quarta-feira, 30 de setembro de 2009

DESABAFO: PRECONCEITO NO JORNAL DA GLOBO DE ONTEM, ARNALDO JABOR CHAMOU BOLIVIANOS, EQUATORIANOS E VENEZUELANOS DE CUCARACHAS

Cucarachas são baratas, para saber o que uma barata desperta em um ser humano (ja vi muito homem com medo de barata) basta perguntar para as pessoas, principalmente as mulheres o que elas acham das baratas.
Nos EUA, os preconceituosos demonstravam e ainda demonstram seus sentimentos chamando os migrantes de origem espanhola e tambem portuguesa, como nós brasileiros de "cucarachas", ou seja, aos olhos deles eramos e infelizmente ainda somos para uma significativa parcela dos americanos, tão repugnantes quanto baratas.
No Brasil o termo é lembrado pela obra do Henfil; 'Diário de um cucaracha", onde ele escreve sobre o preconceito dos ianques aos imigrantes do terceiro mundo, e aos brasileiros em particular, relatando inclusive o que sentiu na pele quando passou uma temporado nos EUA nos anos setenta.
Pois é, e não é que o Sr. Arnaldo Jabor, ontem, dia 29 de Setembro ao fazer analise, crônica, ou seja la o que for, à noite no Jornal da Globo, ao encerrar sua fala expondo sua opinião de que os responsáveis pela presença de Zelaya na embaixada do Brasil em Hunduras eram os venezuelanos de Chaves e tambem os equatorianos de Rafael Corrêa e os bolivianos de Evo Morales, se referiu a eles como os cucarachas.
Dizem que um dia um homem sempre revela sua verdadeira personalidade, se eu soubesse quem Arnaldo Jabor realmente era, jamais teria perdido meu tempo lendo suas crônicas durante a campanha pelo impeachement de Collor em 1992.

Flávio Luiz Sartori

DIRETO DO SITE NOBLAT.COM.BR: Para "Time", Brasil é primeiro contrapeso real aos EUA

Da BBC Brasil:

Uma reportagem publicada nesta quarta-feira na edição on-line da revista americana "Time" diz que, ao mediar a crise hondurenha, o Brasil se tornou "o primeiro contrapeso real" à influência americana no hemisfério ocidental.
Considerando que o Brasil foi "trazido" para o coração do imbróglio pelos vizinhos, mais especificamente pela Venezuela do presidente Hugo Chávez, a revista diz que "Brasília se vê no tipo de centro das atenções diplomático do qual no passado procurou se afastar".
Entretanto, diz a "Time", o país "não deveria se surpreender" com o fato de ser chamado a assumir tal responsabilidade.
Para a publicação americana, "nos últimos anos, a potência sul-americana tem sido reconhecida como o primeiro contrapeso real aos EUA no hemisfério ocidental e isto significa, pelo menos para outros países nas Américas, assumir um papel maior e mais pró-ativo em ajudar a resolver distúrbios políticos do Novo Mundo, como Honduras".


Leia mais em Para "Time", Brasil é primeiro contrapeso real aos EUA no Ocidente

Ontem bloguei um texto onde abordei, apesar de por outro enfoque, exatamente o que o Noblat publicou em seu blog hoje.

Flávio Luiz Sartori

terça-feira, 29 de setembro de 2009

BRASIL E EUA: HONDURAS E A ESCOLHA DA CIDADE SEDE DOS JOGOS OLÍMPICOS DE 2016

A crise de Honduras e a escolha da cidade sede dos Jogos Olímpicos de 2016 garantem um pouco de emoção.

Pode não parecer mas nos últimos dias Brasil e EUA andaram se estranhando, a entrada do Rio de Janeiro como muita força na disputa pela vaga de cidade sede dos jogos não permitiu aos americanos nadarem de braçada na disputa como em outras oportunidades, como eles não gostam de perder resolveram dar umas cotoveladas no Brasil.

Mas o que isso pode ter em haver com o caso de Hunduras? Pode ter muito mais do que nós imaginamos. Desde o golpe que tirou Zelaya do poder, se fizermos uma observação mais detalhada facilmente chegaremos a conclusão que os esforços dos EUA contra os golpístas foram meramente símbólicos, nada de pressão na ONU ou na OEA. Sera que se esse golpe tivesse acontecido em um outro lugar do mundo, como por exemplo no Sudoeste Asiático, a contemplação dos americanos teria sido a mesma?

Os golpistas de Honduras sempre se comportaram com muita segurança e inclusive com uma boa dose de arrogância, depois que Zelaya surgiu na embaixado do Brasil passaram por cima dos direitos civis com muita facilidade. Não acredito que se percebessem que os EUA condenariam suas atitudes com veemência, que teriam a coragem que demonstraram até agora.

Primeiro as bases na Colômbia e depois parece que a diplomacia americana quiz testar o poder do Brasil, quiz pagar para ver como o Brasil se comportaria, agora na condição de potência. Se pararmos para pensar um pouco, a cada dia que o golpe em Honduras durava, o Brasil e a America Latina, menos a Colômbia é claro, iam vendo a condição de independêcia que ostentam hoje se diluir. Alguma coisa tinha que ser feita.

O aparecimento de Zelaya na embaixada do Brasil expôs para o mundo uma disputa que estava relegada aos bastidores entre a maioria dos paises da América Latina e EUA, isso explica a furia do representante dos EUA na OEA ontem.

Quanto a disputa pela sede dos jogos, pensem bem, se o Brasil e a América Latina ficam desmoralizados diante do mundo e voltam a ser vistos como um punhado de "Repúblicas de Banana", com a juda dos golpistas de Honduras, como articular o apoio dos outros paises do mundo para ter uma cidade sede de uma olimpíada?

O golpe de Honduras ajuda ou não os EUA e Chicago?

Flávio Luiz Sartori

domingo, 27 de setembro de 2009

PESQUISAS MANIPULADAS AJUDAM A MÍDIA DE OPOSIÇÃO TENTAR DIVIDIR A BASE POLÍTICA DO GOVERNO E CRIAR UM CLIMA DESFAVORAVEL A PRÉ-CANDIDATA DILMA ROUSSEF

Pesquisas manipuladas, redes de televisão, apresentadores, jornalistas, colunistas, sites, blogs, jornais enfim todos intervindo de forma inequívoca em um processo eleitoral que legalmente só terá início na metade do ano que vem, porque?

Simples meus caros internaltas, desde de que ficou claro em 2002 que a oposição seria vitoriosa, as elites que sempre dominaram o cenário político brasileiro, que não são só políticas, mas também e principalmente empresariais com influencia histórica na mídia, aparentemente aceitaram momentaneamente o inevitável porem com a perspectiva de que a situação demoraria só quatro anos, que Lula seria apenas mais um Lech Valessa, que igualmente como na Polônia dos anos oitenta, fatalmente teríamos um desastre e tucanos e seus sócios democratas e demais fisiológicos da política brasileira estariam de volta já em 2006 para salvar o Brasil.

Não foi bem isto que aconteceu na prática, muito pelo contrário, o desastre não veio, Lula foi reeleito em 2006 e hoje ostenta o título de governante mais popular do mundo e tem todas condições básicas e objetivas de eleger o sucessor, ou melhor, sucessora. Talvez com mais tranqüilidade do que foi sua própria reeleição em 2006.
Sua caminhada, no entanto, não tem sido e não será tão fácil, contra ele e segmento políticos que se articulam na sustentação de seu governo estão em permanente articulação as mesmas elites que governaram o Brasil até 2002 e que jamais se conformarão em ter que agüentar mais quatro anos fora do poder.

São setores empresarias e forças políticas que compõem elites que sempre governaram o Brasil e que nunca aceitaram mudanças que representassem distribuição de riqueza que realmente significasse melhor condição de vida para a grande maioria dos brasileiros por puro medo de perder privilégios.
Mesmo já não tendo a força que tinham no passado, quando se articularam para depor o Presidente João Goulart em 1964 e depois quando, após o fim da ditadura militar conseguiram através de planos econômicos com maciço apoio de a mídia influenciar na opinião pública e ter peso nas eleições, principalmente dos anos oitenta e noventa do século passado, elite e segmento político que governaram o Brasil até 2002 continuam ai atuando o tempo todo sem parar, aliás, aqui e também em toda América Latina, ai esta Honduras para comprovar.

