quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O JOGO DA SUCESSÃO ESTÁ FICANDO CADA VEZ MAIS PESADO E A OPOSIÇÃO E O PIG ESTÃO CADA VEZ MAIS DESESPERADOS, PRINCIPALMENTE A GLOBO

Desculpem se parecer exagero, não quero parecer alarmista mas fiquei muio preocupado com o sintoma de pressão alta do Presidente Lula, 18 por 12.
O jogo político da sucessão deve estar ficando cada vez mais pesado, principalmente nos bastidores. Cadê a pesquisa do Vox Populi? Era para ter sido divulgada na última sexta feira, dia 22, ouvi isso no Jornal da Band dois dias antes do próprio Mitre, depois passou para segunda feira, dia 25 e até agora nada.

E esse ataque do Serra contra o MST em São Paulo aliado ao destaque dado pela Globo?
Isso para mim demonstra que a oposição e o PIG, principalmente a Globo e o Grupo Folha estão perdendo a compostura, o desespero esta batendo na porta, inclusive do Serra.
Vocês se lembram do que ele e o FHC foram capazes em 2002, sempre com a ajuda da Globo, contra a Roseana Sarney e o Ciro Gomes?

Temos que estar preparados e atentos, a oposição brasileira representa uma elite que não é nem um pouquinho diferente da de Honduras e lá foi um laboratório da direita. O que mais tem aqui no Brasil são Micheletes disfarçados de democratas....

Flávio Luiz Sartori

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

DA SECÇÃO NADA CONVENCE MAIS QUE A VERDADE I: COBERTURA DAS CHUVAS EM SÃO PAULO FAZ AUDIÊNCIA DO JORNAL DA RECORD SUBIR

Direto R7:

O Jornal da Record marcou 13 pontos de média na Grande São Paulo na noite desta terça-feira (26). Foi o melhor resultado obtido pelo telejornal desde agosto de 2008. Com uma cobertura completa sobre as chuvas que assolaram a região metropolitana de São Paulo, a atração apresentada por Celso Freitas e Ana Paula Padrão confirmou a segunda posição entre os telejornais mais assistidos do Brasil. Cada ponto no Ibope equivale a 60 mil domicílios na Grande São Paulo.

Veja uma das reportagens sobre a chuva apresentadas no Jornal da Record desta terça no:

http://entretenimento.r7.com/famosos-e-tv/noticias/jornal-da-record-tem-a-maior-audiencia-dos-ultimos-dois-anos-20100127.html

Flávio Luiz Sartori

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

A GLOBO E O PIG QUEREM TIRAR A RECORD DO SEGUNDO LUGAR A QUALQUER PREÇO

O PIG não se conforma com a Record em segundo lugar nos números de audiência da TV aberta, para o PIG o SBT precisa recuperar o segundo lugar. Durante anos o SBT se contentou com o segundo lugar, nunca se arriscou em projetos que de fato representassem ameaça para a liderança da Rede Globo, quando a Record começou a crescer e ultrapassou o SBT, a Globo, o proprio SBT e até a Band se sentiram ameaçadas e resolveram se juntar para parar a Record. Mas o crescimento da Record não ameaça só as redes de televisão, representa perigo também para outros membros do PIG, principalmente a Folha e o Estadão, principalmente depois que o R7 entrou na web.

Nas últimas duas semanas, só na Coluna do Flávio Ricco do UOL, seis textos associando a Record a perda de audiência foram publicados, todos eles com o intuito de passar a idéia de que a audiência da Record esta caindo, sem contar os que noticiam que SBT esta tentando fazer alguma coisa para melhorar.

No último domingo, assistindo o Fantástico fiquei impressionado com o espaço dado para uma entrevista da Hebe Camargo depois de sua saída do hospital onde foi operada de um cancer. Antes, durante a semana passada, Hebe deu sua primeira entrevista para Carlos Nascimento, até ai tudo bem, mas um detalhe ficou patente nas duas entrevistas, o fato de que no final delas Hebe anunciou sua volta para breve.
Fica difícil aceitar que a Globo esteja só compadecida com a doença da Hebe, na realidade, a esposição da apresentadora na mídia serve como um reforço de marketing para seu retorno, afinal, pelo que se percebe, Hebe nunca tirou audiência em números significativos da Globo.
Seu retorno, inicialmente, concorreria em números de audiência com a Record diretamente, maior prova disso esta no fato de que ontem, uma segunda feira, o SBT montou uma estratégia a partir das 21 horas com seriados com o intuito de tirar pontos da Record, que fez a leitura e contra atacou com outro seriado e manteve a posiçaõ com o segundo lugar, tudo isso faz parte da briga pela audIência e a segunda feira é sempre um dia decisivo, não atoa, Hebe esta na segunda a anos e todas tentativas de mudanças nunca deram o resultado esperado.

A briga pela audiência continua e novos lances ousados deverão acontecer e como se pode perceber, se o negócio é tirar a Record do segundo lugar, vale tudo, até mesmo dar espaço para a concorrência como fez a Globo no último domingo.

Flávio Luiz Sartori


sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

JORNAL DA NOITE ONTEM NA BAND: PESQUISA VOX POPULI VAI MOSTRAR DILMA EM EMPATE TÉCNICO COM SERRA NO RIO DE JANEIRO

Em sua análise do quadro político no Brasil com ênfase para a eleição presidencial deste ano, aliás, como não podia deixar de ser, o Jornalista Fernando Mitre da Band revelou, aliás, como ja tinha adiantado na edição do Jornal da Noite de Quarta Feira, que o Vox Populi esta terminando a tabulação de mais uma pesquisa eleitoral sobre a corrida presidencial.

De acordo com os primeiros números a que o jornalista teve acesso com exclusividade, a Ministra Dilma Roussef ja estaria empatada tecnicamente com o Governador de São Paulo José Serra no Estado do Rio de Janeiro, Serra estaria em queda no Rio com 26% das intenções de votos estimulados enquanto que Dilma estaria com 25%.
Mitre revelou também que a popularidade do Presidente Lula no Estado do Rio de Janeiro ja teria atingido a marca dos 69% de Ótimo e Bom.

Se esta noticia se confirmar como verdadeira e esta tendência se manifestar em outros estados a pesquisa deverá rvelar que a distância entre Dilma e Serra continua diminuindo, isto como até o próprio Mitre também observou, representa uma péssima notícia para tucanos, demos, demais aliados políticos e o PIG, principalmente a família Marinho das organizações Globo.

