENTOS

Algumas ações corporativas relacionadas aos três “Rs” dos resíduos sólidos (reduzir, reusar e reciclar, mais em “Os ‘Rs’ fundamentais”) estão chegando ao Brasil no rastro dos projetos globais das grandes corporações multinacionais. A rede Walmart está entre elas. Com uma estratégia de sustentabilidade baseada em três pilares – clima e energia; produtos sustentáveis; e resíduos sólidos –, o desafio da empresa é zerar o envio de resíduos para aterros sanitários até 2025 em esfera global. O programa Impacto Zero do Walmart foi implantado no Brasil em 2008. No ano passado, já deixaram de seguir para aterros e lixões 40% do total de resíduos gerados em suas lojas – 6% foram destinados à compostagem e ração animal e o restante encaminhado para reciclagem.

A empresa também investe na redução de geração de resíduos. Há uma forte campanha promocional no Brasil para o não uso de sacolas plásticas, inclusive com descontos para os clientes que as recusam – 3 centavos para cada 5 itens não embalados em sacolas plásticas descartáveis. “Já concedemos R$ 1,06 milhão de descontos, equivalente a 30 milhões de sacolas”, informa a diretora de sustentabilidade do Walmart, Camila Valverde.


A rede ainda mantém uma estratégia de redução de embalagens na relação com os fornecedores. “A mudança no início da cadeia produtiva é fundamental. Produz ganho em escala e tem reflexo na extração de recurso natural”, afirma. Um trabalho recente em parceria com a Johnson & Johnson resultou em redução de 18% na caixinha do curativo band-aid. “Com essa redução na embalagem, a Johnson & Johnson está usando 80 contêineres a menos nas exportações do produto para os Estados Unidos”, relata.


LIXO VERDE E AMARELO

Enquanto alguns países já discutem o lixo zero, o Brasil engatinha em todos os aspectos que envolvem a redução, reúso e reciclagem de resíduos sólidos. Brasileiros produzem bem menos resíduos per capita que americanos, entre 1 e 1,2 quilo ao dia. A razão principal é a grande parcela da população ainda excluída do mercado de consumo.

Em boa parte do País, o descarte do lixo não segue métodos minimamente apropriados. Apenas cerca de 58% do total coletado tem como destino os aterros sanitários, terrenos que funcionam de acordo com as exigências legais. O restante é despejado em aterros controlados (24,2%) e em lixões[5] (17,8%), que tecnicamente guardam poucas diferenças entre si. O Brasil também recicla pouco: cerca de 4%, e seria ainda menos se não houvesse uma forte intervenção e organização de catadores (mais na reportagem “Vale mais do que pesa”).

[5] A meta brasileira para acabar com os lixões, prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei nº 12.305/2010, vence em agosto do ano que vem

“Nossa política de resíduos é recém-lançada”, lembra a pesquisadora Rizpah Besen, da Faculdade de Saúde Pública da USP, o que ajuda a explicar o atraso brasileiro em relação a outros países na gestão do lixo. “A Europa está debruçada sobre o tema há mais de 20 anos e, por isso, tem metas de redução muito mais avançadas.” Ainda assim, poucos países europeus, segundo ela, estão conseguindo reduzir a geração. “Na Alemanha, com uma das maiores taxas de reciclagem no mundo (46%), poucos estados e municípios traçaram metas ambiciosas de redução.”

Rizpah explica que, para reduzir as montanhas de lixo, além de um trabalho intenso em educação, é imprescindível o uso de alguns instrumentos econômicos. Compras “verdes” por parte do governo, por exemplo, estimulariam esse mercado. A desoneração tributária, idem. “A matéria-prima reciclada costuma ser mais cara do que a virgem por causa das bitributações (o imposto incide sobre o material virgem e o reciclado)”, justifica. Outro instrumento é a taxação por domicílio, que chegou a ser tentada em São Paulo entre 2002 e 2005, mas derrubada pela administração municipal seguinte.


Para Ricardo Abramovay, professor titular do Departamento de Economia da FEA-USP, o Brasil ainda é uma sociedade do jogar fora. “Precisamos rapidamente nos tornar, pelo menos, uma sociedade recicladora.” Mas, segundo ele, enquanto estiverem envolvidos nesse projeto apenas a sociedade civil, o governo e os catadores, não se avançará. As empresas precisam compartilhar essa responsabilidade, investindo em programas educativos e pagando para que seus resíduos desviem-se dos lixões e aterros e sigam para reciclagem (mais sobre logística reversa em “Eterno Retorno”). Os catadores, hoje os principais responsáveis pela tarefa, recebem apenas pelos resíduos que conseguem vender. Eles precisam receber também pelo serviço ambiental que prestam a toda a sociedade.


O VELHO TRUQUE DO FOGO

Enquanto tantos gargalos persistem, o lixo segue acumulado em condições degradantes. Por causa disso, alguns grupos ligados à gestão de resíduos começam a defender a instalação de incineradores em regiões litorâneas, onde é proibida a construção de aterros sanitários. Rejeitos gerados em municípios do litoral paulista, incluindo a Baixada Santista, precisam ser transportados até aterros da capital ou do interior do Estado. Para resolver esses casos pontuais, o advogado Fabrício Soler, do escritório Felsberg, acha positivo o uso de incineradores, tecnicamente denominados unidades de recuperação de energia, a partir dos quais também se gera energia elétrica.