Se no passado a mídia de massa com os jornais escritos, depois o rádio e a televisão, conseguiam ter bastante influencia para a partir de uma classe média sempre temerosa em perder privilégios inserir na formação de opinião, hoje, com a democratização da comunicação, principalmente com o Internet e é claro com a melhora das condições de vida e consumo da população, as coisas estão mais difíceis para a mídia que representa os setores conservadores no Brasil.

Mesmo assim a mídia que representa a elite que esteve no poder até 2002 continua atuando e tentando influenciar na política brasileira praticamente que diariamente, são crises e crises que nunca acabam, qualquer fato é uma crise. Recentemente com a aproximação da data final para mudanças partidárias, quando o quadro político das eleições de 2010 começará a ficar definido, foi à vez de um importante braço da mídia tradicional brasileira entrar em ação, estamos falando de institutos e empresas de pesquisas eleitorais.
Com um Presidente da República com mais de 80% de aprovação que já tem uma pré-candidata a sua sucessão, a única saída para a oposição foi enfraquecer e dividir o bloco governista.
Mas antes é fundamental identificar quem são e como está atuando os principais atores no campo da mídia de oposição ao Governo Lula, principalmente a televisão. Estamos falando dos atuaram fortemente nos últimos dias no sentido de criar na opinião pública uma tendência no sentido de que o Presidente Lula não conseguiu e não conseguirá transferir seu imenso capital político para sua pré-candidata e presidência, a ministra Dilma Roussef.

Vamos restringir neste primeiro momento a mídia na televisão que ainda é a principal do Brasil no momento e nesse caso as principais são: as Organizações Globo, a Rede Globo de Televisão e todos os outros órgãos de comunicação da família Marinho, depois, em menor intensidade e Rede Bandeirantes de Televisão e até mesmo o SBT, estas duas últimas redes de televisão sempre conviveram com a supremacia da Rede Globo sem realmente ameaçar.
Depois que a Rede Record, que não participa da oposição ostensiva ao Governo Lula começou a crescer tomou o segundo lugar do SBT e ficou em condições de ameaçar a hegemonia da Rede Globo, as outras redes acordaram e traçaram suas estratégias de enfrentamento contra a Record, que passou a ser a principal adversária, inclusive com a culpa de que seria ajudada pelo governo.

O furor da Rede Bandeirantes pode ser notado principalmente pelas intervenções de seu apresentador do Jornal da Noite Boris Casoy, criador do bordão “isso é uma vergonha”, que foi o jornalista que mais insistiu, inclusive repetidamente no Jornal da Noite da última sexta feira, 25 de setembro, na tese defendida por Carlos Augusto Montenegro do IBOPE de que o Presidente Lula não conseguirá transferir seu prestígio para sua candidata a presidência. Para quem não sabe o principal item de audiência hoje da Band é a transmissão de jogos de futebol e isso é possível para ela porque atua em sociedade com a Rede Globo na transmissão de partidas de futebol ao vivo em um sistema de monopólio onde a Bandeirantes é apenas a coadjuvante.

No SBT também se percebe a atuação de critica constante ao governo, principalmente por parte do jornalista Carlos Nascimento, um de seus âncoras.

Felizmente, hoje a opinião pública não é mais presa fácil dessas manipulações, a Internet é uma ferramenta fundamental, através dela redes de informação de jornalismo alternativas se articulam em todo Brasil. Em 2006 foi a partir das denuncias do site Conversa Fiada do jornalista Paulo Henrique Amorim é que a farsa montada pela Rede Globo foi desmascarada. Naquele momento a Globo insistiu em exibir os pacotes de notas aprendidas ao invés de destacar a queda de um avião com dezenas de mortos, em uma mentira jornalística contra membros do Governo Lula, que provocou a realização do segundo turno da eleição presidencial. Depois, quando a verdade veio à tona, a opinião pública pode ser esclarecida e dar o troco no segundo turno quando o candidato da oposição Geraldo Alkimin teve menos votos do que obteve no primeiro turno.

Flavio Luiz Sartori – flavioluiz.sartori@gmail.com

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

FIM DE SEMANA E O MOMENTO É DE "CURTIÇÃO" VI

Em uma semana de confrontos entre a verdade e a mentira aqui no Brasil e porque não em Honduras? A lembrança é de um triste passado e a inspiração vem de Chico Buarque e Milton Nascimento em O que será, apenas para parar e refletir.

RELATÓRIO DA PESQUISA CNI/IBOPE DO PRÓPRIO IBOPE TEM COTAS DE ENTREVISTADOS POR REGIÕES DO BRASIL COM NÚMEROS DE ACORDO COM O TSE

A hora reflexão...Nada Convence mais que a verdade

A frase do título deste texto pode parecer que o IBOPE então não é de todo errado, na realidade seus números que estão de acordo com os números das cotas de eleitores por região do Brasil do TSE representam um verdadeiro ato de passar recibo de que as diferenças nas cotas por Escolaridade entre o IBOPE e o TSE estão erradas e por algum motivo muito sério.

De acordo com o IBOPE os números das cotas usadas por região foram os seguintes: Regiões Centro Oeste e Norte 14%, Região Nordeste 27%, Região Sudoeste 44% e Região Sul 15%.

Os números do TSE em relação aos eleitores por região são os seguintes Região Centro Oeste 7,05, Região Norte 7,3%, Região Nordeste 27,05%, Região Sudoeste 43,6% e Região Sul 14,9%. Também fazem parte dos registros do TSE que 0,1% dos eleitores residem do exterior.

Apesar de parecer irrelevante diante dos números do texto editado antes deste, esses números são fundamentais porque mostram que a diferença significativa esta em uma cota, a da escolaridade.
O IBOPE pode até argumentar que a cota de 6,2% do TSE, que representa 124 entrevistados na amostragem de 2.002 seria um universo pequeno que não permitiria uma analise dos votos dos eleitores com Curso Superior, porém não podemos esquecer que a amostragem mínima aceita é de 120 pessoas.
A cota maior de pessoas que chegaram à universidade comprovadamente influencia nos números finais da pesquisa.
Se o caso é fazer uma pesquisa com números seguros e se a cota de 124 não é considerada segura para o IBOPE então porque o IBOPE e o Sensus, que apresentaram amostragens com praticamente o mesmo erro, no momento de apresentarem o orçamento de trabalho deles para a Confederação Nacional das Indústrias, a CNI e a Confederação Nacional dos Transportes, a CNT, não apresentam uma proposta com uma amostragem maior com o dobro dos 2002 entrevistados?

Os problemas são dois; primeiro a aparente falta de compromisso com o resultado e com a possibilidade da opinião pública ter acesso a informações que tornem a interpretação dos números nos detalhes mais fácil, segundo os interesses que estão em jogo na divulgação de uma pesquisa como esta.
Num passado não muito distante, a pouco mais de dez anos, a inexistência de mecanismos de comunicação de massa que permitissem a troca de informações de maneira rápida como é o caso da Internet hoje, não permitia que milhares de pessoas tivessem acesso a uma informação que pudesse ser contestada em menos de 24 horas.

Em 2004 na Espanha logo depois dos atentados de Madrid o Partido Popular, PP, que estava no poder e era favorito nas eleições tentou colocar a culpa pelos atentados nos terroristas do ETA, na medida em que as informações foram esclarecendo que o atentado tinha sido praticado pela Al Qaeda, os eleitores espanhóis foram mudando de opinião e em menos de 48 horas se sentiram esclarecidos e mudaram o voto dando a vitória aos socialistas.

É exatamente o sentimento de contrapor a mentira com a verdade, facilitado nos dias de hoje pela troca rápida de informações que permite as pessoas terem a visão exata da realidade e se posicionarem com racionalidade sobre o assunto. O IBOPE é uma lenda na mídia brasileira, já foi sinônimo que servia para medir se alguma coisa ia bem ou mau, sua palavra já foi considerada a última, no entanto, se ele continuar faltando com a verdade, à realidade que já mudou muito o colocara no ostracismo, não tenham dúvida.

