quarta-feira, 26 de outubro de 2011

ANOS 70, SÉCULO PASSADO, BELCHIOR..."MAS TRAGO DE CABEÇA UMA CANÇÃO DO RÁDIO EM QUE UM ANTIGO COMPOSITOR BAIANO ME DIZIA, TUDO É DIVINO, TUDO É MARAVILHOSO"...

Podem curtir, para quem conhece e quem precisa conhecer....



...MAS SEI QUE NADA É DIVINO NADA, NADA É MARAVILHOSO NADA, NADA É SAGRADO NADA, NADA É MISTERIOSO NÃO...


Flávio

domingo, 23 de outubro de 2011

Direto da Carta Capital passando pelo Viomundo: Morte de Kadafi foi queima de arquivo.

Não podia deixar de colocar neste blog esta verdade nua e crua.
Flávio

por Pedro Estevan Serrano
A morte do ditador Muamar Kaddafi põe fim, indiscutivelmente, a um período histórico da nação líbia. A esperança do mundo é que daí nasça um período de paz e democracia para este povo já tão sofrido
Kaddafi é um líder que não deixa saudades. Um terrorista de Estado, exemplo fácil de ser lembrado em sala de aula para ilustrar as formas de se usar o poder para cometer crimes lesa-humanidade.
Entretanto, o grau de civilização de um sociedade é medido pela forma como trata seus culpados. E, convenhamos, a morte de Kaddafi, na forma como ocorreu, em meio a um tratamento indigno, degradante e cruel com o prisioneiro (como registraram as imagens divulgadas) foi o retrato de uma governabilidade global que cada vez mais se aproxima em métodos do mais rasteiro banditismo.
Se as forças internacionais, agindo como força policial e não como Forças Armadas, optaram, corretamente ou não, ao arrepio da soberania do povo líbio, por intervir militarmente no conflito civil daquele país, por evidente haveriam de se responsabilizar pelo tratamento jurídica e humanamente adequado dos prisioneiros que de alguma forma contribuíram para com seu aprisionamento.
Com a sofisticação dos instrumentos tecnológicos que dispõem os serviços de inteligência das nações envolvidas nas operações é difícil acreditar que tudo tenha ocorrido ao mero acaso, como declarou o comandante das tropas insurretas líbias – que aprisionaram Kaddafi. Mais improvável ainda é supor que o descontrole tenha sido tanto ao ponto de o referido comandante presente no local não ter conseguido controlar seus subordinados.
Para convalidar as suspeitas, cito a indesculpável decisão do atual governo líbio de vedar qualquer exumação ou perícia no corpo (decisão mais tarde revista).
Da mesma forma que ocorreu na morte do terrorista Bin Laden, não apenas direitos humanos fundamentais do prisioneiro foram desconsiderados, mas suprimiu-se algo que seria de todo interesse público: o legítimo processo junto ao Tribunal Penal Internacional.
No caso de Kaddafi a situação é mais instigante. Kaddafi foi chefe de Estado por décadas. Durante este período contou com o apoio, suporte ou tolerância de Estados ocidentais às atrocidades que praticou.
Seria de toda importância para a opinião publica global ouvir seus depoimentos na Corte Penal Internacional. As culpas de Kaddafi são conhecidas e evidentes, mas não as de seus parceiros em diferentes momentos históricos. Certamente lideres de países ocidentais de diferentes matizes ideológicas ao menos teriam suas biografias maculadas.
Por conta deste evidente e relevante interesse político em eliminar Kaddafi é que a utilização da expressão “queima de arquivo”, jargão usado para designar o homicídio de testemunha ou comparsa para evitar seu depoimento, me parece adequada ao menos como suspeita a ser verificada com relação à morte do prisioneiro.
Diversos autores contemporâneos já têm apontado como as forças armadas dos Estados nacionais das nações ocidentais, em especial as de primeiro mundo, vêm se transformando paulatinamente, de forças de defesa territorial e da soberania de países em força policial a serviço de uma governabilidade global que tem mais feição Schimittiana que liberal, insubmissa que é a qualquer regra de direito.
Ocorre que nos casos das mortes de Bin Laden e Kaddafi vemos estas forças se degradando até mesmo do já degradado papel de força policial global para adotar atitudes de verdadeiro banditismo, “queimando arquivos” às abertas e sem qualquer contestação dos órgãos da mídia comercial.
Diga-se, estes terroristas mortos não deixam saudades, mas a ausência de seus depoimentos perante uma corte internacional, no devido processo legal, que certamente os condenariam, deixa um vácuo histórico insuscetível de reparação, além da evidente agressão aos direitos fundamentais do homem perpetrada por nações que se dizem civilizadas.
Pedro Estevam Serrano é advogado e professor de Direito Constitucional da PUC de São  Paulo.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

DOOBIE BROTHERS: SEMPRE ETERNOS, PARA QUEM CONHECEU E QUEM PRECISA CONHECER.


Em 1972...


...e em 2010.




Valeu, bom fim de semana.....