Segundo Soler, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), ligada à Secretaria do Meio Ambiente do governo paulista, já editou uma norma para controle de emissão atmosférica que habilita o uso desse tipo de equipamento. “Até que me provem o contrário, um país que está repleto de lixões tem de ganhar tempo e, se bem operado e bem fiscalizado, o incinerador funciona.”

Se, por um lado, os incineradores resolvem a questão da falta de espaço (são muito usados na Europa e no Japão), por outro implicam um rol de graves problemas. Durante debate sobre resíduos sólidos realizado em agosto pelo Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), o presidente da Central de Cooperativas de Materiais Recicláveis do Distrito Federal, Ronei Alves, expôs alguns deles: emissões de gases-estufa que atravessam os filtros; geração de cinzas que podem conter partículas perigosas; custo do equipamento em torno de US$ 250 milhões para atender a uma cidade de médio porte; falta de operadores capacitados; necessidade de queima de material com potencial reciclável junto com orgânico para se obter combustão adequada; e descarte dos filtros do incinerador com toda a matéria tóxica neles retida.

A bióloga Maluh Barciotte, especialista em consumo responsável e pesquisadora do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens), da USP, faz uma analogia entre incineradores e medicina curativa. Não é a práxis, mas já é perceptível que a medicina caminha em direção à prevenção de doenças. “Desenvolver e ministrar drogas já não basta”, explica. Quando se trata das epidemias de diabetes tipo 2 e obesidade em crianças, é necessário intervir na qualidade da alimentação. Filtros equivalem a remédios que controlam doenças. “No caso do incinerador, apenas mudará a poluição de um meio para outro, mais precisamente do ar para o solo, no aterro.” Como diria Lavoisier…

sábado, 7 de setembro de 2013

SETE DE SETEMBRO: PORQUE A GLOBO NEWS DOS IRMÃOS MARINHO TENTOU DURANTE PRATICAMENTE TODO DIA CONVOCAR MANIFESTANTES PARA AS RUAS DO BRASIL.

Globo News: convocando manifestantes e
 instigando clima de ódio praticamente 
durante todo o 7 de setembro.

Durante praticamente toda programação do 7 de setembro a Globo News  mostrou manifestações esvaziadas, principalmente no Rio de janeiro. Em alguns momentos era visível apenas a presença de uns “gatos pingados” caminhando bem dispersos, mesmo assim tudo era transmitido ao vivo como que se fosse um protesto com milhares de participantes.

Desde manhã a Globo News literalmente caçou manifestações por todo Brasil na esperança de encontrar uma que pelo menos saísse das dezenas e passasse para centenas de manifestantes. Importante observar que a Band News, o outro canal de informações pago, em nenhum momento transmitiu estas “manifestações” ao vivo por mais de cinco minutos.

Mas porque o desespero da Globo News, dos irmãos Marinho, que é um canal fechado e pago, em conseguir mostrar para sua audiência manifestações com o povo nas ruas?

 Roberto Marinho e seus filhos: nos tempos da Ditadura
Militar e do Governo FHC é que as "coisas iam bem". 
Somente para eles. 

Vamos a resposta.

Pra começo de conversa, a maioria das pessoas que assistem a Globo News são da classe média alta, exatamente o segmento que, hoje, na sua maioria expressa intenção de votos nas pesquisas para Aécio Neves ou José Serra e também em parte até mesmo em Marina Silva.   A imensa maioria dessas pessoas é contra a Presidenta Dilma Roussef e o ex presidente Lula. Importante destacar que nos últimos anos a classe média emergente, a chamada nova classe média também esta tendo acesso a assinatura de televisão a cabo, mas estes não assistem telejornais, preferem entretenimento e se informam mais pela Internet, onde a praia é cada vez mais dos sites e dos blogs.

A Globo News tem uma linha editorial muito bem definida contra o atual governo, nitidamente de oposição. Lá estão todos os dias, a Eliane Tancanhede, o Merval, que foi nomeado juiz do Supremo pelos irmãos Marinho, Miriam Leitão, torcedora fanática da inflação alta e até mesmo o discreto Gerson Camarotti, sempre percorrendo os gabinetes do Congresso Nacional todos dias na procura de “fatos” para transformar em crise.

Como sabemos, existe uma parcela da opinião pública, entre 30% a 35% dos eleitores brasileiros, que ainda podem ser influenciáveis pelos chamados “formadores de opinião” que tem suas conclusões baseadas em informações da Globo e  do Partido da Imprensa Golpista, o PIG, isso ficou claro na eleição presidencial de 2010, quando Serra obteve pouco mais de 32% dos votos no primeiro turno. Para manter essa capacidade de influencia na opinião pública, a Globo dos irmãos Marinho, junto com seus parceiros precisam, mais do que nunca, continuar passando a ideia para suas “plateias” na opinião pública que as coisas não estariam indo bem no Brasil e que por isso mesmo o povo brasileiro estaria indo as ruas para protestar.