Flávio Luiz Sartori –
flavioluiz.sartori@gmail.com – critiquem, por favor.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

RELATÓRIO DA PESQUISA CNI/IBOPE DO PRÓPRIO IBOPE TEM COTAS DE ENTREVISTADOS COM CURSO SUPERIOR ACIMA DOS NÚMEROS DO IBGE E DO TSE

O IBOPE divulgou relatório com informações sobre as cotas de entrevistados e os números comprovam que na amostragem usada pelo IBOPE nas cotas referentes a escolaridade dos entrevistados existem diferenças muito grandes em relação aos números oficiais do IBGE e do TSE.

De acordo com o TSE a escolaridade do eleitorado brasileiro é de 6,13% de Analfabetos, 56,84% que só chegaram até o Ensino Fundamental, inclusive nas versões antigas, 30,71% que chegaram até o Ensino Médio e 6,20% que chegaram até o Ensino Superior, sendo que 0,12% não responderam a pergunta do TSE sobre escolaridade.

No relatório divulgado pelo IBOPE os números referentes a escolaridade das cotas dos 2.002 eleitores entrevistados na pesquisa são os seguintes: 32% de entrevistados que cursaram somente até a 4ª série, 22% de entrevistados que chegaram até a 8ª série com a soma dos dois ítens representando 54% dos entrevistados que tem escolaridade somente até o nível conhecido hoje como Ensino Fundamental.

Em relação ao Ensino Médio (antigo Segundo Grau) foi adotada uma cota de 33% de entrevistados da amostragem geral de 2.002 pessoas.

Nessas duas cotas as diferenças são pequenas, em torno de no máximo 3 pontos, mas com números apertados, como por exemplo no empate de 14% de Ciro e Dilma em uma das hipótese pesquisadas pelo IBOPE, eles fazem uma boa diferença.

Mas é na cota dos entrevistados por escolaridade com Curso Superior é que esta a diferença que provavelmente permitiu ao IBOPE ter números que certamente definiram a queda de Dilma e as subidas de Ciro e Marina,. De acordo com o relatório do IBOPE a cota de entrevistados com escolaridade a nível universitário na amostragem da pesquisa foi de 13%, enquanto que pelos numeros do TSE eles representam 6,2% dos eleitores brasileiros, ou seja o IBOPE praticamente somou os 6,13% de eleitores Analfabetos que fazem parte dos números do TSE com a cota real do próprio TSE de eleitores com Curso Superior e criou sua própria cota de entrevistados de 13% com Curso Superior.

Essa manobra com os números permitiu que candidatos, como por exemplo, a Senadora Marina Silva, na hipotese 19 na página 97 do relatório, tivessem 14% de intenções de votos entre os entrevistado com Curso Superior, 13% entre os entrevistados com escolaridade a nível de Ensino Fundamental e 8% com escolaridade a nível de Ensino Médio.

Supondo que o IBOPE utilizasse a cota real de entrevistados com Curso Superior do TSE, ao inves de entrevistar 263 pessoas que correspondem aos 13% com curso superior do total de 2.002 entrevistados da amostragem geral da pesquisa , que fizeram parte da amostragem do IBOPE, tivesse entrevistado 124 (6,2%) pessoas, nesse caso as intenções de votos de Marina Silva certamente cairiam praticamente para a metade dos números que ela conseguiu com a cota utilizada pelo IBOPE. Como a candidata Dilma Roussef teve uma intenção de votos de 34% pelos números do IBOPE na cota de entrevistados por escolaridade a nível de Ensino Fundamental e 18% a nível de Ensino Médio, levando em consideração que 6,13% da cota de Analfabetos estão na cota do Ensino Superior nos números do IBOPE, somando a isso o fato de que os Analfabetos fazem parte do contingente de eleitores, apesar de não serem obrigados a votar, o certo seria os Analfabetos não fazerem parte da amostragem ou serem incorporados aos que cursaram até a quarta série. Dessa forma os números certamente seriam maiores para Dilma e ela ao invés dos 14% que teve certamente teria tido de 16% a 17% das intenções de votos na hipótese pesquisada.

No item rejeição também a manobra dos números do IBOPE permitiu que fosse criado os 40% de Dilma Roussef, com a cota de entrevistados com Curso Superior em dobro ficou mais fácil chegar aos 54% de entrevistados com Curso Superior que responderam que não votariam em Dilma Roussef, se a cota fosse dos 6,2% referentes aos números do TSE, certamente que os 54% não existiriam e na média Dilma não chegaria aos 40%. Por outro lado o peso da cota em dobro ajudou a Senadora Marina Silva a ter uma rejeição menor entre os entrevistados com Curso Sperior e a tirar percentuais importantes de Dilma nas cotas por Ensino Fundamental e Médio fazendo a média da ministra subir nos números finais.

Finalmente é importante salientar que a pesquisa não incluiu a intenção de votos espontâneos, apenas na pergunta 17 na pagina 91 do relatório foi feita uma pergunta sem citar o cartão para escolha, mas a pergunta fala em "se os candidatos fossem estes", o que significa que os eleitores leram os nomes dos candidatos de alguma forma, então que espécie de espontaneidade foi essa?

Infelizmente a pesquisa do IBOPE foi uma tentiva de manipular os números e tentar convencer as pessoas, ou melhor influenciar a opinião pública, que o Presidente Lula não conseguirá ter retorno no apoio a um candidato, no caso candidata.

Flavio Luiz Sartori - flavioluiz.sartori@gmail.com

Leiam o relatório do IBOPE no: http://www.ibope.com.br/inteligencia/downloads/2009/09_09_22_cni_ibope_inteligencia.pdf

ANALISE POLITICA DO PORQUE DE ALGUNS NÚMEROS DA PESQUISA CNI/IBOPE

Elementar, como já informamos aqui todos, governo e oposição sabem dos números reais das pesquisas, ou seja, todos já sabiam da queda de Jose Serra, e daí? O que a elite e as forças políticas e empresariais que apostam nele para voltarem ao poder poderiam fazer diante de tal constatação.
No momento, só existe para eles uma única saída até se recomporem, tentar dividir o bloco de apoio ao Governo e nesse caso, em qual a força eles apostariam para tentar essa empreitada?
A Marina e a Heloisa não servem, a primeira, apesar do barulho feito em torno dela, eles sabem é muito frágil, a segunda não pertence ao grupo deles, então tiveram, mesmo que engolindo seco, que optar por Ciro Gomes.
Ciro será em um primeiro momento uma espécie de “boi de piranha” para enfraquecer a Dilma, depois se Serra reagir ou Aécio se viabilizar, Ciro poderá ser descartado novamente, aliás, como foi Roseana Sarney e ele próprio em 2002. Meios para isso não faltarão.
Porém, se forem obrigados a ficar com Ciro, poderão aderir a ele sem que ele perceba possivelmente iludido com a idéia de ser presidente. Amanhã um tucano aqui e acolá, depois uns Democratas de mansinho, os fisiológicos, o PIG e ai terão um Ciro refém das forças conservadoras e ponto final.
Esperamos que Ciro seja inteligente o bastante para não cair nesta armadilha e continue leal ao presidente Lula até mesmo para cumprir a importante missão de ser o primeiro governador realmente trabalhista da historia do Estado de São Paulo.

Para encerrar, a barra forçada em cima dos números pela mídia notadamente contra o
Governo esteve presente nos telejornais de praticamente todas redes de televisão, o destaque foi para os números da rejeição, os 40% que Dilma teria e que já questionamos neste blog. Nenhum destaque para a queda de Serra, para eles isso simplesmente não aconteceu.

De última hora: agora de manhã já foi possível perceber a reação do esquema de Serra no PIG, no UOL deparei com a seguinte manchete: “Aécio tira dinheiro da saúde e da segurança para pagar salários” esta La para que quiser ler, basta acessar http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u627791.shtml, no Jornal Correio Popular aqui em Campinas, que também é do PIG, segunda linha mas é, esta a manchete de primeira página, “Serra pede agilidade para desatar o nó de Viracopos”, esta lá é só acessar http://cpopular.cosmo.com.br/.

Cuidado Ciro, cuidado o PIG, os demos e os tucanos nunca foram e nunca serão seus amigos.