Flávio

sábado, 15 de outubro de 2011

QUANDO VOCÊ TEM ALGUM TIPO DE PODER NAS MÃOS E FICA ORDENANDO QUE SUBORDINADOS SEUS PEGUEM UM SIMPLES COPO DE ÁGUA, VOCÊ JÁ PENSOU SE ISTO É CERTO OU NÃO? O PODER ILUDE AS PESSOAS E NA MAIORIA DAS VEZES QUANDO ELAS SE DEFRONTAM COM A REALIDADE JÁ É TARDE.

Imperador Galério Maximiniano:
Aqui se faz aqui se paga?


Os tempos mudaram, mas infelizmente temos no mundo e principalmente no Brasil pessoas que ainda raciocinam pela lógica de um passado não muito distante. A expressiva melhora nas condições de vida de milhões de brasileiros, que saíram da miséria e ascenderam as classes médias está tendo como uma de suas principais conseqüências um crescimento expressivo também no nível de conscientização das pessoas sobre seus direitos e a condição de cidadania, uma imensa maioria já não aceita mais nenhum tipo de humilhação.

Isso é muito importante exatamente porque o Brasil, assim como a maioria do mundo, tem origem histórica em sociedades dominadas por oligarquias oriundas da dominação pela escravidão e a servidão. Mesmo o fim oficial da escravidão no Brasil, no final do século XIX, não representou termino da influencia autoritária dessas oligarquias.

De muitas formas e principalmente ideologicamente, a dominação continua até hoje no dia a dia das pessoas. Um fato simples que elucida isso é a mania que percebemos no cotidiano de pessoas que acumulam algum tipo de poder, mesmo que seja um mínimo, como por exemplo, um simples chefe, de passar a mandar subordinados diretos ou pessoas que eles querem que se subordinem a eles irem fazer coisas para eles, como por exemplo, buscar um copo de água ou atender um telefone, no que se configura como um tipo de dominação que força a submissão pública.

Isso hoje não nada mais é do que um assédio moral. Quem diria que estas formas de dominação tão comuns no passado, hoje, seriam consideradas politicamente incorretas?

Felizmente estamos caminhando para uma situação em que as pessoas, que ainda imaginam que podem submeter outras pessoas através de humilhações públicas estão sendo relegadas a um grupo cada mais ínfimo, que tende a desaparecer no futuro. Temos uma caminhada longa até uma realidade diferente, mas chegaremos lá, graças a Deus.

A poucos dias postei um texto sobre a tirania e a traição neste blog, http://flavioluizsartori.blogspot.com/2011/10/historia-mostra-que-tirania-gera.html, e recebi do blogueiro Paulo Nery, http://articlesfilmesantigosclub.blogspot.com/ , o seguinte comentário:

Sentimentos negativos geram sentimentos negativos. A História comprova não somente este caso, mas vários outros cujo sentimento de posse, de poder, e de vingança herdaram fins indescritíveis para estes homens e mulheres.

Um exemplo bem claro sobre isso, e bem documentado, foram os imperadores romanos que perseguiram os cristãos. Todos eles tiveram fins violentos. O Imperador Galério Maximiniano (Gaius Galerius Valerius Maximianus- Governou de 305 a 311), um dos últimos perseguidores dos cristãos e que derrubou outro perseguidor imperador no Poder, Diocleciano (que era seu sogro), teve uma morte cruenta, não pela mão de inimigos, mas por sua própria ganância e vida desregrada. Morreu de uma doença que foi consumindo seu órgão genital, e foi se espalhando em outros. A fonte que li a respeito não menciona o nome da doença, mas creio eu que poderia se tratar de uma sífilis, mal este que matava muito nos áureos tempos.

Segundo Tito Casini, no livro "Perseguidores e Mártires", o imperador já era um "cadáver vivo e putrefático" do tão mal odor que exilava no palácio, e no fim da vida, ele decretou o fim da perseguição na província balcânica (onde ele imperava) e ainda pediu a benevolência dos cristãos para "rezar por ele". Segundo ainda o autor, isto teria desagradado mais os cristãos do que as perseguições, e quanto ao sofrimento de Galério, sob dores atrozes, nenhum cristão que ele mandou torturar teria gritado tanto quanto ele em seu leito de morte.

Acho que é isso que dizem: aqui se faz, aqui se paga, e infelizmente, apesar de toda evolução no teor científico e tecnológico, o Homem ainda não aprendeu a amar seu semelhante, a se educar, e a respeitar, e todo sentimento de tirania independe de classe social ou escolaridade.

Caros pseudo-s dominadores, guardem bem este relato e todas vezes que tiverem seus ímpetos autoritários, por menores que sejam, lembram-se dele.

Conclusão, por vezes nos iludimos com o poder que nos remete a falsa ilusão de que tudo se pode.  Porem, na realidade, o que devemos refletir é o fato de que se algum tipo de poder vem para nossas mãos, talvez seja para que sejamos testados sobre nosso desempenho. O correto é pensarmos que o destino (Deus) quer saber de nós, dentro do nosso livre arbítrio, se estamos realmente preparados para o poder, para usar ele para o bem.


Flavio Luiz Sartori

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Blondie e Heart Of Glass - APENAS UMA ESTORIA DE UM AMOR BANDIDO...