Vamos aguardar, de acordo com o jornalista o relatório final da pesquisa deverá ser divulgado na próxima Segunda Feira, dia 25.

Flávio Luiz Sartori - flavioluiz.sartori@gmail.com

NOTÍCIA NO UOL: CRÍTICA DE UM SETOR DA CNBB DE SÃO PAULO AO GOVERNO LULA NÃO REPRESENTA O PENSAMENTO DA MAIORIA DOS CATÓLICOS BRASILEIROS

A Igreja Católica com o passar dos anos foi cada vez mais se confrontando com um grande dilema; se desde de sua origem quanto instituição ela sempre esteve ao lado de quem detinha o poder, salvo algumas exceções, por outro lado a própria condição de ser a principal representante do cristianismo, uma religião que nasceu da figura de Jesus Cristo, que pregava que seria mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico ir ao reino dos céus sempre a colocou na condição de nunca deixar de olhar pelos pobres, não precisamos forçar muito o raciocínio para para se lembrar de figuras, como por exemplo, São Francisco de Assis, Madre Tereza de Calcutá e Irmã Dulce, esta aqui no Brasil.

Foi exatamente esta contradição que deu origem a movimentos inclusive teológicos, dentre eles o principal, a Teologia da Libertação, que resgatava o figura do Cristo comprometido também com a libertação dos homens de todos os tipos de opressão aqui no nosso plano terrestre.

Porém, isso não impediu que a maioria da cúpula da Igreja Católica continuasse comprometida com várias formas de poder, inclusive alguns opressivos existentes no planeta. Uma dessas formas de comprometimento esta representada na existência de organizações católicas, como por exemplo, a Opus Dei a partir da Europa e a Tradição Família e Propriedade, a TFP, aqui no Brasil. Todas elas comprometidas historicamente com movimentos políticos de direita, como por exemplo, o facismo e o franquismo, este na Espanha.

Creio que em um regime democrático todas as organizações e instituições tem o direito de defender suas idéias e acredito que quando assumem essa postura ao divulgar um panfleto, aliás como fez Comissão Regional em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), que associa a figura do Presidente Lula a de Herodes, que ordenou o extermínio de todas as crianças menores de dois anos em Belém, na Judeia, para não perder seu trono àquele anunciado como o recém-nascido rei dos judeus, em uma crítica ao Plano de Direitos Humanos, em especifico a questão do aborto, um setor da Igreja Católica esta sim inserindo politicamente no processo do debate e dessa forma também esta se colocando na condição de ser contestado, inclusive ideologicamente, sempre de acordo com as leis da democracia e da pluralidade laica vigentes na legalidade brasileira.

Na minha opinião, a Igreja Católica continua sendo uma instituição que convive com suas profundas contradições e o pensamento dos signatários do panfleto não reflete o pensamento de todos católicos do Brasil, cerca de 65% da população brasileira, cuja maioria certamente esta entre os 80% de eleitores cidadãos que aprovam o Governo Lula.

Flávio Luiz Sartori - flavioluiz.sartori@gmail.com

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

PESQUISA SOBRE OS CATADORES RECEBE DESTAQUE NO JORNAL CORREIO POPULAR DE CAMPINAS

Do final de Julho a Setembro de 2009, a Secretaria Municipal de Trabalho e Renda de Campinas, em um uma iniciativa proposta pelo Secretário Sebastião Arcanjo realizou a Pesquisa: PERFIL DAS PESSOAS QUE VIVEM DOS MATERIAIS RECICLÁVEIS COLETADOS NAS RUAS DA CIDADE DE CAMPINAS.


A pesquisa teve seu planejamento e relatório final coordenados por mim Flávio Luiz Sartori, titular deste blog.


Também participou do processo de coordenação e planejamento da pesquisa Eliete Aparecida Bueno Sampaio, Assistente Social formada pela UNESP de Franca, especializada em vilência doméstica.


Abaixo a reportagem sobre a pesquisa publicada no Correio Popular de hoje, dia 18 de Janeiro de 2010:


Caderno Cidades: Coleta informal sustenta mil famílias.
Pesquisa feita pela Prefeitura de Campinas indica que maioria dos catadores ganha até R$ 350

