sábado, 24 de setembro de 2011

SOMOS TODOS PASSAGEIROS...DO PLANETA TERRA...




Eu sou o passageiro
Eu passeio e eu passeio
Eu passeio pelas traseiras da cidade
Vejo as estrelas saírem à noite
Sim, o brilhoso e oco céu
Você sabe, parece tão bom essa noite

Eu sou o passageiro
Permaneço sobre o vidro
Eu olho através da minha janela tão clara
Eu vejo as estrelas sairem à noite
Eu vejo o brilhoso e oco céu
Por cima da traseira rasgada da cidade
E tudo parece tão bom esta noite

Cantando la-la-la-la
la-la-la-la
la-la-la-la
la-la-la-la
la-la-la-la
la-la-la-la
la-la

Entra no carro
Seremos o passageiro
Passearemos pela cidade à noite
Passearemos pela traseira rasgada da cidade
Veremos a brilhosa e oca lua
Veremos as estrelas que brilham tão claras
Estrelas feitas para nós essa noite

Ô, o passageiro
Como, como ele passeia
Ô, o passageiro
Ele passeia e passeia
Ele olha através da sua janela
O que ele vê
Ele vê a placa e o oco céu
Ele vê as estrelas saírem à noite
Ele vê as traseiras rasgadas da cidade
Ele vê a estrada encaracolada em frente ao mar
E tudo foi feito pra você e eu
Todo ele foi feito pra você e eu
Pois todo ele pertence a você e eu
Portanto vamos passear e ver o que é meu

Cantando la-la-la-la
la-la-la-la
la-la-la-la
la-la-la-la
la-la-la-la
la-la-la-la
la-la

Ô, o passageiro
Ele passeia e passeia
Ele vê as coisas por detrás do vidro
Ele vê as coisas da sua janela
Ele vê as coisas que ele sabe que são suas
Ele vê o brilhoso e oco céu
Ele vê a cidade dormindo à noite
Ele vê as estrelas saírem à noite
E é tudo para você e eu
E é tudo para você e eu
Portanto vamos passear e passear e passear

Cantando la-la-la-la
la-la-la-la
la-la-la-la
la-la-la-la
la-la-la-la
la-la-la-la
la-la


ATÉ A PRÓXIMA PARADA

Flávio

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

AINDA É POSSÍVEL FAZER JORNALISMO COM INTEGRIDADE MESMO TRABALHANDO PARA A GLOBO.

É o que provou Caco Barcelos no último dia 20/09/2011 em participação na Globo News que a Globo esta tentando esconder.


Direto do Conversa Afiada.


Não poderia deixar de abordar um belo momento do jornalismo brasileiro, a prova definitiva de que não se pode discriminar profissionais que, até por falta de opção, trabalham para o oligopólio pretensamente imperial e antidemocrático que domina a comunicação no Brasil.

Na terça-feira (20), por volta das 19 horas, foi ao ar o programa da emissora a cabo Globo News, o “Em Pauta”, apresentado pelo jornalista Sergio Aguiar, que entrevistou o jornalista Caco Barcelos e teve a participação virtual da jornalista Eliane Cantanhêde.

O começo da entrevista deixa bastante claro que Barcelos, um repórter renomado e corajoso, não seria presa fácil para a manipulação de seus empregadores. Reproduzo, a seguir, esse diálogo entre entrevistador e entrevistado.

Sergio Aguiar — Vamos explorar esse seu lado repórter, primeiro: como é que estava a manifestação, lá?

Caco Barcelos — Três mil pessoas me parecem uma forte manifestação “virtual”; o Facebook fala mais de 30 mil pessoas. Na rua, na praça, pouco. Por volta de três mil…

Aguiar — Foi mais “devagar” do que se esperava, então?

(…)

Barcelos — É interessante, não é, o pessoal com vassoura? Eu lembro do tempo do Jânio Quadros. O pessoal usava vassoura para “varrer os comunistas”, queriam um regime militar… Não é?

Aguiar — A Vassoura volta, agora, a entrar na moda, será?

Barcelos — Talvez com outra conotação…

(…)

Barcelos — Interessante, também, que ninguém protesta contra os corruptores; só contra os corruptos… (sorriso)

Aguiar — Agora, você acha que essa mobilização menor do que o esperada [sic] é porque o brasileiro está um pouco descrente?

Barcelos — Não sei te dizer…

(…)

—–

A Globo mutilou esse belo momento de coragem de um militante do bom jornalismo, responsável, apartidário, e que, dali em diante, travaria com Eliane Cantanhêde um diálogo que constitui um dos mais completos diagnósticos da crise por que passa a grande imprensa brasileira.

No site do programa “Em Pauta”, a Globo cortou o resto da entrevista, quando Barcelos diz a Cantanhêde tudo o que tem sido dito pelos que militam pela democratização da comunicação no Brasil. Falou sobre os assassinatos de reputação, do “jornalismo declaratório”, que distribui acusações que, posteriormente, não são comprovadas, o que faz com que gente inocente pague.

Cantanhêde ainda tentou argumentar que a denúncia da mídia contra o ex-ministro Antonio Palocci, por exemplo, revelou-se “verdadeira” porque se descobriu que ele tinha um apartamento de 6 milhões de reais e, apesar disso, viveria em um apartamento alugado por uma imobiliária que tentou caracterizar como suspeita, apesar de que tal denúncia jamais se mostrou verdadeira.

Barcelos disse a ela que discorda porque faz jornalismo e não “militância política”. E reiterou que há vários exemplos de casos em que a mídia acusou sem provas e as pessoas acusadas, depois, mostraram-se inocentes.