Flavio Luiz Sartori – flavioluiz.sartori@gmail.com – aguardo críticas e sugestões.

COMO A BAND REPERCUTIU A PESQUISA CNI/IBOPE

No Jornal da Band os principais números sobre a avaliação do Governo e a corrida presidencial foram divulgados.
No Jornal da Noite alem dos números divulgados como foram no Jornal da Band também aconteceral algumas analises, nenhum destaque sobre a queda de Serra apesar da mídia que o Paulo Henrique Amorim sabiamente batizou de Partido da Imprensa Golpista, o PIG, não ter atacado o mesmo e seu Governo de forma incisiva como fez contra o Governo e a Dilma recentemente.
Seguindo suas analises, principalmente através de Boris Casoy, o Jornal da Noite quis vender a idéia de que a popularidade de Lula ainda não “grudou” em Dilma e que Lula não logrará o seu intento de ver ela com 25% a 30% de intenções de votos na virada do ano.
Por último informou que o PMDB de São Paulo não aprovava a negociação do PMDB nacional com o PT.


Flavio Luiz Sartori – flavioluiz.sartori@gmail.com – aguardo críticas e sugestões.

COMO A GLOBO REPERCUTIU A PESQUISA CNI /IBOPE

No Jornal Nacional foram divulgados números da pesquisa CNI/IBOPE referentes apenas a avaliação do Governo, nenhuma palavra sobre os números da corrida presidencial.
No Jornal da Globo nenhuma palavra sequer sobre a pesquisa, como se ela não tivesse existido.

Flavio Luiz Sartori – flavioluiz.sartori@gmail.com – aguardo críticas e sugestões.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

LEITURA DA PESQUISA IBOPE/CNI REVELA ELEITORADO DIVIDIDO E TAMBEM POSSÍVEL ESTRATÉGIA DA OPOSIÇÃO DE DIVIDIR O BLOCO GOVERNISTA

RESULTADOS CONTRADITÓRIOS QUESTIONAM A CREDIBILIDADE DA PESQUISA

A pesquisa IBOPE/CNI traz números ainda confusos que revelam um eleitorado dividido em relação a sucessão presidencial. Nesse caso o que deve ser levado em conta mesmo é a altíssima popularidade do Presidente Lula com 80% de aprovação, 69% de Ótimo e Bom e 76% de confiança.

Nos números da pesquisa por intenção de voto estimulada por ficha em forma de pizza, a pesquisa revela como mais importante fato finalmente a admissão da queda de Serra, com 34% de intenções de votos (na última pesquisa do IBOPE ele tinha 38%), depois vem Dilma Roussef empatada com Ciro Gomes com 14%, Heloisa Helena com 8% e Marina Silva com 6%.

Crescimento de Ciro Gomes ajuda a estratégia da oposição, ainda mais com a queda de Serra, de dividir o blogo governista.

Mas é no item rejeição é que a pesquisa apresenta os números mais contraditório, segundo eles Serra é rejeitado por 30%, Ciro por 33%, Marina Silva por 37% e Dilma e Heloisa Helena por 40%.
Na mesma pesquisa quando a pergunta é sobre o fato do candidato(a) ser conhecido ou não, os números são os seguintes: 66% conhecem Serra, 45% Ciro Gomes, 32% Dilma, 30% Heloisa Helena e 18% Marina Silva.
É ai que esta o nó dos números é contraditórios; como 40% podem rejeitar Dilma Rolssef se só 32% responderam que conhecem ela? Como é possivel rejeitar alguém que não se conhece, de onde vieram esses 8 pontos a mais na rejeição de Dilma?

Faltam ainda os números da pesquisa por intenções do votos espontâneas, será por eles é que a verdade começara a ser revelada, quantos votos espontaneos tem hoje na pesquisa IBOPE/CNI o Presidente Lula, por exemplo, e o Serra? E o Ciro? E a Dilma? Quantos votos teriamos na soma dos votos espontaneos do Lula com a Dilma? Tambem faltam números referentas a capacidada de transferencia de votos do inquestionavel popular presidente Lula.

Estou aguardando o relatório final da pesquisa que ainda não apareceu nos sites do IBOPE e da Confederação Nacional das Industrias para analisar os números que faltam, principalmente das estratificações (cotas), com destaque para a escolaridade dos entrevistados.
Aguardem, essa pesquisa vai render outros textos, não tenham dúvidas.
Por favor, retornem e-mails, critiquem.

Flavio Luiz Sartori - flavioluiz.sartori@gmail.com





segunda-feira, 21 de setembro de 2009

FINAL DA NOVELA CAMINHOS DA INDIA MOSTROU COMO A GLOBO PODE SER CONTRADITÓRIA

Enquanto aguardamos a divulgação da pesquisa do IBOPE realizada sob encomenda da CNI , Confederação Nacional das Industrias, vou tentar cumprir minha promessa de analisar a programação da televisão brasileira começando pelo final da novela Caminhos das Índias, que terminou a pouco mais de uma semana.

Acompanho novelas desde os anos setenta quando era um adolescente, lembro de verdadeiras obras primas da televisão brasileira, novelas com audiências acima dos 80%, cito entre elas, principalmente O Bem Amado de Dias Gomes, com Paulo Gracindo no papel de Odorico Paraguaçu e Lima Duarte como Zeca Diabo, também me marcou a novela O Astro de Janete Clair com Francisco Cuoco e Dina Sfat, gosto muito dos textos do Gilberto Braga , difícil esquecer Dancing Days com as impagáveis Sônia Braga e Joana Fonn, não esquecendo jamais de Beatriz Segal em Vale Tudo dentre tantos textos que se eu continuar citando aqui não conseguirei sair do teclado cedo.

Caminhos das Índias seguiu a linha ousada da autora Glória Perez inaugurada com O Clone, com estórias literalmente globalizadas, acontecendo simultaneamente no Brasil e em outras partes do mundo, desta vez o Marrocos de O Clone foi trocado pela Índia, país fascinante de costumes estranhos para nossa cultura de origem ibérica ocidental hoje globalizada, não confundir com vindo da Rede Globo, com influencia principalmente dos EUA.
No decorrer da novela ficou comum observarmos a indignação dos indianos com o modo de vida dos brasileiros alem da resistência da sociedade indiana em relação ao comportamento ocidental, que não podemos esquecer, é fruto do sistema democrático e da plenitude dos direitos dos cidadãos vigentes na maioria dos paises ocidentais.

À parte ao pano de fundo da estória de Caminhos da Índia que se da em meios ao conflito de culturas diferentes obrigadas a se interagir devido ao irreversível processo de globalização por que passa nosso planeta, existiu um roteiro composto por pessoas que praticaram coisas boas e coisas más durante toda a estória, no nosso caso a novela.
Em Caminhos da Índia tivemos personagens que se digladiaram durante toda estória, como Opache, vivido por Toni Ramos e Chancar, vivido por Lima Duarte (olha o Zeca Diabo ai de novo), que travaram um duelo galante durante a novela e no final se descobriram filho e pai.
Outros personagens também demarcaram a estória, mas alguns vilões precisam de destaque porque tiveram um comportamento de prática de maldades que certamente despertaram sentimentos no telespectador de ficar esperando o fim da estória com o objetivo de presenciar a justiça sendo feita, com o vilão, no mínimo indo para a cadeia. Foi o caso da terrível Súria, vivida por Cléo Pires, nora de Opache que inconformada com sua situação na família pelo fato de não ter filho homem passou toda estória usando de todas artimanhas para conquistar a condição de mãe de um filho homem chegando mesmo a falsificar uma gravidez.
E não é que a única punição que a personagem sofreu foi o fato de não ter conseguido o filho homem que ela tanto armou para conseguir.
Suria ficou livre para continuar praticando todos tipos de maldades, frustrou milhões de brasileiros, principalmente brasileiras, que todas noites acompanharam a novela Caminhos da Índia e também antes acompanham o Jornal Nacional implacável com as impunidades que acontecem, principalmente nas altas esferas dos poderes executivos e legislativos, com fatos mostrados como escândalos em crises que se sucedem praticamente que diariamente, sendo que a última e mais emblemática foi a do Senado que transformou o antigo aliado da TV Globo, nos seus tempos de Presidente da República, José Sarney, em mais um desprezível vilão.
Sem levar vem conta o texto da novela, que foi muito bom, o que fica á a prática dos dois pesos duas medidas de uma mesma Rede Globo tão vigilante em seu jornalismo e tão próxima a mesma impunidade que ela condena no desfecho de suas novelas.