Rogério VerzignasseDA AGÊNCIA ANHANGUERA
rogerio@rac.com.br
Eles são vistos em todo canto da cidade. Homens e mulheres de meia idade, puxando carrinhos cheios de lixo reciclável. O desemprego levou para as ruas quase mil campineiros, que sobrevivem basicamente do que coletam nas calçadas. Papel, metal, lixo, plástico. Uma gente que trabalha duro, do nascer ao pôr do sol, arrecadando e vendendo o material (quase sempre a preços irrisórios) em depósitos e ferros-velhos.
Cerca de 54% dos catadores informais ganham, no máximo, R$ 350,00 por mês. Mas é com esse trabalho honesto, embora pessimamente remunerado, que essas pessoas alimentam as crianças e pagam as contas.A maior parte dos catadores tem entre 39 e 60 anos de idade. E quase metade deles mora em Campinas há mais de dez anos. Ou seja, as pessoas fizeram a opção pela coleta do lixo porque foram alijadas do mercado de trabalho. Precisam da atividade para manter a casa. Também é chocante saber que 4,5% dos catadores são pessoas com mais de 70 anos.Estes números são revelados por uma inédita pesquisa de campo, planejada e executada por gente da Secretaria Municipal de Trabalho e Renda. As informações, tabuladas pelos técnicos Flávio Luiz Sartori e Eliete Bueno Sampaio, serão disponibilizadas ao longo da semana no site da Prefeitura (confira nesta página quadro com os resultados mais importes).
Pela primeira vez, Campinas conta com dados sobre o universo informal de catadores. Antes das entrevistas (feitas entre os meses julho e agosto), a pasta tinha só informações sobre a coleta regulamentada: cerca de 350 campineiros vinculados a uma das 15 cooperativas regulares de material reciclável. Entidades que pagam a chefes de família uma renda mensal de R$ 500,00 até o teto de R$ 800,00. São salários de quem contribui com a limpeza urbana e ajuda a aumentar a vida útil dos aterros. Os dados tabulados agora comprovam, no entanto, que a sociedade só tem controle sobre um terço da massa que depende da atividade. Dois terços são informais. Há motivos de sobra para que a Prefeitura modernize o setor e garanta vida digna a milhares de campineiros dependentes do trabalho informal, que objetivamente nem contam contam com benefícios sociais. “À margem da sociedade organizada, estes campineiros não contam com o acesso a serviços públicos essenciais, nem a direitos trabalhistas”, afirma Sebastião Arcanjo, o “Tiãozinho”, titular da pasta responsável pela pesquisa. Com os elementos revelados nos questionários, o secretário pretende colaborar, ao longo de 2010, com a implantação da nova política municipal de reciclagem. Até hoje, exatamente por não ter controle da situação, Campinas acumula resultados inexpressivos no segmento. A coleta de resíduos recicláveis (contando cooperativas, sistema público de coleta e atividade informal) é de 8% do lixo produzido pela cidade a cada dia, algo em torno de 900 toneladas. A cidade perde longe de outros centros urbanos importantes. Em São José dos Campos (SP) e Londrina (PR), por exemplo, a coleta seletiva contempla entre 15 e 25% de tudo que chega aos aterros. “Precisamos aprimorar o setor, incentivar a disposição correta do resíduo reciclável, criar formas eficientes de coleta e destinação do material”, fala Tiãozinho.Medidas As mudanças emergenciais propostas no
Programa Municipal de Economia Solidária incluem o cadastramento dos coletores em cooperativas regulamentadas, que vão produzir mais, contando com equipamentos modernos e mão de obra mais qualificada. Com repasses prometidos pela Política Nacional dos Resíduos Sólidos, Campinas espera investir R$ 15 milhões na ampliação de barrações, compra de máquinas especiais e treinamento de pessoal. Os relatórios sobre as atividades de 15 cooperativas precisam ser analisados e aprovados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Até a conclusão do processo, a Prefeitura pretende ordenar a coleta com a criação de postos fixos de transbordo, por todas as macrozonas da cidade. O cidadão interessado em colaborar vai saber exatamente onde ele pode depositar os resíduos.Mas a política municipal ainda contempla um projeto muito ambicioso: transformar cooperativas em usinas para o processamento completo do material coletado. Ao invés de fornecer matéria-prima para a indústria, o próprio setor vai fabricar, vender, lucrar. "Sem atravessadores, a atividade vai garantir rendimentos maiores" , aposta Tiãozinho.
SAIBA MAIS:
Os dados detalhados da pesquisa devem ser veiculado ao longo da semana no link da Secretaria Municipal de Trabalho e Renda, no site www.campinas.sp.gov.br Tereza, 56 anos, mantém a casa com R$ 250 por mêsCasada e com 2 filhos, ela passa o dia percorrendo ruas de CampinasDona Tereza Silva tem o perfil exato do catador informal de lixo reciclável. Aos 56 anos, casada e mãe de dois filhos ainda solteiros, ela mora em um barraco modesto da Rua Moscou. Pagou R$ 100,00 por um carrinho e anda pela cidade à procura do material.Como suspende a coleta para fazer almoço e lavar a roupa, não consegue ganhar mais de R$ 250,00 mensais. Apesar disso, a renda é muito importante. Como o marido (o pedreiro Aparecido) anda doente e se afastou das obras, o dinheiro ajuda a colocar comida na mesa. Ela gostaria, sim, de ter outra profissão. Diz que se daria bem como diarista. Mas há quatro anos, quando faltou trabalho, ela partiu para a coleta e nunca mais saiu. “Eu ganho pouco, eu sei, mas vivo do trabalho honesto”, diz. Nem sempre, no entanto, a dignidade da atividade é reconhecida pelos campineiros. Que o diga José Lindomar Pereira da Silva, um homem de 38 anos, solteiro, que mora em uma pensão do bairro San Martin. Em 1992, ele abandonou a pequena Canto do Buriti (PI) e partiu para o Estado de São Paulo, onde já moravam seus irmãos. O sonho do rapaz era trabalhar como operário de fábrica. Mas ele apelou para a coleta seletiva quando o dinheiro acabou. “Eu precisava sobreviver. Montei meu carrinho e passei a viver disso. Consigo retirar R$ 30 por dia, entregando o material em um depósito do Jardim Proença. A única coisa ruim é ser humilhado pelos motoristas, que tiram fina do carrinho. Os carrinheiros são motivos de piada”, fala. Para ser respeitado, Lindomar adotou uma estratégia. Faz sempre o mesmo roteiro, e arrecada o material das mesmas casas e estabelecimentos. “Quando as pessoas te conhecem, te tratam melhor”, fala.
Organização A qualidade de vida é muito maior no caso dos catadores que integram cooperativas de reciclagem. Uma das mais tradicionais dela, a Aliança/São Judas Tadeu, foi fundada há 11 anos no distrito sumareense do Matão, e ficou famosa por arrecadar o material descartado por moradores do Cambuí. Antes, os funcionários recolhiam basicamente o que era amontoado em uma praça da Rua Coronel Silva Teles. Hoje, o grupo tem um caminhão para a coleta, que permanece estacionado perto da igreja do bairro. Além disso, a coleta também é feita com carrinhos em condomínios residenciais. Nos galpões do Matão (que tomam 750 metros quadrados), 31 pessoas trabalham. Todo o material recolhido é prensado e embalado para revenda posterior. Filomena de Oliveira, de 50 anos, conta que recebe salário de R$ 500,00 mensais por ali. Viúva, ela precisa do dinheiro para alimentar os filhos. Ela mora no campineiro Residencial Olímpia. Antes, empurrando o carrinho e fazendo coleta informal, ela se cansou de ser humilhada. Era maltratada nas ruas e recebia migalhas pelo material que arrecadava. Ali, trabalhando em lugar organizado, ela se sente respeitada. Conta com a remuneração fixa, contribui com a Previdência Social e pode fazer compras parceladas.Existe até gente jovem envolvida com a atividade. Anderson Macedo, de 27 anos, chegou a concluir o Ensino Médio. Se casou, teve dois filhos, mas nunca pensou em abandonar a cooperativa. Gostaria, sim, de fazer administração. Mas para trabalhar ali mesmo, no escritório. “Quem está aqui, acredita no projeto. Além de colaborar com a preservação ambiental, a cooperativa garante emprego e salário melhor aos trabalhadores”, fala. A Aliança, por sinal, é uma das cooperativas que vão ser modernizadas com recursos do BNDES. O repasse vai permitir a construção de um novo barracão no Jardim Mirassol, às margens da estrada do Jardim Campineiro.
PERFIL DOS CATADORES
Informações tabuladas por entrevistadores da Secretaria Municipal de Trabalho e Renda, com base em pesquisa por amostragem, elaborada a partir de questionários feitos em 18 pontos informais de coleta espalhados pela cidade de Campinas.
56% Dos catadores informais têm entre 39 e 60 anos de idade
4,5% Deles têm mais de 70 anos de idade
9,8% Dos entrevistados nasceram em Campinas
21,8% Nasceram em outros municípios paulistas
45.9% De todos os entrevistados informaram morar em Campinas há mais de dez anos
26,5% Vivem basicamente da atividade há pelo menos oito anos
32,3% Dos entrevistados estudaram só até a antiga 4ª série8,
3% Dos entrevistados disseram ser analfabetos
52,4% Dos catadores informais disseram nunca ter feito um curso profissionalizante
51,1% Optaram pela coleta quando perderam o emprego e não tinham outra forma de sobreviver
49,6% Não vivem sozinhos. Moram com parentes e colaboram com o orçamento doméstico
10,5% Dos catadores ganham, no máximo, R$ 100 mensais
43,6% Recebem entre R$ 101 e R$ 350 mensais
71,4% Dos catadores entrevistados afirmaram que concordariam em participar de cursos de qualificação profissional no setor.


