Hoje à tarde vi Luciano Huck, apenas por alguns minutos, mas tempo bastante para assistir em seu programa a pretensa homenagem do apresentador ao dia treze de maio, data em que em 1988, a Princesa Isabel, regente no trono no lugar de seu pai, o Imperador D. Pedro II, assinou a Lei Áurea, que extinguiu a escravidão no Brasil. Lembrando que esta lei foi aprovada em um parlamento depois de exaltados debates, aliás, nada diferente de outras leis polêmicas que passaram pelo parlamento brasileiro, como por exemplo, a Lei do Desquite de 1977, que provocou intensos debates à nível nacional.
Engraçado, a maioria da mídia tradicional insiste em falar da libertação dos escravos no Brasil sem colocar os afro descendentes como principais protagonistas do evento, preferem falar da Princesa Isabel como que se ela fosse a única responsável pela libertação dos escravos no Brasil. Esquecem que milhares morreram na servidão no que pode ser considerado um dos grandes genocídios da historia da humanidade, preferem empurrar este detalhe fundamental para debaixo de tapete.
Quando eu era um menino, na escola, em plena ditadura militar, as cartilhas exaltavam as virtudes heróicas da "Redentora Princesa Isabel", incutiam em nós a ideia de que a libertação dos escravos foi um ato heróico de uma só pessoa. Essa ideia mentirosa mascarou durante muitos anos uma verdade que ficou escondida, a de que o Brasil foi construído pelo trabalho de milhares de escravos, primeiro índios, depois afro descendentes trazidos à força da África, onde eram aprisionados como animais e perdiam totalmente suas identidades, forçados a mudar de vida para uma realidade verdadeiramente infernal.
No Brasil de hoje soa até, de certa forma, engraçado ver o Luciano Huck homenagear a libertação dos escravos com uma brincadeira que teve apenas a figura da Princesa Isabel no centro das atenções.
Na minha opinião o treze de maio deve ser uma data para reflexão sobre o trabalho escravo no Brasil, que ainda não foi totalmente extinto em nosso pais, lembrando que a região Campinas, na qual eu resido, ocupou no período da escravidão oficial no seu auge no século XIX, o primeiro lugar no trafico de escravos no interior de São Paulo.
Para encerrar e tornar nossa reflexão sobre a escravidão no Brasil um pouco mais realista, um vídeo com as obras dos artistas Debret e Rogentas que apenas retrataram o que viram quando aqui no Brasil estiveram no século XIX.
Boa reflexão.
Flávio Luiz sartori - flavioluiz.sartori@gmail.com
a mídia como dizem "cultura de massa" colocam o que quer e assacinam a nossa cultura... Lamentável!
ResponderExcluirestou te seguindo, se puder retribuir, ficarei grata.
Bjos
Nah Phatcholly
...traigo
ResponderExcluirsangre
de
la
tarde
herida
en
la
mano
y
una
vela
de
mi
corazón
para
invitarte
y
darte
este
alma
que
viene
para
compartir
contigo
tu
bello
blog
con
un
ramillete
de
oro
y
claveles
dentro...
desde mis
HORAS ROTAS
Y AULA DE PAZ
COMPARTIENDO ILUSION
FLAVIO
CON saludos de la luna al
reflejarse en el mar de la
poesía...
ESPERO SEAN DE VUESTRO AGRADO EL POST POETIZADO DE CARROS DE FUEGO, MEMORIAS DE AFRICA , CHAPLIN MONOCULO NOMBRE DE LA ROSA, ALBATROS GLADIATOR, ACEBO CUMBRES BORRASCOSAS, ENEMIGO A LAS PUERTAS, CACHORRO, FANTASMA DE LA OPERA, BLADE RUUNER ,CHOCOLATE Y CREPUSCULO 1 Y2.
José
Ramón...
Curti teu blog. Parabéns!
ResponderExcluirJoão
A princesa foi apenas um simbolismo pois a abolição era um fato inevitável àquela altura.
ResponderExcluirForte abraço
João
Amigo,Alguns persongenes da identidade cultura
ResponderExcluirbrasileira realista teimam em negar a sua verdadeira fase!
Uma pena
MUito interessante seu blog PARabéns
E viva a Cultura de um povo !!
http://manunatureza.blogspot.com/