Flávio Luiz Sartori –
flavioluiz.sartori@gmail.com

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

TEXTO PUBLICADO NO PAULOHENRIQUEHENRIQUEAMORIM.COM.BR EXPLICA PORQUE MARCOS COIMBRA É MEU GURU

Gostaria de prestar homenagem e demonstrar meu respeito por Marcos Coimbra do Vox Populi, o melhor profissional de pesquisa de opinião do Brasil.

Marcos Coimbra – Sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi

Só Fernando Henrique, em 1997, e Lula, em 2001, lideravam e venceram, o que não aconteceu em 1989, 1994 e 2006, pois o próprio Lula perdia para Serra em novembro de 2005. Ou seja, é uma lei não confirmada pela maioria dos casos. Ou seja, não serve para nada
Há dois tipos de erro nas tentativas de deduzir das pesquisas de agora o que vai acontecer com Dilma: imaginar que ela já ganhou e achar que ela já perdeu. São erros parecidos em mais de um aspecto. O traço comum mais importante é que ambos vêm da interferência das preferências nas análises. Quem deseja que ela perca olha as pesquisas e enxerga a confirmação do que gostaria que acontecesse. Quem torce por ela vê o oposto nos mesmos resultados. O problema é que os números não dizem nem uma coisa, nem outra. Na verdade, dizem muito pouco.
Pode-se fazer malabarismos com eles, como escolher algumas eleições presidenciais passadas para elocubrar sobre o futuro. Por exemplo, para sustentar que quem lidera as pesquisas 12 meses antes de uma eleição termina ganhando — o que condenaria inapelavelmente a candidatura da ministra. Aliás, acabaria com todas as dúvidas, restando ao governador de São Paulo, José Serra, apenas mandar costurar seu terno de posse.
É, no entanto, uma hipótese desprovida de qualquer base teórica, desconhecida nos manuais de ciências sociais e de estudos eleitorais. Nossa já expressiva história eleitoral moderna tampouco a justifica, sendo centenas os casos de candidatos a prefeito e governador que ganhavam nas pesquisas feitas um ano antes e perderam as eleições.
Em três das cinco eleições presidenciais pós-redemocratização, nada de semelhante ocorreu. Só Fernando Henrique, em 1997, e Lula, em 2001, lideravam e venceram, o que não aconteceu em 1989, 1994 e 2006, pois o próprio Lula perdia para Serra em novembro de 2005. Ou seja, é uma lei não confirmada pela maioria dos casos. Ou seja, não serve para nada.
Imaginar o que vai acontecer em outubro de 2010 a partir de simples pesquisas quantitativas de intenção de voto não faz sentido. Mais: revela falta de compreensão sobre como se estrutura o eleitorado brasileiro na atualidade.
O projeto da candidatura Dilma está assentado em dois supostos fortes. De um lado, na constatação de que o maior contingente do eleitorado é, hoje, formado por “lulistas”, pessoas que votaram nele uma, duas, três ou mais vezes, muitas em todas as eleições a que compareceram. Como vimos em 2006, a quase totalidade desses eleitores votou nele e, a crer nas pesquisas, votaria de novo se pudesse. Parece que tendem a votar em quem ele apontar.De outro lado, o projeto apoia-se nos indicadores de aprovação do governo, que sinalizam que a base do lulismo se ampliou e passou a incluir muitos não eleitores de Lula, que o consideram um bom presidente, à frente de políticas e programas que merecem ser preservados. Daí, que podem vir a temer pela sua interrupção e a aumentar a proporção dos que votariam em quem representa a continuidade.
Quem não gosta da candidatura da ministra saudou alguns resultados das últimas pesquisas. Elas registram uma estagnação de seu crescimento, logo vista como sinal de sua inviabilidade. É bom evitar julgamentos apressados, no entanto. Nada há nessas pesquisas que contrarie as premissas da candidatura, que nunca calculou que sempre cresceria. Ao contrário, se elas indicam que maus momentos para o governo (a crise do Senado, por exemplo) têm reflexo negativo, bons momentos (pré-sal, por exemplo) podem ter impacto inverso, vindo a impulsionar as intenções de voto em Dilma.
Mas erra igualmente quem avalia as pesquisas e só vê motivos para acreditar que Dilma já ganhou. Em nossa cultura política, a vasta maioria dos eleitores vota em pessoas, e não em teses. Por mais que gostem de Lula e queiram que várias coisas de seu governo permaneçam, não vão tê-lo na urna. Dilma pode subir e cair pelo mesmo remédio: a “quantidade” de Lula em sua candidatura. Bem dosado, ela cresce. Mal calculado, ela sofre. Só a campanha real vai conseguir encontrar a medida. Daqui a outubro de 2010, há tanta água para correr por baixo da ponte que dá até preguiça ouvir quem acha que sabe tudo.


Sem comentários, o texto diz tudo.

Flávio Luiz Sartori - flavioluiz.sartori@gmail.com

JORNALISTA PAULO HENRIQUE AMORIM ABRE ESPAÇO EM SEU SITE PARA MOSTRAR COMO ALGUNS INSTITUTOS DE PESQUISA MANIPULAM O PLANEJAMENTO DE SUAS AMOSTRAGENS

Muito antes de editar este blog venho denunciando como alguns institutos de pesquisa manipulam os resultados das pesquisas com cotas de entrevistados em maior quantidade onde os candidatos favorecidos pelos interesses que eles representam tem mais intenções votos.

Desde de 13 de Julho quando postei Pesquisa IBOPE para Governo de São Paulo de 03 de Junho de 2009 meu primeiro texto que inaugurou este blog venho demonstrando e comprovando a prática da munipulação.
Depois editei uma série de textos sobre o tema que vale a pena lembrar:

A PESQUISA DE AVALIAÇÃ DO SENADO de 16 de Julho de 2009.

PESQUISAS SOBRE RESTRIÇÃO AOS FRETADOS E AVALIAÇAO DO MANDATO DO PREFEITO GILBERTO KASSAB NA CIDADE DE SÃO PAULO
As diferenças entre as cotas de entrevistados por escolaridade usadas pelo Data Folha e as cotas reais do Tribunal Superior Eleitoral, de 21 de Agosto de 2009.


CONTINUAM OS NUMEROS CONTRADITÓRIOS... de 24 de Agosto de 2009.

EU VOLTEI...DEBATE SOBRE OS MÉTODOS USADOS NO PLANEJAMENTO DAS AMOSTRAGENS DAS PESQUISAS I, de 07 de Setembro de 2009.

ANÁLISE DA PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA NACIONAL PARA A CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO TRANSPOSRTE (CNT) FEITA PELA SENSUS PESQUISA E CONSULTORIA - PARTE I , de 08 de Setembro de 2009.

ANÁLISE DA PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA NACIONAL PARA A CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO TRANSPOSRTE (CNT) FEITA PELA SENSUS PESQUISA E CONSULTORIA - PARTE II , de 09 de setembro de 2009.

SENADO APROVA LEI SOBRE A METODOLOGIA DAS AMOSTRAGENS QUE OBRIGA INSTITUTOS DE PESQUISAS USAREM DADOS ESTATÍSTICOS DO IBGE , de 09 de Setembro de 2009.

DEBATE SOBRE OS MÉTODOS USADOS NO PLANEJAMENTO DAS AMOSTRAGENS DAS PESQUISAS DE OPINIÃO I (AMOSTRAGENS PROBABILÍSTICAS), de 14 de Dezembro de 2009.

Gostaria de agradecer o espaço do site paulohenriqueamorim.com e aguardem estou preparando os textos sobre as amostragens não probabilísticas e por cotas, que fazem parte da sequência sobre o assunto na série que estou editando neste blog.

Flavio Luiz Sartori - flavioluiz.sartori@gmail.com

terça-feira, 15 de setembro de 2009

ESQUECI DE INFORMAR, VEM AI AS ANALISES DE PROGRAMAS DE TELEVISÃO DO BLOG

Com destaque para novelas, e a primeira será sobre o final da novela Caminho das Índias.