Esta pesquisa deverá ser publicada em capitulos a partir do dia 20 de Janeiro depois de amanhã, obrigado.

Flávio Luiz Sartori. flavioluiz.sartori@gmail.com


sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

HAITI: DEPOIS DAS TRAGÉDIAS SÓ A ESPERANÇA.

COMO EXPRESSAR SENTIMENTOS EM RELAÇÃO AO HAITI E SUA TRAJÉDIA? SÓ COM DOR (INEVITÁVEL), MÚSICA E MUITA ESPERANÇA EM UM FUTURO MELHOR PARA NOSSOS IRMÃOS HAITIANOS...

Em 2000 o texano Win Butler foi para o Canadá, lá encontrou Régine Chassagne numa performance jazzística na Universidade de Concórdia no Verão de 2003. A família de Régine tinha abandonado o Haiti na época da terrível ditadura de François Duvalier, primeiro passaram pelo EUA e depois se estabeleceram no Canadá. inicialmente Butler e Règine formaram uma dupla, depois paulatinamente outros músicos foram sendo incorporados ao grupo até de se tornarem o quinteto Arcade Fire.

Antes de optar pelo som do Árcade Fire com o Haiti como referência, o que não podia deixar de ser devido a origem da banda tentei achar Haiti de Caetano e Gil, mas as versões que estão no Youtube não tem qualidade, então optei por este vídeo do Árcade Fire para expressar um sentimento de dor e também de esperança no futuro dos haitianos.

A dor é uma constante na vida dos haitianos?

Pela letra da música Haiti da banda canadense sim, mas ela também pode ser lida como uma forma de desabafo:

Haiti - Letra traduzida

Haiti, país meu.
Mãe ferida que eu nunca verei.
Minha família me libertou.
Atire minhas cinzas ao mar.

Meus primos que nunca nasceram assombram as noites de Duvalier.
Nada para nossos espíritos.
Armas não pueden matar o que soldados não conseguem ver.

Estamos escondidos na floresta.
Covas sem identificação onde flores nascem.
Escute os soldados berrando.
Para o rio nós iremos.

Todos os natimortos formam um exército.
Em breve nós vamos recuperar a Terra.
Todas as lágrimas e corpos
acarretam nosso renascimento.

Haiti, nunca livre, não tenha medo de soar o sino.
Suas crianças se foram.
Naqueles dias o sangue delas ainda estava quente.

Depois dessa reveladora poesia ouçam esta bela canção e prestem atenção no vídeo:


O vídeo revela o sorriso dos haitianos, mesmo na visível pobreza e injustiça imposta a eles por seguidos governos infames. Os haitianos sorriem a passam para nós um otimismo só visto aqui no Brasil, mesmo nos nossos piores momentos.

Então, não resta outra alternativa senão acreditar no futuro do Haiti e dizer com toda franqueza: Os haitianos só podem ser irmão dos brasileiros.

Flávio Luiz Sartori - flavioluiz.sartori@gmail.com

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

CHILE: PESQUISA REVELA EMPATE TÉCNICO ENTRE OS CANDIDATOS A PRESIDÊNCIA


Piñera e Frei no último debate: Pesquisa foi realizada antes do debate.

A direita brasileira, digo a oposição e o PIG, aguardam com ansiedade o resultado da eleição presidencial do Chile no próximo domingo, dia 17 apostando suas fichas na vitória do candidato de direita Sebastián Piñera que venceu o primeiro turno das eleições chilenas no último dia 13 de Dezembro de 2009.

Na realidade, tanto para oposição quanto para o PIG, criar fatos políticos contra o Governo Lula esta ficando cada vez mais difícil, não que faltem fatos, o que falta mesmo é credibilidade nos fatos criados pela oposição com ajuda do PIG diante da opinião pública brasileira nos últimos meses e a vitória de um candidato oposicionista de direita no Chile daria fôlego ao argumento de que presidentes populares, como por exemplo, Lula no Brasil e Michelle Bachelet no Chile que tem mais de 70% de aprovação popular, não teriam condições de transferir todo o prestígio que tem para candidatos apoiados por eles.

É fundamental lembrar que a direita ideológica no Chile tem um histórico de apoio popular muito maior que no Brasil, mesmo com as vitórias da articulação de centro esquerda que governa o Chile desde o fim da ditadura Pinochet, a direita chilena sempre se manteve forte.

Porém, não se deve desprezar a realidade de que as forças políticas de centro esquerda chilenas possuem um histórico de apoio popular muito forte, o que é comprovado pelo fato de que governam o Chile desde a redemocratização do país em 1989. Imaginar que o fato de Piñera ter conseguido 44% de votos no primeiro turno contra 29,6% de Eduardo Frei, candidato governista, enquanto que candidato independente Marco Enríquez-Ominami ficou na terceira colocação, com 20,1% dos votos e o candidato comunista Jorge Arrate ficou com 6,2%, garantiria uma vitória tranqüila da direita no segundo turno seria uma precipitação.