A censura que a Globo impôs a parte da entrevista insinua que Barcelos pode ter problemas. Não será surpresa se, apesar de seu currículo invejável, vier a se juntar outros que  tiveram que deixar a Globo por discordarem do patrão.

Resta dizer que, apesar de haver quem julgue que essas manifestações “contra a corrupção” não passam de militância política da mídia, como bem definiu Barcelos, ele parece se deixar seduzir pela idéia de que a mídia tentar pôr o povo na rua lembra os idos de 1964…


Não podia deixar passar em branco.


Flávio

terça-feira, 13 de setembro de 2011

domingo, 11 de setembro de 2011

QUEM MATOU O PREFEITO DE CAMPINAS ANTÔNIO DA COSTA SANTOS NO DIA 10 DE SETEMBRO DE 2001? É ISSO QUE A SOCIEDADE QUER SABER A DEZ ANOS.



Já escrevi aqui mesmo neste blog sobre o assassinato do Prefeito Antonio da Costa Santos, http://flavioluizsartori.blogspot.com/2011/05/2001-o-ano-que-so-comecou-acabar-em.html, por isso mesmo acho que não preciso escrever mais nada sobre o prefeito covardemente assassinado no início de seu mandato.

Vamos ao fato concreto e ponto final:

Quem foram os culpados pela morte de Toninho do PT? Quem foram os possíveis mandantes? Porque?

Com a palavra as autoridades: a justiça, a policia, autoridades governamentais, enfim todos envolvidos na investigação deste bárbaro crime.

Por enquanto só me resta fazer coro as palavras dos amigos de Toninho no ato que lembrou dez anos da morte de ex-refeito, ontem, 10 Setembro de 2011:

JUSTIÇA, JUSTIÇA, JUSTIÇA...




Este grito não pode parar.


Flávio

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

PALAVRAS DE JORGE LUIS BORGES: "Tudo está determinado, mas devemos ter a ilusão de que existe o livre arbítrio e que o que acontece na história é conseqüência do que aconteceu antes."



Acontecimentos recentes despertaram em mim uma imensa vontade de ler novamente este maravilhoso texto de Jorge Luis Borges

Jorge Luis Borges: narrativas curtas com mensagens que levam
à profundas interpretações.

ETCÉTERA - UM TEÓLOGO NA MORTE


Os anjos comunicaram-me que, quando faleceu Melanchton, foi-lhe fornecida no outro mundo uma casa ilusoriamente igual à que havia ocupado na terra. (A quase todos recém-vindos à Eternidade sucede o mesmo e por isso acreditam não terem morrido.) Os objetos domésticos eram iguais; a mesa, a escrivaninha com suas gavetas, a biblioteca. Quando Melanchton despertou nesse domicílio, retornou a suas tarefas literárias como se não fosse um cadáver, e escreveu durante alguns dias sobre a justificativa pela fé. Como era seu costume, não disse palavra sobre a caridade. Os anjos notaram essa omissão e mandaram algumas pessoas interrogarem-no. Melanchton declarou: "já demonstrei irrefutavelmente que a alma pode prescindir da caridade e que para ingressar no céu basta ter fé". Essas coisas dizia-lhes com soberba e não sabia que já estava morto e que seu lugar não era o céu. Quando os anjos ouviram esse discurso, abandonaram-no.


Poucas semanas depois, os móveis começaram a afantasmar-se até se tornarem invisíveis, salvo a poltrona, a mesa, as folhas de papel e o tinteiro. Além disso, as paredes do aposento mancharam-se de cal e o assoalho de um verniz amarelo. Sua própria roupa já estava muito mais ordinária. Contudo, ele continuava escrevendo, mas, como persistia na negação da caridade, transladaram-no para uma oficina subterrânea onde havia outros teólogos como ele. Aí esteve alguns dias encarcerado e começou a duvidar de sua tese; permitiram-lhe voltar. Sua roupa era de couro sem curtir, mas tentou imaginar que os fatos anteriores haviam sido mera alucinação e continuou elevando a fé e denegrindo a caridade. Num entardecer sentiu frio. Então percorreu a casa e percebeu que os demais aposentos já não correspondiam aos de sua moradia na terra. Um estava repleto de instrumentos desconhecidos; outro tinha diminuído tanto que era impossível entrar nele; outro não tinha mudado, mas as janelas e portas davam para grandes dunas. O cômodo dos fundos estava cheio de pessoas que o adoravam e que lhe repetiam que nenhum teólogo era tão sapiente como ele. Essa adoração agradou-lhe, mas como algumas dessas pessoas não tinham rosto e outras pareciam mortas, acabou se aborrecendo e desconfiando delas. Então determinou-se escrever um elogio da caridade, mas as páginas escritas hoje apareciam amanhã apagadas. Isso lhe aconteceu porque as compunha sem convicção.


Recebia muitas visitas de gente recém-morta, porém tinha vergonha de se mostrar num alojamento tão sórdido. Para fazê-las crer que estava no céu, combinou com um bruxo do cômodo dos fundos, e este as enganava com simulacros de esplendor e serenidade. Apenas as visitas se retiravam, reapareciam a pobreza e a cal, e às vezes um pouco antes.


As últimas notícias de Melanchton dizem que o mago e um dos homens sem rosto levaram-no até as dunas e que agora é como se fosse criado dos demônios.


(Do livro Arcana Coelestia, de Emanuel Swedenborg.) 

sábado, 3 de setembro de 2011

PORQUE SOU FÃ DE TINA TURNER? ORA, BASTA OUVIR "BETTER BE GOOD TO ME".




Dispensa comentários, só curtir.

Flávio