IBOPE ESTA EM CAMPO ENTREVISTANDO E LOGO TEREMOS RESULTADOS, OLHO VIVO NAS COTAS DE ENTREVISTADOS, PRINCIPALMENTE POR ESCOLARIDADE.

De acordo com texto de hoje, dia 15 de setembro, publicado no site noblat.com.br com título Ibope, Lula e Dilma vão a campo, como o próprio título anuncia, equipes de pesquisadores do IBOPE estão em campo entrevistando para mais uma pesquisa sobre a sucessão presidencial e obviamente sobre a avaliação do governo.

Nas ultimas pesquisas, principalmente do Data Folha , Instituto Sensus e Vox Populi, os números foram diferentes, nos dois primeiros desfavoráveis para o Governo e no terceiro favorável ao governo.
Infelizmente, o Vox ficou devendo a metodologia da sua pesquisa, o Data Folha e Sensus publicaram. Pelos números das cotas de entrevistados por escolaridade foi possível perceber nos dois relatórios publicados nos sites do Data Folha e do Sensus, que em ambas pesquisas existiram distorções com números maiores de entrevistados com escolaridade a nível universitário acima dos números oficiais do TSE.


Uma informação importante que não divulguei na analise da pesquisa
PESQUISA DO IBOPE REVELA VISÃO DO BRASILEIRO SOBRE A RELAÇÃO DOS GOVERNOS COM A RELIGIÃO do IBOPE foi o fato de que os números dessa pesquisa em relação a escolaridade dos entrevistados também estavam defasados com 13% de entrevistados com escolaridade a nível superior em contradição com os 6,2% oficiais do TSE (a metodologia da pesquisa informa que entrevistou pessoas com idade acima de 16 anos), defasagem para mais que foi pulverizada nas cotas de entrevistados por ensino médio e ensino fundamental (em todos suas versões).

Voltando ao site noblat.com.br, o mesmo insinua que o governo estaria mapeando a entrevista e combinando aparições da Ministra Dilma Roussef nas datas da realização do campo para turbinar seu nome na pesquisa. Tecnicamente acho muito difícil isso acontecer e também dar resultados positivos em todo Brasil e se esta acontecendo então logo Lula vai precisar mesmo de um plano B porque sua candidata não esta com nada.


O certo mesmo é o que sempre afirmamos aqui, todos; governo e oposição, tem as pesquisas com resultados seguros e sabem da realidade. Manipulações podem até acontecer, mas com números dentro das margens de erro.
O blog A Essência Alem da Aparência vai continuar de prontidão, quando os números da pesquisa do IBOPE forem divulgados vamos analisar eles com detalhes nas cotas de entrevistados, principalmente por escolaridade. Também vamos continuar nossa série sobre a metodologia das pesquisas com a analise sobre as pesquisas com amostragens não probabilísticas e as conclusões sobre o assunto. Fiquem atentos.

Flavio Luiz Sartori


segunda-feira, 14 de setembro de 2009

DEBATE SOBRE OS MÉTODOS USADOS NO PLANEJAMENTO DAS AMOSTRAGENS DAS PESQUISAS DE OPINIÃO I (AMOSTRAGENS PROBABILÍSTICAS)

Dando prosseguimento ao texto EU VOLTEI...DEBATE SOBRE OS MÉTODOS USADOS NO PLANEJAMENTO DAS AMOSTRAGENS DAS PESQUISAS I, editado no dia 07 de Setembro de 2009, publico este texto onde pretendo esclarecer, em poucas palavras, como funciona o planejamento de uma amostragem probabilística.

De acordo com F. Mattar na publicação Pesquisa de Marketing de 1996, na amostragem probabilística cada elemento da população tem uma chance conhecida e diferente de zero de ser selecionado para fazer parte de uma amostra em uma pesquisa, ou seja, de ser entrevistado.
Nos textos sobre metodologias em planejamento das pesquisas de opinião, no item amostragens, quando o método usado é o probabilístico, ele pode ser chamado também de randômico simples, com cada indivíduo da população que a amostragem representa tendo a mesma chance de ser entrevistado. Mas neste caso vale uma reflexão sobre certas definições usadas pelos técnicos da área. Afinal o que é randômico?
Resposta: É como se uma informação levantada em uma área pré-determinada com características próprias fosse obtida de forma acidental, ou melhor, ao acaso. Mas como isso é possível?

Vamos tentar explicar de forma didática; no planejamento da pesquisa em uma cidade, como por exemplo, Campinas, a mesma é dividida em áreas onde predominam diferentes classes sociais, sendo que cada área terá o seu peso estatístico de acordo com sua densidade demográfica e suas características, principalmente em relação as classes sociais.
Nesse caso se considera que naquela área a população tem suas próprias características definidas e que por isso mesmo as entrevistas poderão ser realizadas sem se preocupar com a origem de classe social do entrevistado, que é escolhido ao acaso ou de forma sorteada. No município de Campinas, uma cota de entrevistados em uma área onde ficam bairros, como por exemplo, o Cambuí e a Nova Campinas, onde residem uma maioria de pessoas das classes médias A e B terá o peso representativo na amostragem geral probabilística referente ao tamanho da área em questão e as classes sociais da mesma. Por outro lado, as entrevistas realizadas na Região do Campo Grande representarão pessoas das classes C e D dominantes na área, como a área e a densidade demográfica da Região do Campo Grande são maiores que a da região onde ficam os bairros Cambuí e Nova Campinas, obviamente que um número maior de pessoas da Região do Campo Grande serão entrevistadas e o peso delas será maior na amostragem geral da pesquisa.

No entanto, usando o método probabilístico, as entrevistas realizadas nas duas regiões citadas serão feitas ao acaso, de forma acidental ou por sorteios, ou seja, como querem parte dos especialistas e técnicos, aliás, eu sou um deles, de forma randômica. Nesse caso a possibilidade de uma pessoa que mora na região do Campo Grande e trabalha na região do Cambuí e Nova Campinas ser entrevistada como moradora do Cambuí é muito grande, ainda mais levando em consideração o transito diário permanente de pessoas nas idas e vindas para o trabalho em cidades como Campinas.
Essas variações que acontecem dentro de uma amostragem proporcionam várias possibilidades de tendências, é aquilo que os técnicos chamam de viés que na realidade são situações propensas. Mesmo assim nos EUA foram feitos diversos testes comparativos após a realização de pesquisas com amostragens probabilísticas, comparados com resultados de pesquisas por cotas e não probabilísticas (da qual falaremos no próximo texto editado no blog) e também com o resultado final de eleições e as diferenças foram mínimas, abaixo das margens de erro das amostragens.

Conclusão, o uso das amostragens probabilísticas tem a vantagem de ser mais barato que os das não probabilísticas porque demanda menos trabalho, isso significa com um custo menor que permite a realização de pesquisas com amostragens maiores. No entanto, é importante esclarecer que os números nas das pesquisas com amostragens probabilísticas só se aproximam dos acertos no final das campanhas eleitorais, quando a maioria dos eleitores começa a se definir. Antes desse momento, quando faltam, de seis a três meses para o dia da eleição, quando as estratégias de marketing ainda estão sendo planejadas, a existência de diversos vieses (tendências) nos números de uma pesquisa significa que as analises não serão precisas e a possibilidade de erros será maior.