Pesquisa realizada entre os dias 01 e 09 de Janeiro de 2010 demonstra que o candidato governista Frei cresce de uma forma muito mais rápida e consistente do que o candidato de oposição Piñera. De acordo com a pesquisa realizada pela empresa Equipos Mori, a mesma que acertou que Mojica seria eleito presidente do Uruguai no final de 2009, Piñera tem 40,8% de intenções de voto e Eduardo Frei tem 39,4% de intenções de voto, sendo que a empresa Mori não informou quantos seriam os indecisos e os que estariam pensando em votar em branco ou anular os votos dos 19,2% que não declararam voto em nenhum dos candidatos. A pesquisa mostra que em relação aos votos válidos, Piñera teria 50,9% de intenções de votos e Eduardo Frei 49,1%. Nesse caso a diferença entre os dois candidatos seria de 1,8 pontos configurando um empate técnico entre ambos porque a margem de erro da pesquisa é de 3 pontos, de acordo com a empresa Equipos Mori. Foram entrevistadas 1.200 pessoas.

O fato das noticias sobre a pesquisa, cujas fontes foram, a agência Reuters/La Segunda Online e o jornal la Nacion on line, não terem esclarecido a divisão entre indecisos e intenções de votos em branco e nulos dos 19,2% impede uma estimativa de como poderiam se comportar os chilenos que nas datas das entrevistas da pesquisa responderam ainda estarem indecisos. O resultado da pesquisa demonstra que a maioria dos votos do candidato independente (20,1%) e do candidato comunista (6,2%) migraram para a candidatura de Eduardo Frei.


Mesmo que Piñeda vença, talvez seja por uma diferença ínfima. No entanto, de hoje até domingo, dia 17, a direita chilena e a brasileira junto com o PIG, que estão na torcida por Piñera, não poderão contar vitória, principalmente depois do candidato independente Marco Enríquez-Ominami que vacilava em apoiar Eduardo Freire ter finalmente declarado, hoje, apoio a Freire com fortes críticas a direita chilena.

Flávio Luiz Sartori – flavioluiz.sartori@gmail.com

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

A SURPREENDENTE ENTREVISTA DO PROFESSOR LUIS CARLOS BALTICERO MOLION NO PROGRAMA CANAL LIVRE DA BAND NO ÚLTIMO FIM DE SEMANA

O professor Luis Carlos Balticero Molion, do Instituto de Ciências Atmosféricas da Universidade Federal de Alagoas é um ferrenho crítico da tese de que as emissões de gás carbônico provocadas pelo homem na atmosfera são causadoras do aquecimento global.

Para Molion essa discussão deixou de ser científica a muito tempo para transformar em uma ação política relacionada a economia mundial, na medida em que o argumento de frear o crescimento dos países em desenvolvimento com a justificativa de combater o aquecimento global representa, na realidade, o interesse dos das potencias mundiais.

Longe de querer assumir a imediata defesa da tese do Professor Molion, apesar de seus argumentos serem aparentemente embasados em uma lógica, sua entrevista no Programa Canal Livre do último final de semana, na madrugada de domingo para segunda, não pode ficar no esquecimento. Por isso mesmo indico o acesso ao conteúdo completo da entrevista no seguinte endereço:
http://www.band.com.br/canallivre/videos.asp (somente até o próximo dia 17 de Janeiro, Domingo).

A entrevista esta dividida em seis vídeos, assistir ela é de fundamental importância para que possamos assumir uma postura crítica em relação a realidade que esta presente na mídia atual, principalmente em relação a tese do aquecimento global tão bem defendida no documentário “Uma Verdade Inconveniente” estrelado pelo ex Vice Presidente dos EUA, Al Gore.

Flávio Luiz Sartori - flavioluiz.sartori@gmail.com



segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

DO CLÁSSICO "A HISTÓRIA UNIVERSAL DA INFÂMIA" DE JORGE LUIS BORGES - VII CONTO: O INCIVIL MESTRE-DE-CERIMÔNIAS KOTSUKÉ NO SUKÉ

O infame deste capítulo é o incivil mestre-de-cerimônias Kotsuké no Suké, aziago funcionário que motivou a degradação e morte do senhor da Torre de Ako e não se quis eliminar como um cavaleiro, quando a apropriada vingança o cominou. É homem que merece a gratidão de todos os homens, porque despertou preciosas lealdades e foi a negra e necessária ocasião de uma tarefa imortal. Uma centena de romances, de monografias, de teses doutorais e de óperas comemoram o fato – para não falar nas efusões em porcelana, lápis-lazúli venulado, e em laca. Até o versátil celulóide serve-o, uma vez que a História Doutrinal dos Quarenta e Sete Capitães – tal é seu nome – é a mais repetida inspiração do cinema japonês. A minuciosa glória que essas ardentes atenções afirmam é algo mais que justificável: é imediatamente justa para quem quer que seja.
Sigo o relato de A. B. Mitford, que omite as contínuas distrações que opera a cor local e prefere atender ao movimento do glorioso episódio. Essa boa ausência de "orientalismo" dá margem a se suspeitar de que se trata de uma versão direta do japonês.


O CORDÃO DESATADO

Na desvanecida primavera de 17O2, o ilustre senhor da Torre de Ako teve de receber e hospedar um enviado imperial. Dois mil e trezentos anos de cortesia (alguns mitológicos) haviam complicado angustiosamente o cerimonial da recepção. O enviado representava o imperador, mas à maneira de alusão ou de símbolo: matiz que não era menos improcedente sublinhar do que atenuar. Para impedir os equívocos muito facilmente fatais, um funcionário da corte de Yedo precedia-o, na qualidade de mestre-de-cerimônias. Longe da comodidade cortesã e condenado a uma villégiature montanhesa que lhe deve ter parecido um desterro, Kira Kotsuké no Suké dava sem jeito as instruções. Às vezes, dilatava até a insolência o tom magistral. Seu discípulo, o senhor da Torre, procurava dissimular esse escárnio. Não sabia replicar, a disciplina vedava-lhe toda a violência. Uma manhã, contudo, o cordão do sapato do mestre desatou-se e este lhe pediu que o reatasse. O cavaleiro fê-lo com humildade, porém com indignação interior. O incivil mestre-de-cerimônias disse-lhe que na realidade era incorrigível, e que somente um campônio seria capaz de amarrar um nó tão torpe. O senhor da Torre puxou da espada e deu-lhe um golpe. O outro fugiu, apenas rubricada a fronte por um fio tênue de sangue... Dias depois, proferia sentença o tribunal militar contra o agressor e o condenava ao suicídio. No pátio central da Torre de Alço, elevaram um estrado de feltro vermelho e nele se mostrou o condenado e lhe entregaram um punhal de ouro e pedras, e confessou publicamente sua culpa e se foi despindo até a cintura e abriu o ventre com as duas feridas rituais, e morreu como um samurai, e os espectadores mais afastados não viram sangue porque o feltro era vermelho. Um homem encanecido e cuidadoso decapitou-o com a espada: o conselheiro Kuranosuké, seu padrinho.


