Gabriel Chalita com Fernando Haddad e o Vice Presidente Michel Temer.
Na eleição para Prefeito de São Paulo de 2012 Chalita obteve 13,6%
(833.255 votos) que foram decisivos no segundo turno para
Fernando Haddad vencer o tucano José Serra.
Não é surpresa que o ataque a
Gabriel Chalita na Folha de São Paulo tenha acontecido um dia depois que o
Presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) em visita ao
Ex Presidente Lula e tenha ouvido dele que rejeita totalmente qualquer tipo de ação
contra o Vice Presidente Michel Temer como companheiro de chapa de Dilma Roussef
na eleição presidencial do ano que vem. A declaração de Lula serviu para aparar
de forma definitiva qualquer tipo de aresta que possa ter existido com o PMDB
devido a boatos que davam conta nas ultimas semanas que o PT poderia optar por
compor a chapa presidencial com o PSB.
A união do PMDB com o PT na
eleição para o Governo de São Paulo no ano que vem não é desejada pelo PSDB e
seus aliados, principalmente uma parte da mídia comprometida com os tucanos,
porque representa uma real possibilidade de derrota do PSDB depois de quase
vinte anos de poder, especialmente pelo fato de que o Governo Alkimin atravessa
uma crise de credibilidade que tem no seu fraco desempenho na área de segurança
um dos principais pontos devido ao recente crescimento da criminalidade em São
Paulo.
Como todos nós sabemos a permanência do PSDB por tanto tempo
no poder em São Paulo, de 1995 até hoje em 2013, se deve basicamente ao fato de
que foi articulada uma aliança, ainda no Governo Covas (1995 a 2001), dos
tucanos com os principais grupos empresariais que controlam a mídia no Estado
de São Paulo. O papel da mídia tem sido fundamental na longevidade dos governos
tucanos em São Paulo exatamente porque cabe a esta imprensa o papel mobilizar os
seguimentos da opinião pública conservadores que tem sido a principal
resistência a uma vitória oposicionista nas ultimas disputas pelo Governo de
São Paulo.
Também é importante lembrar que o PMDB, partido que poderia
ser mais uma alternativa no campo oposição em São Paulo, tem sido a principal
vítima dos constantes ataques desta mesma mídia que hoje atacou Gabriel Chalita
ao longo de todos estes quase vintes anos, além de ter ficado dividido em um
processo que impedia que fosse estabelecia uma aliança única do PMDB tanto no
plano federal quanto estadual e, isso só provocou o encolhimento do PMDB em São
Paulo, na contramão em relação à média que o PMDB tem mantido em todo Brasil que
o qualifica como uma das principais forças políticas do Brasil, além de ter se
transformado em um dos principais sustentáculos político do Governo Dilma, em
pé de igualdade com o próprio PT.
Somente depois que a aliança com o PT se tornou uma realidade
oficial em 2010 com a chapa Dilma Roussef / Michel Temer vitoriosa é que o PMDB
de São Paulo pode finalmente ter uma direção estadual afinada com a direção
nacional no sentido de construir uma ação política única. Isso teve e está
tendo reflexos aqui em São Paulo que já puderam ser constatados na ultima
eleição, com destaque para a Prefeitura de São Paulo onde o apoio do PMDB e de
Gabriel Chalita foram decisivos para que Fernando Haddad derrotasse José Serra
no segundo turno da eleição para prefeito no ano passado.
Quando ataca Gabriel Chalita com fatos já requentados há
muito tempo o PSDB mostra suas garras e de que será capaz de tudo para não ser
desalojado do Palácio das Bandeirantes.
Gabriel Chalita precisa ser defendido agora, pois o ataque a
ele foi também ao PMDB de São Paulo.
Foi um ato de desespero que demonstra que o PSDB pode ser
derrotado com ação decisiva do PMDB,
O PMDB pode voltar a ser governo em São Paulo. Sim, nós
podemos.
FLÁVIO LUIZ SARTORI
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