Flávio Luiz Sartori – flavioluiz.sartori@gmail.com

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

COLUNISTA MAURICIO DIAS DE CARTA CAPITAL EXAGERA NA COLUNA "ROSA DOS VENTOS" SOBRE A QUEDA DO PRESIDENTE LULA NAS PESQUISAS

É exagero do colunista Mauricio Dias de Carta Capital afirmar que a popularidade Lula teria caido de 81% para 77% nas pesquisas devido a gripe e que esse fato se deve a crítica das eleitoras mulheres com alta escolaridade, ao combate a gripe pelo governo. É bom lembrar que as empresas de pesquisa costumam manipular as pesquisas exatamente nesta cota de entrevistados com curso superior, confira os dados da analise abaixo:

Estadão usa números errados da pesquisa Sensus para tentar convencer que a popularidade do Presidente caiu entre as pessoas com mais escolarida, no entanto a a nalise dos relatorios da pesquisa demonstra que foram entrevistados mais escolarizados em cotas maiores na pesquisa Sensus.
É exatamente ai que esta o erro desta pesquisa da Sensus, dados do TSE demonstram claramente que a escolaridade do eleitorado brasileiro é 6,13% de analfabetos, 56,84% que só chegaram até o Ensino Fundamental, inclusive nas versões antigas, 30,71% que chegaram até o Ensino Médio e 6,20% que chegaram até o Ensino Superior, sendo que 0,12% não responderam a pergunta do TSE sobre escolaridade.
No relatório da Sensus diponivel para qualquer cidadão brasileiro no site da Confederação Nacional dos Transportes, http://www.cnt.org.br, as cotas de entrevistados por escolaridade na pesquisa de ontem são 60% de com Ensino Médio, incluindo as antigas versões, 29,6% com Ensino Médio e 10,5% com Ensino Superior, os Analfabetos não fizeram parte da amostragem. Falando nos mais escolarizados no ensino Superior, a diferença entre os números do TSE, 6,2% e os números do Sensdus, 10,5%, é 4,3 pontos par a mais, isso é um acréscimo de 72,6% a mais nos números da das cotas de entrevistados por escolaridade. Muda qualquer resultado.

As pessoas precisam entender que pesquisa é sim um trabalho cientifico e que é possivel sim uma pesquisa totalmente correta, as regras são únicas, pesquisadore movidos por "forças ocultas", como crivou Jânio Quadros a quase cinquenta anos é produzem as pesquisas com erros.


Flávio Luiz Sartori

FIM DE SEMANA E O MOMENTO É DE "CURTIÇÃO" V

O horizonte de experimentações de Peter Gabriel não tem limites, aqui ele se aventura nos acordes do forró em Mercy Street, linda canção para reflexões.
No inicio o vídeo é escuro mas observem bem e acompanhem, vale pena.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

SENADO APROVA LEI SOBRE A METODOLOGIA DAS AMOSTRAGENS QUE OBRIGA INSTITUTOS DE PESQUISAS USAREM DADOS ESTATÍSTICOS DO IBGE

Atenção, notícia de última hora:

Senado aprova lei que comprova as denuncias deste blog sobre as amostragens de algumas empresas de pesquisas.

09/09/2009 - 21h24
Institutos de pesquisa terão de usar dados do IBGE, decide SenadoPiero Locatelli
Do UOL Notícias
Em São Paulo
Os senadores aprovaram o projeto que obriga os institutos de pesquisa a usarem os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Pesquisa, Geografia e Estatística) na elaboração de suas pesquisas.

Segundo o texto aprovado, os institutos de pesquisas terão de usar o "plano amostral e ponderação quanto a sexo, idade, grau de instrução e nível econômico" na mesma proporção da população fornecida pelo IBGE em suas estatísticas.

Os institutos não terão mais liberdade para fazer entrevistas de acordo com os parâmetros que desejarem. Os pesquisadores, por exemplo, terão de entrevistar a mesma proporção de mulheres da população total em suas pesquisas -o que não ocorre necessariamente entre o número total de eleitores.

A emenda do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) à reforma eleitoral foi acatada no plenário da Casa na noite desta quarta-feira (9). Ela ainda deve voltar à Câmara dos Deputado, onde pode ser derrubada.

Amanhã, mais analises sobre esta noticia.

Flávio Luiz Sartori



ANÁLISE DA PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA NACIONAL PARA A CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO TRANSPOSRTE (CNT) FEITA PELA SENSUS PESQUISA E CONSULTORIA - PARTE II

Depois que postei o ultimo texto ontem com a analise dos números da pesquisa de Opinião Pública Nacional CNT/Sensus divulgados ontem continuei a leitura da pesquisa com mais calma sobre os resultados da pesquisa e isso me permitiu um olhar crítico sobre os números, bem diferente da mídia contrária ao Presidente Lula.

Apesar da crítica ao método usado na pesquisa para planejar a amostragem, a leitura de alguns números demonstrou uma realidade bem diferente.

Os números em questão e a análise dos mesmos:

De acordo com números da série de pesquisas, iniciada em Fevereiro de 2005, em Setembro de 2009, o Governo Lula tem 65,4% de Ótimo e Bom, em Setembro de 2005, portanto faltando o mesmo um ano que falta hoje para a eleição presidencial, o Governo Lula tinha 38,5% de Ótimo e Bom, em Agosto de 2006, faltando praticamente um mês para eleição, o Ótimo e Bom de Lula era 43,6% e o Presidente foi reeleito e quase ganhou no Primeiro Turno.

Na pesquisa Sensus a aprovação do Governo Lula teria caído 4,7 pontos, de 81,5% para 76,8% de Maio para Setembro, se a margem de erro da pesquisa é de 3 pontos então a queda pode ser de só 1,7%.

Para 36,5% dos pesquisados pelo Sensus a situação em relação ao emprego melhorou, outros 27,8% consideraram que ficou igual e 33,3% afirmaram que piorou, isso levando em consideração o efeito da crise que ainda não acabou. A renda mensal, de acordo com a pesquisa, melhorou para 28,2% e ficou igual para 46,7%, diminuindo só para 24%. Mas a perspectiva de que a situação do emprego vai melhorar é de 59,6% e a de que a renda vai aumentar é de 56,6%, em números da pesquisa.

Só no item saúde, historicamente em crise, mas com participação de estados e municípios a avaliação é ruim com 49,4% dos entrevistados respondendo que a situação piorou. Por outro lado 53,8% acreditam que a saúde vai melhorar.

Quando a pesquisa Sensus abordou a sucessão presidencial, em um primeiro momento na escolha espontânea, Lula mesmo sem ser candidato teria hoje 21,2%, seguido de Serra com 7,7% dos votos e Dilma Roussef com 4,8% dos votos, se somarmos os 21,2% que certamente votarão em quem Lula pedir com os 4,8% de Dilma teremos uma intenção de votos de 26% de votos que praticamente coloca qualquer candidato em um segundo turno. Mesmo Aécio Neves com 3,1% e Ciro Gomes com 1% de votos espontâneos, que estão a muito mais tempo na disputa, Ciro inclusive até já disputou uma eleição presidência, tem números muito pequenos para eles, os outros nem pensar. Isto analisando os números espontâneos que representam uma força real consolidada.

Quanto aos números estimulados, esses são parte de uma outra situação, porque ela parte do principio do hipotético, por exemplo, os 39% a 40% do Serra só existem porque ele já é um nome consolidado que já disputou um segundo turno em 2002. As pessoas escolhem o candidato em uma ficha indicativa redonda com os nomes divididos em espaços como se fosse uma pizza. A escolha parte do pré suposto de a eleição ser realizada no dia da entrevista. Ora, para uma eleição acontecer tem todo um período que inclui inclusive uma campanha eleitoral até o eleitor tomar sua decisão poucos dias ou horas antes do dia da eleição.
Nesse tipo de pesquisa os nomes são escolhidos em função de serem ou não conhecidos, de estarem ou não no imaginário do eleitor no momento de escolher na pizza.
Por isso mesmo é que a mídia, em função de suas pretensões, pode criar todo um clima de informação e contra informação com o objetivo de ajudar ou prejudicar determinado candidato.

A pesquisa Sensus também é parte do jogo de pressão que precede a disputa, ela é feita por encomenda de um importante setor da economia do Brasil o dos Transportes que obviamente tem seus interesses e um desses interesses talvez seja o de que não sejam criados novos impostos como o novo CPMF que o governo esta pensando em ressuscitar.