O SIMULADOR DA INFÂMIA

A Torre de Takumi no Kami foi confiscada; seus capitães, debandados; sua família, arruinada e obscurecida; seu nome, vinculado à execração. Um rumor quer que, na idêntica noite em que ele se matou, quarenta e sete de seus capitães deliberaram no cume de um monte e planejaram, com toda a precisão, o que se produziu um ano mais tarde. O certo é que devem ter procedido de justificadas demoras e que algum de seus concílios teve lugar, não no cume difícil de uma montanha, mas numa capela em um bosque, medíocre pavilhão de madeira branca, sem outro adorno que a caixa retangular que contém um espelho. Apetecia-lhes a vingança, e a vingança lhes deve ter parecido inalcançável.

Kira Kotsuké no Suké, o odiado mestre-de-cerimônias, havia fortificado sua casa, e uma nuvem de arqueiros e esgrimistas custodiava seu palanquim. Contava com espias incorruptíveis, pontuais e secretos. Mais do que ninguém, zelavam e vigiavam o presumido capitão dos vingadores: Kuranosuké, o conselheiro. Este percebeu-o por acaso e fundou seu projeto vindicativo sobre esse fato.

Mudou-se para Kioto, cidade insuperável em todo o império pela cor de seus outonos. Deixou-se arrebatar pelos lupanares, pelas casas de jogo e pelas tabernas. Apesar de suas cãs, conviveu com rameiras e com poetas, e gente ainda pior. Uma vez expulsaram-no da taberna e amanheceu adormecido no umbral, a cabeça tombada sobre um vômito.

Um homem de Satsuma reconheceu-o e disse, com tristeza e com ira: "Não é este, porventura, aquele conselheiro de Asano Takumi no Kami, que o ajudou a morrer e que, em vez de vingar seu senhor, entrega-se aos deleites e à vergonha? Oh, tu, indigno do nome de Samurai!"

Pisou-lhe o rosto adormecido e cuspiu nele. Quando os espiões denunciaram sua passividade, Kotsuké no Suké sentiu grande alívio.

Os fatos não pararam aí. O conselheiro despediu a esposa e o mais jovem de seus filhos, e comprou uma mulher num lupanar, famosa infâmia que lhe alegrou o coração e relaxou a temerosa prudência do inimigo. Este acabou por dispensar a metade de seus guardas.

Numa das noites atrozes do inverno de 17O3, os quarenta e sete capitães marcaram encontro num desmantelado jardim dos arredores de Yedo, perto da ponte e da fábrica de baralhos. Iam com as bandeiras de seu senhor. Antes de empreenderem o assalto, advertiram os vizinhos de que não se tratava de violação às leis, mas de operação militar de estrita justiça.


A CICATRIZ

Os dois bandos atacaram o palácio de Kira Kotsuké no Suké. O conselheiro comandou o primeiro, que atacou a porta da frente; o segundo, seu filho mais velho, que completaria dezesseis anos nessa noite. A história sabe os diversos momentos desse pesadelo tão lúcido: a descida arriscada e pendular pelas escadas de corda, o tambor do ataque, a precipitação dos defensores, os arqueiros postados na açotéia, o direto destino das flechas aos órgãos vitais do homem, as porcelanas infamadas de sangue, a morte ardente, que depois é glacial; os impudores e desordens da morte. Nove capitães morreram; os defensores não eram menos valentes e não se quiseram render. Pouco depois da meia-noite, toda a resistência cessou.

Kira Kotsuké no Suké, razão ignominiosa dessas lealdades, não aparecia. Procuraram-no por todos os cantos desse inquieto palácio, e já desesperavam de o encontrar quando o conselheiro notou que os lençóis de seu leito estavam ainda mornos. Voltaram a procurar e descobriram uma estreita janela dissimulada por um espelho de bronze. Em baixo, de um pequeno pátio sombrio, olhava-os um homem de branco. Uma tênue espada estava em sua mão direita. Quando desceram, o homem entregou-se sem luta. Raiava-lhe a fronte uma cicatriz: velho desenho do aço de Takumi no Kami.

Então os sangrentos capitães arrojaram-se aos pés do odioso e lhe disseram que eram os oficiais do senhor da Torre, de cuja perdição e fim era culpado, e lhe rogaram que se suicidasse, como o deve fazer um samurai.
Em vão propuseram esse decoro a seu ânimo servil. Era um varão inacessível à honra; de madrugada tiveram de degolá-lo.


O TESTEMUNHO

Já satisfeita sua vingança (mas sem ira, e sem agitação, e sem lástima), os capitães dirigiram-se ao templo que guarda as relíquias de seu senhor.

Em uma caldeira levam a incrível cabeça de Kira Kotsuké no Suké e se revezam para cuidar dela. Atravessam os campos e as províncias, à luz sincera do dia. Os homens os bendizem e choram. O príncipe de Sendai quer hospedá-los, mas respondem que há quase dois anos que os aguarda seu senhor. Chegam ao escuro sepulcro e oferecem a cabeça do inimigo.

A Suprema Corte emite a sentença. É o que esperam: se lhes outorga o privilégio do suicídio. Todos o cumprem, alguns com ardente serenidade, e repousam ao lado de seu senhor. Homens e crianças vêm rezar no sepulcro desses homens tão fiéis.


O HOMEM DE SATSUMA

Entre os peregrinos que acodem, há um rapaz empoeirado e exausto que deve ter vindo de longe. Prosterna-se diante do monumento de Oishi Kuranosuké, o conselheiro, e diz em voz alta: "Eu te vi jogado à porta de um lupanar de Kioto e não pensei que estava premeditando a vingança de teu senhor, e te julguei um soldado sem fé e cuspi em teu rosto. Vim te dar satisfações". Disse isto e cometeu haraquiri.

O prior condoeu-se de sua valentia e lhe deu sepultura no lugar em que os capitães repousam.
Este é o final da história dos quarenta e sete homens leais – salvo que não tem fim, porque os outros homens que não somos leais talvez, mas nunca perderemos de todo a esperança de sê-lo, continuaremos a honrá-los com palavras.


Incrível: Uma visão fantástica sobre a honra em um Japãp que ainda vivia a era feudal na visão de Jorge Luis Borges.

Flavio Luiz Sartori

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

HOMENAGEM A ELVIS PRESLEY QUE FARIA 75 ANOS HOJE: CURTAM A INESQUECÍVEL "AMAZING GRACE".