Como foi cantada no final dos anos 70 do século passado...




e a versão mais recente...




ambas com muita qualidade que o tempo não esconde...


Flavio

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A HISTÓRIA MOSTRA QUE TIRANIA GERA VINGANÇA QUE ACABA SEMPRE EM TRAIÇÃO: COMO UM AMBICIOSO REI BÁRBARO LOMBARDO DO SÉCULO VI, ALBOÍNO, LEVOU A TIRANIA AO EXTREMO E MORREU VÍTIMA DA VINGANÇA DE SUA ESPOSA E COMO ELA VEIO SER TAMBÉM VÍTIMA DE SUA PRÓPRIA TRAIÇÃO.

Desenho que reproduz a morte de Alboíno.

Em 553 DC, dez mil guerreiros bárbaros lombardos a serviço do general Narses do Império Bizantino invadiram o norte da Itália em nome do Imperador Bizantino Justiniano. A violência utilizada pelos lombardos, que incendiavam tudo que encontravam e violentavam todas mulheres, inclusive as que se refugiavam nas igrejas chocou os bizantinos que acabaram por abrir mão da presença deles na tropa invasora. Infelizmente para os italianos em um futuro não muito distante, mesmo tendo ido embora, os lombardos tinham tomado gosto pelas terras luxuriantes da Itália e jamais esqueceriam delas.


Os lombardo foram levados para uma nova terra ao longo do Rio Danúbio no leste europeu, ali logo suas relações com seus vizinhos gépidas (outro povo bárbaro) se deterioraram, nesse cenário se destaca um rei guerreiro, Alboíno, que prepara os lombardos para a guerra. 


Em 562 com a invasão de outro povo bárbaro, vindo do leste, os ávaros, Alboino aproveita a oportunidade para buscar uma aliança com eles para atacar os gépidas. O que acontece em 567, quando os gépidas são facilmente derrotados pelo lombardo Alboino. O rei gépida Cunimundo foi derrotado e assassinado, sua cabeça foi cortada e o crânio transformado em uma taça para Alboíno, isso era uma prática comum entre os bárbaros na época. Alboino fez mais ainda, se casou com Rosamunda, filha de Cunimundo.


Em 568 os lombardos que não tinham esquecido a Itália invadiram a península pelo norte,  o que fizeram com a ajuda de outros povos bárbaros. Quando os lombardos chegam as planices do norte da Itália encontram uma realidade de situação de devastação pelas guerras e epidemias. Em 573 os lombardos tomam a cidade de Pávia e lá instalam sua capital, de onde Alboíno passa a reinar. 


O Papa João implorou a proteção do Império Bizantino que não pôde fazer nada militarmente, mas os bizantinos não tinham desistido, planejaram derrotar Alboino com traições e intrigas e o instrumento para derrotar Aboíno estava em sua própria corte, a Rainha Rosamunda.


Em um banquete na corte de Alboino, o rei lombardo obrigou Rosamunda a beber vinho na taça feita com o crânio do pai dela, Cunimundo. Depois de cinco anos de humilhação Rosamunda ansiava por vingança, para  isso convenceu seu amante Helênicus a ajuda-la. Rosamunda amarrou a espada de Alboíno de forma que ele não pode usar a arma e quando Helênicos chegou ficou fácil para ele assassinar o rei lombardo. Anos tinham se passado mas Rosamunda conseguiu fazer um "belo trabalho". Como os seguidores de Alboíno demoraram horas para descobrir o crime, Rosamunda e seu amante puderam fugir tranquilamente e ainda levaram parte da fortuna de Alboíno. 


Em seguida Rosamunda fugiu com Helenicus para Ravena e foi recebida pelo Governador Bizantino Longino, nesse contesto Rosamunda tinha se transformado em uma peça chave, principalmente porque trouxe com ela parte da fortuna dos lombardos. 


Com a intenção de fortalecer o Império Bizantino na Itália Longino propõe se casar com Rosamunda, mas tinha uma pedra no caminho o amante Helênicus que não tinha mais utilidade para a rainha. Dessa forma ela, ansiosa para agradar Longino preparou o envenenamento de seu amante, aliás, o envenenamento ja foi  uma forma de vingar e matar muito comum, utilizada muito pelas mulheres, até mesmo como recurso de defesa e a história mostra isso.


Mas, Helênicus conhecia muito bem Rosamunda, quando ela serviu para ele a bebida com veneno ele a obrigou beber a mesma bebida e depois ele mesmo bebeu o veneno e os dois amantes assassinos morreram juntos.  


Dessa forma a rainha ultrajada que foi forçada a sobreviver em meio a violência de um reino bárbaro se transformou em uma mulher fria e também assassina e o amante oportunista também se transformou de vingador em assassino da mesma pessoa que ele ajudou a fazer uma vingança.


Mesmo hoje todo cuidado é pouco, o correto mesmo é não ter inimigos potenciais em nenhum lugar, o perdão é sempre a nossa melhor virtude.


DIRETO DO CANAL HISTORY, 82 NA NET.


Flávio