Depois das manifestações de junho e julho, quando a Globo ajudou a chamar a classe média para as ruas, pegando carona no movimento por melhorias e contra os aumento no transporte público, o 7 de setembro esta sendo a grande chance para a Globo e o resto do PIG tentarem tirar proveito.

A Globo junto com o Estadão, a Folha, a Veja (Óia lá em Piracicaba) e também a RAC (Correio Popular) aqui em Campinas, dentre outros, são aquilo que podemos muito bem definir como a “imprensa marrom” contemporânea a serviço do projeto entreguista, principalmente do pré-sal, do PSDB e seus aliados. Incluindo ai Marina Silva e seus aliados. Eles precisam criar falsas notícias o tempo todo para mostrar que o Brasil não esta bem, mesmo que isso seja uma mentira, como realmente é.

Concluindo a resposta. Todos dias somos bombardeados pelos irmãos Marinho com um clima de dólar alto, inflação subindo e outras tantas noticias ruins que não existem de fato. As manifestações deste 7 de setembro fazem parte desta estratégia de manipulação.

Mostrar pessoas nas ruas manifestando, mesmo que sejam algumas dezenas é passar para esta classe média alta conservadora a ideia que “luta (deles) continua”, é fazer deles “massa de manobra” formadora de opinião para as candidaturas a presidência entreguistas; Aécio Neves, Serra e Marina Silva.

E o nosso papel?


Resposta simples: desmascarar a Globo e o PIG o tempo todo.


Flávio Luiz Sartori

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

ACUADA, REDE GLOBO DOS IRMÃOS MARINHO TENTA PASSAR A IMAGEM DE DEFENSORA DOS INTERESSES NACIONAIS.


Segundo grande ato contra o monopólio da mídia pela
Rede Globo, na ultima sexta feira, 30/08/2013.


Porque a Rede Globo entrou de corpo e alma nas denuncias de espionagem dos EUA contra o Governo Brasileiro?

Se você esta pensando que a emissora dos irmãos Marinho está fazendo auto crítica e que logo o Ali Kamel vai ser demitido e um conselho editorial representativo da sociedade civil vai ser instalado na Rede Globo e na Globo News, com finalidade de que o jornalismo independente seja instalado, você esta muito enganado.

Nada disso vai acontecer, o que os irmãos Marinho querem mesmo é tentar reverter a queda de credibilidade de todos veículos de comunicação que a família controla, que cada vez é mais rápida diante de um avanço da Internet que não para crescer, principalmente do Google através do poder de informação crescente dos blogs.

Desde que as manifestações de Junho e Julho, que a própria Globo ajudou a massificar quando convocou o setor da sociedade que o Marcos Coimbra muito bem definiu como classe média antipetista para ir ás ruas na esperança de derrubar o Governo Dilma, principalmente depois da denuncia de sonegação fiscal, a palavra de ordem nas ruas se voltou contra a Rede Globo e hoje em qualquer manifestação de rua quando um jornalista da emissora aparece, logo se ouve, “O POVO NÂO È BOBO ABAIXO A REDE GLOBO”.

Acuados, os irmãos Marinho ensaiaram jogar a toalha, quando um deles foi até o ex-presidente Lula propor sua volta com críticas a Presidenta Dilma Roussef.

Diante da impossibilidade de negociar qualquer coisa com Lula, que o visitante Marinho chegou a ter que reconhecer como estadista, não restou aos irmãos Marinho outra alternativa senão a volta às escaramuças e a esculhambação que eles sempre fizeram com quem governa o Brasil desde 2003, o que aliás foi muito bem lembrada pelo próprio Lula e que inclusive ja pôde ser constatado na edição escrita do Globo do ultimo domingo.

O destaque dado pela Rede Globo a partir de uma reportagem no programa Fantástico no último domingo, dando uma importância acima do padrão Globo para a grave denuncia de espionagem dos EUA contra o governo brasileiro, que envolve até espionagem contra a própria Presidenta Dilma Roussef tem o objetivo apenas e tão somente de tentar reforçar uma imagem mais progressista da Globo diante de uma situação que é cada vez mais negativa diante da opinião pública. Até os “coxinhas”, que foram ás ruas contra os partidos políticos vaiam a Globo.

Se as denuncias de espionagem dos EUA são graves, pior ainda foi a parceria da família Marinho com a Ditadura Militar no Brasil, não só pela manipulação da opinião pública na no apoio aos militares, mas também pelo crescimento da fortuna da família devido às benesses conseguidas.

A grave denuncia de sonegação fiscal da Globo feita pelo Blog “O Cafezinho” não pode ficar em branco.
 A democracia brasileira jamais será plena enquanto a família Marinho manter o poder que tem hoje e não será a expiação de culpas passadas com reportagens bombásticas que passam a ideia de defesa dos interesses nacionais que irão impedir a sociedade brasileira de continuar lutando pela democratização da mídia.


Flávio Luiz Sartori