Demais.....

Valeu. Bom fim de semana.....

Flávio Luiz Sartori

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O PAPEL DA REDE GLOBO NA HISTÓRIA RECENTE DO BRASIL: A VERDADE DOS FATOS

Em determinado momento podem até pensar que exageramos em relação Rede Globo. O que fazemos, na realidade é apenas cumprir o nosso papel de cidadãos, temos que alertar as pessoas que elas estão sendo enganadas e manipuladas a muitos anos, que a Globo esta sim, a serviço de um setor da da classe dominante, que reteve o poder durante séculos no Brasil de diversas formas.

Primeiro foi pela escravidão, depois foi pela manipulação, a começar pela educação oferecida pelo estado brasileiro, principalmente nos séculos XIX e XX, assim puderam manipular a vontade a massa de brasileiros desinformados.

Nesse contesto a Globo foi fundamental para esse setor das classes dominantes, principalmente a partir da segunda metade do século XX. Nas eleições diretas que aconteceram após o fim da ditadura militar, que também se sustentou com ajuda da Globo, a classe dominante que governou o Brasil por séculos, basicamente se manteve no poder com a ajuda da Globo até 2002.
Em relação a manutenção da desigualdade social, a mal que a Globo representou na história recente do Brasil é incontestável.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

PIG ATACA O GOVERNADOR DO RIO SÉRGIO CABRAL ATRAVÉS DO BLOG DO NOBLAT

O PIG ataca os aliados do Governo Lula, no momento alvo é o Governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral.
E como é de costume, o PIG inicia seus ataques pelo blog do Noblat.
Primeiro Cabral foi avisado, foram avisos feitos em tentativas de coopta-lo, aliás, como ja estão tentando fazer com o Ciro Gomes a mêses, através da manipulação de informações, principalmente pela Globo e pelo Noblat.
Quando da votação do Projeto do Pre Sal no Congresso Nacional, por diversas vêzes foram divulgadas notícias de que Cabral estava entrando em atrito com o Governo Lula por que o Estado do Rio de Janeiro estaria sendo prejudicado.
No final, as tentativas de colocar Cabral contra Lula não deram certo e foi feito acordo.

Nos últimos dias, o que observamos é que através do blog do Noblat, os ataques a Sérgio Cabral não param de acontecer, agora pouco Noblat postou texto desdenhando de críticas feitas a ele por quem não concorda com suas posições. Leiam esta parte do texto dele:

"Um secretário de Cabral vai a Angra e constata: a situação é desesperadora.
Pergunto: tornou-se desesperadora da semana passada para cá? Ou sempre foi e aparentemente ninguém se deu conta?
Estão debochando!
As chuvas do fim de ano mataram 7 pessoas numa cidade paulista. Dá para comparar com a tragédia de Angra?
Cabral estava a 57 quilômetros de Angra onde morreram mais de 50 pessoas. Serra, no interior da Bahia a mais de 2 mil quilômetros de distância.
Ninguém morreu quando desabaram as vigas da Rondonel. E o governador visitou o local no mesmo dia. Como visitou no mesmo dia o local onde o Airbus da TAM se espatifou."


O Noblat, se isso não for um ataque a Cabral e uma defesa do Serra, o que é então?????

Flávio Luiz Sartori - flavioluiz.sartori@gmail.com

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

PMDB: ATÉ ONDE O PARTIDO SERIA ÚTIL OU NÃO INDICANDO O VICE NA CHAPA DE DILMA? (UM DEBATE DIFICIL, PORÉM NECESSÁRIO PARA O BRASIL DO FUTURO)

Apesar da importância histórica do PMDB, até mesmo pelo espaço que o partido ocupa atualmente no Governo Lula, como ponto de equilíbrio entre as correntes políticas, tanto à esquerda como à direita no campo ideológico, por ser um partido pretensamente situado no centro, a eleição de 2010 poderia ser um momento de solução alternativa na busca do apoio do eleitorado que vota centro no político ideológico com outras forças políticas com capacidade de se cacifar com o voto popular e ser base de sustentação de um futuro governo Dilma Roussef
Caso isso acontecesse, não significaria que o PMDB deveria ser descartado, o partido é importante na sustentação política atualmente do Governo Lula e tem essa posição porque a conquistou no voto.

O Brasil esta em transformação desde o final do século passado, em um processo que se acentuou depois de 2002 quando as oligarquias que sempre governaram o Brasil foram colocadas fora do centro do poder.
O maciço apoio popular desfrutado hoje pelo Presidente Lula, apesar da constante oposição de significativa parte da imprensa brasileira, principalmente a Rede Globo, Folha e Estadão, representa uma postura de apoio as ações de um governante em uma escala inimaginável até para os cientistas políticos na história recente do Brasil. Isso também representa um novo comportamento do eleitorado em uma nova conjuntura onde a perspectiva não é mais a desigualdade social acentuada.
Nesse novo contesto, o eleitor brasileiro poderia ter a oportunidade de eleger um Congresso Nacional com características menos fisiológicas em condições de executar as reformas que a sociedade brasileira tanto necessita, dentre elas principalmente a Reforma Política, que praticamente tem ficado de fora de todas as agendas políticas nos últimos anos pelo simples fato de termos um Congresso Nacional incapaz de legislar contra ele próprio e seus vícios históricos.

O atual espaço político ocupado pelo PMDB ainda é conseqüência de uma realidade que precisa ser substituída pelo simples fato de que ela foi criada tendo como base o fisiologismo político que ainda tem fortes raízes na política brasileira que redunda em um poder político capaz de determinar as minorias e as maiorias no Congresso Nacional e também nas Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais.

Quando o Presidente Lula dá sinais de que pode abrir mão da presença do PMDB como partido que indicará o vice da candidata Dilma Roussef, temos que compreender que ele mais do que qualquer um de nós sabe o quanto é difícil negociar com forças políticas cujo poder é oriundo do fisiologismo e que a democracia brasileira precisa criar mecanismo que aperfeiçoem seu funcionamento com a tão necessária Reforma Política.
Se o Presidente emprestar o prestígio de sua figura política e de seu governo a forças políticas que não serão leais a continuidade do projeto político que ele se determinou a construir obviamente que estará dando um tiro no próprio pé.