Flávio Luiz Sartori – flavioluiz.sartori@gmail.com

terça-feira, 8 de setembro de 2009

ANÁLISE DA PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA NACIONAL PARA A CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO TRANSPOSRTE (CNT) FEITA PELA SENSUS PESQUISA E CONSULTORIA - PARTE I

Desde Fevereiro de 2005 a Confederação Nacional dos Transportes, a CNT, encomenda a Sensus Pesquisa e Consultoria pesquisas de avaliação do Governo Federal e também sobre a tendência do eleitorado em relação à sucessão presidencial. Hoje, dia 8 de Setembro foi divulgada mais uma pesquisa, nela a avaliação de Ótimo e Bom do Presidente Lula teria sofrido em queda de 69,8% em Maio para 65,4% em Setembro. O setor da mídia que faz oposição ao governo alardeou desde a divulgação da pesquisa, que o presidente sofreu queda de popularidade.
Na pesquisa do Data Folha, cuja metodologia questionei aqui ao provar que amostragem foi feita com mais pessoas com Curso Superior e Ensino Médio do que com Ensino Fundamental, divulgada no mês passado, a avaliação de Ótimo e Bom do Presidente Lula era de 67%, portanto dentro de uma margem de erro de dois pontos se comparada com o resultado de hoje do Sensus.

Verifiquei todos os itens do relatório da pesquisa do Sensus de hoje e constatei diferenças de dois a três pontos nas cotas por sexo, faixa etária escolaridade e também de áreas onde aconteceram as entrevistas da pesquisa nas regiões Sul, Sudoeste, Centro Oeste, Nordeste e Norte do Brasil.
Constatei que pelo próprio relatório do Sensus que a metodologia de amostragem usada denominada pelo Sensus como PPT, Probabilidade Proporcional ao Tamanho, teve questionários aplicados em sorteios aleatórios dentro de áreas pré-determinadas, como por exemplo, as regiões do Brasil com características e estratificação social próprias.
É bom lembrar que o método probabilístico é o mais utilizado no planejamento de amostragem nas pesquisas nos EUA e que nas eleições americanas de 2004 as pesquisas de boca de urna, em vários estados americanos, apontavam a vitória do candidato John Kerry, porém quando os votos foram contados, naqueles estados, a vitória foi do presidente Bush. Posteriormente verificou-se que as amostragens probabilísticas usadas naquele momento não garantiam a segurança dos números, o próprio John Zogby, presidente e diretor executivo da Zogby International, uma das principais empresas de pesquisas dos EUA e que também divulgou os números errados em 2004 reconheceu o erro publicamente.

A pesquisa do Sensus foi feita com uma amostragem de 2.000 entrevistas em todo Brasil, este blog também já esclareceu que este número é muito pequeno para uma amostragem de pesquisa em todo teritório nacional, quanto menor a amostragem maior será a margem de erro. Isso acontece devido ao custo alto que teria uma amostragem de, por exemplo, 4.000 pessoas. As empresas que contratam as pesquisas e as que executam o trabalho precisam ter censo profissional e garantir pesquisas com resultados mais seguros se quiserem influir na política nacional, é bom lembrar que tanto a oposição quanto o governo tem conhecimento de outras pesquisas com amostragens maiores. Ninguém é bobo no Brasil de hoje e existem poucos espaços para blefes nesta área.

Também foram divulgados números para a corrida presidencial e os resultados também não foram muito diferentes, principalmente para os principais pré-candidatos a presidência da república, dos números divulgados pelo Data Folha em Agosto nas oito possibilidades levantadas pela pesquisa CNT Sensus:


Primeira lista: José Serra, 39,5%; Dilma Rousseff, 19,0%; Heloísa Helena, 9,7%; Marina Silva, 4,8%; sem candidato 27,2%.

Segunda lista: Dilma Rousseff, 23,3%; Aécio Neves, 16,8%; Heloísa Helena, 13,5%; Marina Silva, 8,1%; sem candidato 38,5%.

Terceira lista: José Serra, 42,2%; Heloísa Helena, 10,8%; Marina Silva, 7,4%; Antonio Palocci, 7,0%; sem candidato 32,8%.

Quarta lista: Aécio Neves, 18,0%; Heloísa Helena, 18,0%; Marina Silva, 9,8%; Antonio Palocci, 8,5%; sem candidato, 45,9%.

Quinta lista: José Serra, 40,5%; Heloísa Helena, 10,7%; Ciro Gomes, 8,7%; Marina Silva, 7,1%; sem candidato 33,1%.

Sexta lista: Aécio Neves, 17,6%; Heloísa Helena, 16,1%; Ciro Gomes, 12,0%; Marina Silva, 9,3%; sem candidato, 45,2%.

Sétima lista: José Serra, 40,1%; Dilma Rousseff, 19,9%; Marina Silva, 9,5%; sem candidato, 30,5%.

Oitava lista: Dilma Rousseff, 25,6%; Aécio Neves, 19,5%; Marina Silva, 11,2%; sem candidato, 43,9%.

A seguir no próximo texto editado será dado prosseguimento a analise sobre as metodologias usadas no planejamento das amostragens das pesquisas, abordando as Amostragens Probabilísticas, aliás, as mesmas da pesquisa analisada acima.

Flávio Luiz Sartori – flavioluiz.sartori@gmail.com

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

EU VOLTEI...DEBATE SOBRE OS MÉTODOS USADOS NO PLANEJAMENTO DAS AMOSTRAGENS DAS PESQUISAS I

Em dois textos recentes editados no blog abordei o assunto das amostragens das pesquisas divulgadas sobre intenção de votos e avaliação de governo em relatórios publicados pelo próprio Data Folha em seu site, nestas pesquisas constatei distorções nas cotas de entrevistados na estratificação por escolaridade.
O assunto de como são planejadas as amostragens pelas empresas de pesquisa é um tabu até entre os profissionais da área porque é exatamente neste item é que esta o segredo do acerto nos números finais. Portanto, nenhum profissional gosta de expôr detalhes sobre os métodos que utiliza.

Infelizmente, devido ao fato de que tinha uma obrigação profissional no sentido de entregar a pesquisa PERFIL DAS PESSOAS QUE VIVEM DOS MATERIAIS RECICLÁVEIS COLETADOS NAS RUAS DE CAMPINAS para a Secretaria de Trabalho e Renda da Prefeitura Municipal de Campinas, não tive tempo de trabalhar em textos para editar no blog desde o 28 de Agosto de 2009, porém assim que minha rotina voltou ao normal retomei os textos a partir de onde parei.

No meio acadêmico e entre os especialistas e profissionais existem inúmeras obras publicadas sobre os métodos usados no planejamento de amostragens para aplicação de pesquisas de opinião pública, tanto na área do mercado quanto na política, é um segmento que envolve orçamentos milionários e que por isso mesmo, apesar das disputas por estas verbas não serem de conhecimento público, elas fazem parte do cotidiano e obviamente que nem sempre a competência prevalece.

Basicamente as amostragens são planejadas a partir de dois tipos de métodos amplamente utilizados nas pesquisas:

- O das amostragens chamadas de probabilísticas;

- E o das amostragens planejadas por cotas;

Aqui no Brasil as empresas de pesquisas utilizam os dois tipos de amostragens e também combinações entre amostragens probabilísticas e por cotas.

Nas amostragens probabilísticas a escolha das pessoas a serem entrevistadas em uma pesquisa é, a principio, aleatória. A estratificação por grupos pode até acontecer, mas ela é feita por áreas de acordo com informações sobre as características sociais da área em questão. Este método é muito utilizado nos EUA.

Nas amostragens por cotas é feito o planejamento de grupos de pessoas a serem entrevistadas de acordo com as variações existentes na própria sociedade da área a ser pesquisada como um todo por: sexo, faixa etária, escolaridade, renda geralmente familiar, localização do domicílio e outras variações possíveis de acordo com a necessidade da pesquisa. Este método também é conhecido como não probabilístico.

Esse assunto é tão complexo que não pode ser encerrado aqui, sob pena de eu estar cometendo o mesmo erro criticado aqui mesmo neste texto, portanto em outros textos que postarei na seqüência deste, alternados com analises, voltarei a explorar o assunto, sendo que no próximo sobre este tema darei mais detalhes sobre a as amostras probabilísticas, depois sobre as não probabilísticas.

Tentarei ser o mais didático que for possível. Afinal, mesmo que não percebamos as pesquisas estão cada vez mais no dia a dia influenciando nossas opiniões e quem quiser tem todo direito de ter conhecimentos sobre o assunto. Também estarei dando dicas da bibliografia sobre o assunto no próximo texto sobre este tema.

Flávio Luiz Sartori – flavioluiz.sartori@gmail.com