Essa possibilidade existe e se tornaria real caso o PMDB indicasse, aliás, como já deixou claro desejar, o candidato a Vice Presidente na chapa encabeçada pela Ministra Dilma Roussef, porém se as forças políticas que apoiarão a candidatura Dilma, de comum acordo com Presidente Lula optarem por uma solução diferente, a saída mais lógica seria uma composição com o PSB, com a indicação de Ciro Gomes para vice de Dilma. Seria uma solução ousada e acertada porque abriria espaços para uma chapa com uma definição ideológica do centro para a esquerda com possibilidade de fortalecimento de lideranças políticas realmente comprometidas ideologicamente com o projeto político encabeçado pelo Presidente Lula, cuja continuidade depende da eleição de Dilma Roussef.

Importante lembrar que existem situações nacionais, como por exemplo, na Bahia e no Rio Grande do Sul onde PMDB e PT estarão irremediavelmente em campos opostos.
Haveria o risco do PMDB ir para a oposição ou tentar vôo próprio, conseqüentemente a coligação governista poderia perder tempo precioso na propaganda eleitoral gratuita, principalmente na televisão, mas o governo teria como compensar isso respaldado na aprovação ao Presidente Lula, seria um risco calculado que valeria a pena ser tentado.
O diálogo com o PMDB, caso o partido saísse oficialmente da coligação de apoio a Ministra Dilma Roussef por não indicar o candidato a Vice Presidência, poderia ser retomado depois da eleição e redefinido em novas bases com um novo quadro político resultante da eleição de 2010.

As cartas estão na mesa de Lula, Dilma e seus parceiros políticos.

Se mantiver o PMDB como força de destaque na composição governista terá maior garantia de que será vitorioso e correrá o riso de continuar frágil politicamente no Congresso Nacional dependente de forças fisiológicas.

Se optar por uma solução com o PSB, com Ciro de vice estará buscando o caminho de fortalecer as forças políticas que são aliadas políticas do PT com uma definição ideológica distante do fisiologismo. Será uma ação de riso, porém benéfica para o futuro das instituições políticas do Brasil que também poderá forçar o próprio PMDB a rever seu comportamento político no futuro.

Flávio Luiz Sartori - flavioluiz.sartori@gmail.com

sábado, 2 de janeiro de 2010

OPOSIÇÃO NÃO CONSEGUIU EMPLACAR SUA ESTRATÉGIA EM 2009

Tucanos e Demos sonhavam e ainda sonham com uma chapa com José Serra candidato à presidência e Aécio Neves candidato à vice, calculam que somados os 29,3 milhões de votos de São Paulo com os 14,1 milhões de votos de Minas Gerais, que representam 33,12% do total de eleitores brasileiros, terão a possibilidade de garantir pelo menos a metade desses 43,3 milhões votos, que conseqüentemente somados aos votos que terão nos outros estados da federação representarão uma soma que certamente colocará José Serra em um segundo turno na condição de disputar a eleição presidencial em condição de vencer. Existem análises que consideram a dobrada Serra/Aécio uma chapa invencível, mesmo levando em consideração o apoio do Presidente Lula a chapa governista que será encabeçada pela Ministra Dilma Roussef.

As coisas não são tão simples como imaginam os oposicionistas, nas últimas eleições para presidência, em 2002 e 2006, os resultados demonstram que o eleitorado brasileiro, de uma forma geral tem assumido comportamentos que levam a opções distintas no momento de decidir o voto, em relação a votação para a Presidência, Governos Estaduais, Senado, Deputados Federais e Estaduais.
Se o PSDB e aliados conseguem manter a hegemonia dos votos em São Paulo, o mesmo já não acontece nos outros dois maiores colégios eleitorais do Brasil; Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Mesmo assim, não podemos deixar de levar em consideração que é praticamente impossível que José Serra e seus estrategistas não tenham a leitura de como o eleitorado se comporta, nesse caso, a insistência na possibilidade da dobrada com Aécio se dá em função da busca pelo voto personalizado na figura do governador de Minas, que poderia representar um desequilíbrio na tendência dos resultados observada nas últimas eleições. Seria uma forma de buscar um equilíbrio na disputa visto que a candidatura governista da Ministra Dilma Roussef conta com o apoio muito forte, principalmente do Presidente Lula que chega a 80% do eleitorado brasileiro. Se Aécio fosse presença certa na chapa oposicionista, mesmo que na condição de coadjuvante, imaginam os oposicionistas que a popularidade do Governador mineiro, associada aos 37% de intenções estimuladas de votos que Serra tem em todo Brasil poderia contrabalançar a popularidade do Presidente Lula e a aprovação de seu governo pela maioria dos eleitores brasileiros.

Como vocês podem observar, no raciocínio da oposição, principalmente dos tucanos, a tendência da opinião pública do eleitorado brasileiro se movimenta de forma automática. O que presume que a possibilidade das análises críticas esta presente somente em uma parcela muito pequena da sociedade brasileira, ou seja, os estrategistas da oposição contam com a tão decantada “memória curta” do eleitor brasileiro para tentar confundir a cabeça deles e ganhar a eleição presidencial do ano que vem.

Essa estratégia da oposição pôde ser confirmada na tentativa de forçar a barra no sentido de criar climas de descrédito e enfraquecimento em relação à candidatura apoiada pelo Palácio do Planalto que esta em curso desde a metade de 2009 quando a mídia, digo o PIG, tentou difundir na opinião pública dois factóides:

Descrédito na capacidade do Presidente Lula de transferir seu prestígio para sua candidata Dilma Roussef difundido por ninguém menos que o próprio Montenegro, principal diretor do IBOPE;

Cooptar Ciro Gomes, também bem posicionado nas intenções estimuladas de votos para a Presidência da República, para o campo da oposição ou de uma possível terceira via com o intuito de dividir o bloco governista;

Fatos recentes demonstram que esta estratégia da oposição não obteve o retorno desejado, principalmente pelo núcleo de poder da candidatura José Serra, governador de São Paulo, exatamente porque as coisas não aconteceram como o desejado inicialmente; Aécio Neves não aceita ser candidato a vice de Serra (pelo menos até o momento), pesquisas de opinião pública demonstram que a transferência de votos do Presidente Lula para sua candidata é um fato concreto, podendo já em algumas simulações representar 30% do eleitorado brasileiro de forma espontânea e Ciro Gomes apesar de manter candidatura a presidência, em nenhum momento deu sinais de que sua lealdade ao Presidente Lula foi posta de lado, muito pelo contrário, todas suas ações apontam no sentido de que ela existe e é um fato concreto inabalável.

Flávio Luiz Sartori – flavioluiz.sartori@gmail.com